Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 7 de março de 2014

30 anos de Passarela. A “Ministra do Vai dar M…” e que fez não dar…

marthabrizdarcy
O Facebook deu-me a oportunidade de reparar – parcialmente, porque a omissão foi imperdoável – um pedaço da história que contei sobre os 30 anos da Passarela do Samba.
Não citei a comandante do Incrível Exército de Brancaleone da Comunicação e Correlatos, porque tudo ia acabar na área de imprensa.
Nesta tropa, eu, orgulhosamente, era soldado raso.
A jornalista Martha Alencar, Coordenadora de Comunicação do Governo do Estado, nos três anos  iniciais do primeiro Governo Brizola.
E que ninguém pense que a tarefa insana dos 110 dias do Sambódromo acabou na Quarta-Feira, porque a mesma sanha furiosa era todos os dias, sobre os Cieps, sobre o Cada Família, um Lote, sobre a Fábrica de Escolas, sobre tudo e sobre qualquer coisa.
Marta – a quem só “vi”, nos últimos tempos, num programa radiofônico em que lembramos Brizola – é uma figura essencial naquele período – e em outros – de aventura generosa de nossas vidas.
Paciente, contida, enérgica quando algo é  importante, e “sai-de-baixo” quando não tem outro jeito, é uma pessoa a quem devo muito do aprendizado daqueles anos.
Das lembranças daqueles dias, narradas por Martha, só tenho a dizer aos que não viram e não vêem as coisas serem assim: é tudo verdade!
Eu sei que todo mundo diz isso, mas fazer o quê? É tão inacreditável, mesmo…

Trinta anos esta noite!

Martha Alencar
A Rita, como sempre revirando as imagens do passado, trouxe para o Face o flagrante quase bucólico: há trinta anos eu pareço flanar no cenário do sambódromo em mais um dos 110 dias de construção. 
Tão afável, tão gentil com a imprensa, a Coordenadora de Comunicação estava se armando com unhas e dentes para a inauguração e a implantação da Passarela do Samba , uma verdadeira operação de guerra comandada por Darcy e Brizola. 
Deu no Globo ! Deu no JB ! Deu no Swan! Extra! Extra! Não vai ficar pronta! As arquibancadas vão desabar! As credenciais vão ser falsificadas ! Vai ser um prejuízo, quem vai pagar ? O samba vai atravessar !
A cada golpe, um contragolpe. O Globo publica a foto da arquibancada com uma rachadura? Montamos um espetacular teste de resistência das arquibancadas e convocamos a imprensa. A Globo não vai transmitir? Tem a Manchete. Vai ter derrame de ingressos falsificados? Chama–se uma auditoria internacional para a impressão e emissão de ingressos. 
Às vésperas do desfile ocupamos as trincheiras como se estivéssemos no delta do Mekong. Secretários de Estado chegaram a carregar caixas de papelão com material de limpeza para distribuir às equipes . Afinal, banheiros sujos rendem manchetes…. Eu que era uma espécie de ministro do “vai dar merda” fiz a maior quilometragem da minha vida, virando redondo dois dias seguidos, resgatando em qualquer ponto da passarela algum jornalista, fotógrafo ou repórter, ou estagiário, ou cabo-man que se queixasse de alguma obstrução ao livre-trânsito. Já pensou a manchete ???? Vai dar merda, manda a Martha correr lá!
Na grande noite de encerramento o nosso exército Brancaleone sabia que havíamos vencido a guerra. Depois de tentar dar ordem à invasão de câmeras e jornalistas que se equilibravam no alto do arco da Praça da Apoteose para registrar a imagem de Darcy Ribeiro e Brizola sorridentes e bêbados de felicidade, larguei tudo com a sensação de dever cumprido e finalmente acompanhei a minha Mangueira fazendo a histórica volta pelo arco da Apoteose para encantar a avenida.
O samba não atravessou, a arquibancada não caiu, enfim, não deu merda. Hoje a Mangueira vai passar e nem sei quantos coroas no meio da multidão vão lembrar de Darcy Ribeiro e Brizola.
Trinta anos depois , gosto de lembrar e sinto falta, não da minha juventude na época, mas da fé inabalável que a gente tinha naquele projeto para o Rio e para o Brasil. 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

A CIA, O PRÉ-SAL E O SONHO DE DARCY RIBEIRO


Especial - 1973/2013: A via eleitoral para o socialismo morreu com Allende ? 

Emir Sader, José Luis Fiori, Mauro Iasi, Carlos Omnami, Hugh O'Shaughnessy

*Data venia, senhor juiz:
*Jurista Luiz Flávio Gomes, referência de Barbosa contra os embargos infringentes, defende a pertinência do recurso no caso da AP 470 (por Najla Passos)

*Processualista Sergio Bermudes  envia parecer ao STF favorável aos embargos infringentes 

*Jurista Celso Bandeira de Mello critica ameaça ao direito de José Dirceu a um 2º julgamento

*74% apoiam o 'Mais Médicos', que ensina o caminho das pedras ao governo: afrontar o conformismo incremental;  agir sobre o emergencial e o estrutural, ao mesmo tempo e com igual intensidade. Como acontece com os corredores de ônibus, em SP.


Egressa do trabalhismo, a presidenta Dilma certamente não citou a  frase do ex-reitor de Harvard,Dereck Bok, nesta 2ª feira, sem associá-la intimamente à memória de um parceiro de filiação. ‘Caro é a ignorância', disse Dilma ao sancionar a lei que destina 75% da receita do Fundo do Pré-sal para a escola brasileira e 25% para a saúde pública. Era exatamente assim também que o educador, antropólogo e brizolista,Darcy Ribeiro (1922-1997), fuzilava o conservadorismo quando contestado em seus planos para a educação. A carpintaria das rupturas era sua especialidade. Sem elas, dizia, o país não sairia do conformismo incremental diante do miserê a que fora condenado pelas elites. Uma que provocaria estupefação foi o seu projeto de escola de tempo integral, os Cieps, ou Brizolões, que marcariam os dois governos de Leonel Brizola no Rio. Além do currículo regular, Darcy comprovaria a cepa de visionário acrescentando à grade dos ‘Brizolões' uma inovadora sessão de tele-educação: programação marcada pela pluralidade para desenvolver nas crianças o senso crítico em relação à mídia, desde os primeiros anos escolares. Enxergava longe... Na sanção do Fundo do Pré-Sal, nesta 2ª feira, a Presidenta Dilma sublinhou a esperança de que o país possa caminhar, mais depressa, para implantar  escolas de tempo integral. Poderia ter dito,"aquilo que Darcy chamava de ‘os pais sociais' da infância pobre". Seu sonho de uma escola emancipadora, não um mero adestramento para mercado, agora terá dinheiro para ressuscitar. Resta saber quem irá sonhá-lo.  (LEIA MAIS AQUI)