“Vamos ter um grande ato aqui, com gente de todo o Brasil,
denunciando o golpe para o mundo, aproveitando que é o dia de abertura
dos Jogos Olímpicos”, diz o presidente da CUT-RJ, Marcelo Rodrigues,
sobre as manifestações que marcam o evento esportivo nesta sexta-feira
(5); o ato será realizado a partir das 11h, em frente ao Copacabana
Palace, na zona sul da cidade; Hoje, as manifestações ocorrem no período
da manhã na praia de Copacabana. À tarde, nos arredores do estádio do
Maracanã, palco da cerimônia de abertura das Olimpíadas – a partir de
19h15 com show preliminar; a cerimônia propriamente começa às 20h e deve
seguir até as 23h20; além disso, durante os Jogos, sindicatos farão
atos em defesa dos empregos
Da Rede Brasil Atual – “Vamos
ter um grande ato aqui, com gente de todo o Brasil, denunciando o golpe
para o mundo, aproveitando que é o dia de abertura dos Jogos
Olímpicos”, diz o presidente da CUT-RJ, Marcelo Rodrigues, o Marcelinho,
sobre as manifestações que marcam o evento esportivo nesta sexta-feira
(5). O ato será realizado a partir das 11h, em frente ao Copacabana
Palace, na zona sul da cidade.
Com a concentração, os organizadores da mobilização – CUT,
movimentos sociais e sindical ligados à Frente Povo Sem Medo, Frente
Brasil Popular e Frente de Esquerda Socialista – preveem grande
repercussão internacional para denunciar o golpe parlamentar em curso no
país. “A questão da denúncia do golpe tomou uma proporção mundial. Nós
tivemos esta semana, inclusive, a discussão da representação do
ex-presidente Lula (contra o juiz Sérgio Moro no Comitê de Direitos Humanos da ONU),
nós achamos que esse debate tem de ser feito nos tribunais
internacionais, não só na América Latina, mas no mundo todo, que não
pode conviver com esse golpe de estado”, afirma Marcelinho.
Hoje, as manifestações ocorrem no período da manhã na
praia de Copacabana. À tarde, nos arredores do estádio do Maracanã,
palco da cerimônia de abertura das Olimpíadas – a partir de 19h15 com
show preliminar; a cerimônia propriamente começa às 20h e deve seguir
até as 23h20.
A Frente Brasil Popular também convocou manifestações em
diversas cidades para terça-feira (9), quando será votado o juízo de
pronúncia no Senado, no processo de impeachment. “Está em jogo o
presente e o futuro do povo brasileiro. Agora é a hora: não temos tempo a
perder e não temos nada a temer”, diz a Frente Brasil Popular.
As centrais sindicais farão também no dia 16, em todas
capitais, atos em defesa dos empregos e dos direitos dos trabalhadores. A
data foi escolhida durante assembleias das centrais no último dia 26 de
julho.
“A partir desse ato (de hoje), nós temos algumas
construções coletivas acontecendo, tem o pessoal da cultura que fez o
Ocupa MinC, e neste momento está lá no Canecão, e tem vários coletivos
organizando atividades, mas a nossa ideia aqui é fazer com que durante
as Olimpíadas as atividades sejam bem centralizadas”, diz Marcelinho. O
Canecão está ocupado desde a madrugada de segunda-feira (1º) pelo grupo
de artistas que ocupava a sede da Funarte, no Palácio Capanema, e
enfrentou ação de reintegração de posse da Polícia Federal, no último
dia 25.
“Durante as Olimpíadas não vamos ter grandes atividades
como vai ser na abertura. Teremos pequenas atividades, acontecendo
pontualmente em todo o Rio de Janeiro”, diz Marcelinho. “Atividades com
enfoque cultural, botando a cultura para fazer esse debate, mas dentro
do VLT. No Metrô vai acontecer outra atividade, e isso vai ser
descentralizado e nós não vamos divulgar. Não é atividade para chamar
massa, mas para chamar atenção”, afirma, sobre a estratégia de
manifestação adotada.
Contradições do governo interino
Em nota, a Frente Brasil Popular afirma que o golpe do
impeachment tem como alvo "a classe trabalhadora, os setores populares,
os direitos sociais, as liberdades civis e democráticas, o patrimônio
público, a soberania e o Estado nacional".
O documento também expõe as contradições do governo
interino, que adota discurso de austeridade, mas amplia o déficit
público. Por outro lado, acaba com a obrigatoriedade de gastos
governamentais em saúde e educação, impondo limites que significam um
verdadeiro desmonte dos serviços públicos.
Eles também denunciam a diminuição de recursos em
programas como o Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Família, e atacam a
proposta de reforma da Previdência do governo Temer, que quer aumentar a
idade mínima para acesso às aposentadorias e desvincular do salário
mínimo o reajuste dos aposentados.
"Cientes de que as urnas não aprovariam o desmonte do
patrimônio público e a retirada de direitos conquistados", o governo
golpista, afirmam, promove também a dilapidação do patrimônio público
com privatização de empresas estatais no setor elétrico, nos portos e
aeroportos, a venda de campos do pré-sal para corporações transnacionais
e a venda de terras e demais recursos naturais ao capital
internacional.
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