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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O Holocausto Foi Aqui Mentiras sobre a escravidão no Brasil




A escravidão é um tema que ganha cada vez mais espaço nas rodinhas de discussão, especialmente as dos chamados intelectuais politicamente corretos, o que é lamentável. Fala-se de tudo. Até que Zumbi dos Palmares tinha seu lote de escravos particular, uma informação que não foi desmentida até agora. Mas, fato é que muito se matou, torturou, humilhou, estuprou nos tempos do Brasil colônia. Os cinco milhões de negros, ou pelo menos aqueles que sobreviviam aos porões doentes dos navios que partiam da África, foram martirizados de todas as formas. 

Agora, chega ao mercado mais um livro que tenta desvendar esse hediondo fenômeno, chamado de escravidão, ou escravismo. Não é exagero chamar de holocausto tropical. De autoria de Herbet S. Klein, professor doutor do Departamento de História da Universidade de Columbia (EUA) e especializado em História Social e da América Latina, e de Francisco Vidal Luna, professor aposentado da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, "Escravismo no Brasil" traça um panorama amplo e aprofundado da sociedade escravista no país. Peraí, doutores. Sociedade? Enfim, o livro não é meu. 

No livro, editado em uma parceria entre a Edusp e a Imprensa Oficial, os autores basearam suas pesquisas no Arquivo Público do Estado de São Paulo e no Mineiro. Por lá, levantaram dados sobre idade, domicílio e estado civil, entre outros dados, dos escravos que aqui viveram. Até o chamado Dia da Abolição, quando, dizem os historiadores mais radicais, os colonizadores portugueses concluíram que seria mais barato libertar os escravos e pagar migalhas por seus serviços domésticos, do que ter que sustentá-los com casa e comida. Princesa Isabel, então, teria sido seduzida para assinar a Abolição. 

Klein e Luna apresentam um relatório cronológico paralelamente a uma análise estrutural, distinguindo a escravidão de outras formas de trabalho servil, analisando a evolução do sistema até o século 19 e ressaltando os aspectos sociais e políticos da vida e da cultura dos escravos.

Luiz Antonio Mello
Direto da Redação

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