Embora a gestão da água seja competência estadual e municipal, charge de Chico Caruso, no Globo, estampa a presidente Dilma Rousseff, de quatro, num reservatório seco, como o Cantareira, torcendo por uma 'tempestade perfeita’; os três principais estados do Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, já enfrentam problemas de escassez de água.
– Com uma charge que estampa a presidente Dilma Rousseff de quatro, em um reservatório seco, Chico Caruso, do Globo, atribui a crise hídrica ao governo federal, embora a gestão da agua seja competência dos Estados e dos municípios.
Após a seca em São Paulo, que gerou impasses com o abastecimento do Rio de Janeiro, Minas Gerais anunciou problemas de escassez e a urgência de se economizar água.
No Rio de Janeiro, um dos principais reservatórios opera no chamado 'volume morto', assim como o Cantareira em São Paulo. Ao atribuir o problema das secas a Dilma, o jornal O Globo explicita sua posição política.
O escândalo da importação de energia é de 0,12% do que o Brasil gasta!
A imprensa, com estardalhaço, anuncia que o Brasil está importando energia da Argentina e Paraguai.
Está.
Exatos 90 megawatt, ontem.
O equivalente a estrondosos 0,12% dos 73.780 MW consumidos ontem no país.
Uma quantidade, como se vê, ridícula, embora, nesta seca, qualquer 10 mil réis sejam úteis.
Irrelevante, sob qualquer aspecto.
Mas o Brasil importava energia antes?
Sim, e muito mais.
Peguei, ao acaso, um dia de 2001, na crise energética tucana.
Importamos 673 MW da Argentina e do Paraguai no mesmo dia 21 de janeiro de 2002.
Ou 1,89% da carga de 35.647 MW consumida pelo país, proporcionalmente 15 vezes mais.
(Sim, porque o consumo – e a produção – de energia mais que dobraram de Fernando Henrique para cá, embora a população tenha crescido pouco mais de 20%)
Não me recordo de qualquer escândalo por isso.
Até porque, de lá para cá, importamos ou exportamos energia ( e, aí, até 1.000 MW) conforme as disponibilidades da região sul do Brasil e dos países vizinhos.
Mas, agora, qualquer defeito local, a maioria das distribuidoras de energia, vai virar “prova” de que estamos na iminência de um baita apagão.
O jornalismo, no Brasil, é a política.
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