Enviado por luisnassif
Por Ernesto Camelo
Jefferson chama Serra de "autista" e diz que apoio do PTB é "anódino"
Em eventual 2º turno, afirmou que pode optar pela neutralidade
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
Principal fiador do apoio do PTB ao presidenciável José Serra (PSDB), o presidente do partido Roberto Jefferson ensaia romper a aliança com o tucano e não descartou ontem, em entrevista à Folha, permanecer "neutro" em um eventual segundo turno.
Chamando Serra de "autista", Jefferson afirmou que o PTB fez uma aliança para o primeiro turno e que esse apoio se tornou "anódino".
"Eu vou sentar com o partido para ver se vamos apoiar o Serra ou se não vamos apoiar ninguém. De Dilma [Rousseff, PT] vou fazer força para não ir. Vamos ver se construímos uma posição independente", disse.
Jefferson disse acreditar que o segundo turno será provocado pela "onda" Marina Silva (PV), que, para ele, deve alcançar 20% dos votos.
Serra se estabilizou. O que vejo é um crescimento da Marina e ela não cresce em cima do Serra, mas da Dilma. Não creio que ela [Marina] tenha fôlego para ultrapassar o Serra, mas eu penso que vai dar segundo turno", disse. Na avaliação do presidente do PTB, a campanha de Serra foi "racional e sem emoção". "Ele não surpreendeu mais, procurou bater no PT, fazer mais oposição, mas não teve emoção. Como eleição se decide pelo coração, não empolgou", disse.Em eventual 2º turno, afirmou que pode optar pela neutralidade
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
Principal fiador do apoio do PTB ao presidenciável José Serra (PSDB), o presidente do partido Roberto Jefferson ensaia romper a aliança com o tucano e não descartou ontem, em entrevista à Folha, permanecer "neutro" em um eventual segundo turno.
Chamando Serra de "autista", Jefferson afirmou que o PTB fez uma aliança para o primeiro turno e que esse apoio se tornou "anódino".
"Eu vou sentar com o partido para ver se vamos apoiar o Serra ou se não vamos apoiar ninguém. De Dilma [Rousseff, PT] vou fazer força para não ir. Vamos ver se construímos uma posição independente", disse.
Jefferson disse acreditar que o segundo turno será provocado pela "onda" Marina Silva (PV), que, para ele, deve alcançar 20% dos votos.
A insatisfação de Jefferson com a campanha serrista não é novidade. Ele já reclamou do marqueteiro Luiz Gonzalez e lançou críticas ao isolamento do candidato tucano. Ontem, disparou novos ataques contra Serra.
"Ele se preocupa com a biografia e não com as pessoas do entorno. É um cara fechado nele mesmo."
Jefferson, que foi delator do esquema do mensalão, em 2005, e teve o mandato cassado, disse que a oposição deixa essa eleição "sem identidade, sem discurso".
Questionado se apoiaria um eventual governo Dilma Rousseff, o petebista disse que prefere criar um novo estilo de oposição.
"Se a Dilma vencer, eu gostaria que o partido não ficasse com ela. O ideal é a independência, para construir uma oposição serena, crítica, começar a construir um caminho novo", afirmou.
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