Em almoço oferecido pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, chamou a atenção dos empresários para os modelos de concessão rodoviária que estão em disputa nessas eleições.
Ela explicou que o modelo projetado e defendido pelo ex-governador de São Paulo, José Serra, vira imposto sobre o transporte por conta do elevado valor do pedágio. É o caso do motorista que vai de São Paulo a Ribeirão Preto e paga R$ 43,00 para percorrer o trecho. “Isso falando do transporte de carro. No de carga esses valores chegam a R$ 100. Então, é bom discutir o que está se fazendo no Brasil. Tem pedágio que vira imposto no final”, argumentou.
A candidata explicou que o governo Lula fez concessões sempre pensando no usuário e entregando o gerenciamento da estrada para o consórcio que cobra a menor tarifa de pedágio.
“Temos que discutir sim os modelos de infraestrutura no Brasil. Hoje, temos um pouco de dinheiro, mas não podemos fazer tudo. Uma parte se consegue com o investidor privado, que precisa de crédito. Não podemos imaginar que ele vai fazer tudo com capital próprio. A discussão é para onde que vai o modelo adotado”, disse.
Reforma Trabalhista: uma no cravo outra na ferradura
Dilma disse que não tem nenhum compromisso com uma reforma trabalhista. Segundo ela, esse tipo de mudança radical na legislação do trabalho coloca em risco direitos dos trabalhadores e dos empresários.
“Eu não vou priorizar uma reforma trabalhista. Isso traz risco para os trabalhadores, que podem perder direitos, e os empresários que podem perder votações como a carga horária de trabalho, por exemplo”, argumentou ao ser questionada pelos empresários catarinenses sobre o tema.
Orgulho do governo Lula
Logo após a palestra na Fiesc, Dilma concedeu uma entrevista coletiva e foi questionada sobre as declarações do candidato de oposição no Jornal Nacional. Serra disse que não se pode pegar a garupa do atual governo para disputar a eleição.
Mais uma vez, Dilma disse que esse tipo de declaração se faz quando não há motivos para se orgulhar de um aliado. “Eu acho que o presidente Lula é um presidente muito forte, um presidente que mudou o Brasil. O meu adversário tem um medo enorme da comparação do governo dele, que é o governo do Fernando Henrique Cardoso, e o meu. Ele não pode estar na garupa do presidente FHC porque seria até uma covardia. Agora, eu tenho orgulho do presidente Lula e não há nada que ele faça que vai me demover de ser a continuidade do governo Lula, com avanços”, respondeu.
Fonte: dilma13.com.br
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