Policial envolve Anastasia em esquema do doleiro
Em depoimento de 18 de novembro do ano passado, Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca, afirma ter entregue R$ 1 milhão ao então candidato a governador Antonio Anastasia (PSDB), em 2010, a pedido do doleiro Alberto Youssef; senador eleito, tucano nega o envolvimento: "É totalmente fora da realidade. Meu único patrimônio é moral, tenho toda uma reputação de honestidade''
247 – Em depoimento na operação Lava Jato, o policial preso que mencionou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como beneficiário do esquema de Alberto Youssef também acusa o senador eleito Antonio Anastasia (PSDB), ex-governador de Minas Gerais.
Em declaração de 18 de novembro do ano passado, Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca, afirma ter entregue R$ 1 milhão ao então candidato a governador Anastasia, em 2010, a pedido de Youssef.
O tucano nega o envolvimento e disse desconhecer o policial e o doleiro. "É totalmente fora da realidade. Meu único patrimônio é moral, tenho toda uma reputação de honestidade. Qual seria o propósito disso?
Fica até difícil comentar algo tão absurdo'', disse.
Leia aqui reportagem de Andréia Sadi sobre o assunto.
Eduardo Cunha tem tratamento “vip”, Dr. Janot?
Fernando Brito
O Dr. Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, negou à Presidência da República acesso às informações da Operação Lava-Jato que poderiam permitir que se tomassem providências saneadoras em relação a contratos e decisões na Petrobras, salvaguardando, no possível, os recursos da empresa colocados em contratos fraudados por Paulo Roberto Costa.
O Dr. Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, negou-se até a dizer um simples “sim ou não” à Presidenta da República sobre se haveria menções a algum político que pretendesse altos cargos na administração federal.
O Dr. Janot invoca, para isso, o segredo de Justiça, embora a Lava-Jato tenha tido vazamentos em quantidade capaz de resolver até os problemas da Sabesp, de tanto e tão volumosos.
Portanto, o Dr. Janot está na obrigação moral de reagir às declarações do Deputado Eduardo Cunha de que teve acesso à integra dos depoimentos do policial federal l Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, que disse ter entregue ao líder do PMDB certa quantia em dinheiro, a mando do doleiro Alberto Youssef, o qual, por sua vez, teria, segundo a Folha, mencionado Cunha como beneficiário de contratos entre a estatal e a Toyo Setal.
Quer dizer que Cunha tem tratamento VIP e, mesmo como envolvido, tem direito a ter acesso aos depoimentos “sigilosos”?
Quem é que deu a um investigado, que tem, em tese, todo o interesse em montar álibis e história de “cobertura” para encobrir seus desvios de conduta e crimes, até?
Quem são os “amigos” de Cunha que lhe deram a papelada que ninguém pode ler?
O fato objetivo é que os advogados de Jayme “Careca” dizem que o policial “entregou o dinheiro, não no Condomínio Nova Ipanema, mas em outro próximo, o Novo Leblon” e então o espertíssimo deputado Cunha diz que “não mora e nunca morou” neste.
Só no outro.
Daqui a mais uns dias, o carregador de malas diz também que não entregou dinheiro para Anastasia, mas foi levar o dinheiro da anestesia de alguém…
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