Chega ao fim a carreira política do chanceler brasileiro José
Serra; manchete da Folha desta sexta-feira informa que, em seu acordo de
delação premiada, a Odebrecht revelou como pagou R$ 23 milhões ao
candidato tucano à presidência da República, em 2010, numa conta secreta
na Suíça; executivos da empreiteira prometeram entregar os recibos dos
depósitos de um valor que, corrigido pela inflação, hoje seria de R$
34,5 milhões; Serra foi um dos principais articuladores do impeachment
da presidente Dilma Rousseff e, no gabinete de Michel Temer, pretendia
se credenciar para chegar à presidência da República, mas foi o primeiro
cacique abatido na nova fase da Lava Jato; sua continuidade no cargo é
insustentável
247 – Não se sabe se será nas próximas horas, dias ou semanas, mas José Serra, atual ministro das Relações Exteriores, fatalmente perderá o cargo.
Ele é o primeiro grande nome da política brasileira cujo nome aparece na delação premiada da Odebrecht, cujo acordo foi fechado nesta semana.
De acordo com reportagem de Bela Megale, a Odebrecht revelou como pagou R$ 23 milhões ao candidato tucano à presidência da República, em 2010, numa conta secreta na Suíça, pelo caixa dois.
A operação foi articulada pelo ex-tesoureiro tucano Márcio Fortes e por Ronaldo Cezar Coelho, um banqueiro e político do PSDB tucano.
Os executivos da empreiteira também prometeram entregar os recibos dos depósitos de um valor que, corrigido pela inflação, hoje seria de R$ 34,5 milhões.
Serra foi um dos principais articuladores do impeachment da presidente Dilma Rousseff e, no gabinete de Michel Temer, pretendia se credenciar para chegar à presidência da República, mas sua continuidade no cargo é insustentável.
Em breve, ele deverá ser denunciado pela procuradoria-geral da República e Michel Temer, que também deve aparecer na delação da Odebrecht, não terá como mantê-lo no Itamaraty.
Procurado pela reportagem, Serra disse que não comentaria supostos vazamentos de supostas delações.
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