247 – O golpe parlamento engendrado por partidos de oposição, como PSDB, DEM e Solidariedade, contra a presidente Dilma Rousseff sofreu um duro revés, nesta terça-feira 15, com a deflagração da Operação Catilinária, que teve como principal alvo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Investigado por corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, Cunha se aliou a políticos como Aécio Neves (PSDB-MG), Agripino Maia (DEM-RN), Paulinho da Força (SD-SP), Mendonça Filho (DEM-PE) e Carlos Sampaio (PSDB-SP) para tentar emplacar um golpe contra a presidente Dilma Rousseff, travestido pela palavra "impeachment".
Como um processo de impeachment exige um crime de responsabilidade, inexistente no caso de Dilma, a trama PSDB-Cunha, que ainda poderá levar o vice-presidente Michel Temer ao poder, representa apenas um golpe parlamentar.
Depois desta terça-feira, no entanto, Cunha dificilmente resistirá na presidência da Câmara. Ele já é alvo de um processo no Conselho de Ética, que deve levar à sua cassação – o que só não ocorreu, ainda, em razão das medidas protelatórias.
O que se aguarda, para as próximas horas, são as manifestações dos aliados de Cunha no golpe, como Aécio, Sampaio, Paulinho e Mendonça Filho. Nenhum deles se pronunciou até agora.
O mais provável é que a oposição comece a articular um nome de consenso para a sucessão de Cunha e o mais provável é o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Como Cunha ajudou a esvaziar os protestos do último domingo, a oposição busca um nome limpo para levar adiante uma manobra suja: o golpe contra a democracia. A única certeza é que um impeachment conduzido por Cunha se tornou absolutamente inviável.
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