Larry Kissinger, como se sabe, é professor emérito da chair “Golbery do Couto e Silva”, da Escola de Geopolítica Inter-Planetária, da Universidade de Harvard, patrocinada pelo benemérito (nos Estados Unidos) Jorge P. Lehmann.
Ligo para o Larry, depois de ler o necrológio que a Catanhêde fez do Johnbim.
- Larry, o que você achou da decisão da Dilma de reabrir a discussão sobre a compra dos jatos.
- Pode ser brilhante.
- Discordo, Larry. Me perdoe, você é um gênio, mas eu sou metido a besta. Sempre achei que a solução francesa era a melhor, porque daria ao Brasil acesso à tecnologia nuclear.
- E daí ?, perguntou Larry, com aquele sotaque prussiano.
- Você sabe, Larry, eu acho que o Brasil deveria ter a bomba.
- Eu também. Mas se trata de comprar caças. Ainda não é a bomba. A corrrelação de forças mudou, meu filho.
- Mas, por que “brilhante” ?
- Você viu que, segundo a Catanhêde, a questão foi para o campo do Fernando Pimentel, que é o Ministro da Indústria.
- Sim, tô sabendo. A Dilma deu um chapéu no Johnbim.
- Preste atenção. Você soube que o Hu, da China foi aos Estados Unidos.
- Claro, não é, Larry ? Quem não soube ?
- E você viu o que ele fez ? O Obama quase não falou de direitos humanos nem que a moeda chinesa está desvalorizada.
- E, qual foi a mágica do Hu, Larry ?
- O Hu chegou lá e, de saída, anunciou que ia comprar 200 aviões 737 e 777 da Boeing, o que significa criar 100 mil novos empregos.
- Que beleza !, bradei. E logo agora que o Obama precisa dar emprego aos americanos.
- Tem mais, meu filho, disse o Larry, inspirado pela proverbial sabedoria do General Golbery. Nos próximos vinte anos, a China vai comprar 4 mil e 300 aviões, no valor de 480 bilhões de dólares, e a Boeing passa a ser a principal fornecedora.
- Que maravilha ! Às favas com os direitos humanos, diria o coronel Passarinho, ponderei, com uma certa leviandade.
- Meu querido, como dizem os americanos, “money talks”, o dinheiro fala.
- Mas, e a Dilma com isso ?
- Elementar, disse o Larry, com aquele “r” carrregado. Você sabe quem produz os caças F-18 Super Hornet que estão na disputa no Brasil ?
- Não, confessei a minha ignorância.
- A Boeing.
- A Boeing !
- E sabe quantos empregos a primeira compra brasileira de caças Super Hornet pode significar para a Boeing ?
- Não faço a menor idéia.
- 21 mil empregos.
- O quê ?
- Vinte e um mil empregos fazem milagre, nos Estados Unidos, hoje, disse o Larry, que conhece os Estados Unidos como ninguém.
- Que tipo de milagre ?, pergunto curioso.
- Vamos voltar ao Pimentel.
- Ao Ministro da Indústria.
- Com os Boeings, os chineses tiraram os direitos humanos da agenda, não foi ?
- Sim, pelo jeito, sim.
- O Pimentel pode botar o etanol na agenda.
- Etanol ?
- Sim, os americanos têm uma tarifa obscena contra o etanol de cana brasileiro. Na campanha, o Obama e o McCain, que esteve com a Dilma, prometeram derrubar essa tarifa e facilitar a entrada de etanol brasileiro.
- Interessante …
- Se a Dilma conseguir que o Congresso americano garanta a transferência de tecnologia, troca os Boeings pelo etanol.
- Bom negócio.
- Meu filho, por 20 mil empregos, e a possibilidade de comprar mais Boeings no futuro, o Obama é capaz de sair no Salgueiro, ano que vem.
- Na Comissão de Frente, sugiro.
Ligo para o Larry, depois de ler o necrológio que a Catanhêde fez do Johnbim.
- Larry, o que você achou da decisão da Dilma de reabrir a discussão sobre a compra dos jatos.
- Pode ser brilhante.
- Discordo, Larry. Me perdoe, você é um gênio, mas eu sou metido a besta. Sempre achei que a solução francesa era a melhor, porque daria ao Brasil acesso à tecnologia nuclear.
- E daí ?, perguntou Larry, com aquele sotaque prussiano.
- Você sabe, Larry, eu acho que o Brasil deveria ter a bomba.
- Eu também. Mas se trata de comprar caças. Ainda não é a bomba. A corrrelação de forças mudou, meu filho.
- Mas, por que “brilhante” ?
- Você viu que, segundo a Catanhêde, a questão foi para o campo do Fernando Pimentel, que é o Ministro da Indústria.
- Sim, tô sabendo. A Dilma deu um chapéu no Johnbim.
- Preste atenção. Você soube que o Hu, da China foi aos Estados Unidos.
- Claro, não é, Larry ? Quem não soube ?
- E você viu o que ele fez ? O Obama quase não falou de direitos humanos nem que a moeda chinesa está desvalorizada.
- E, qual foi a mágica do Hu, Larry ?
- O Hu chegou lá e, de saída, anunciou que ia comprar 200 aviões 737 e 777 da Boeing, o que significa criar 100 mil novos empregos.
- Que beleza !, bradei. E logo agora que o Obama precisa dar emprego aos americanos.
- Tem mais, meu filho, disse o Larry, inspirado pela proverbial sabedoria do General Golbery. Nos próximos vinte anos, a China vai comprar 4 mil e 300 aviões, no valor de 480 bilhões de dólares, e a Boeing passa a ser a principal fornecedora.
- Que maravilha ! Às favas com os direitos humanos, diria o coronel Passarinho, ponderei, com uma certa leviandade.
- Meu querido, como dizem os americanos, “money talks”, o dinheiro fala.
- Mas, e a Dilma com isso ?
- Elementar, disse o Larry, com aquele “r” carrregado. Você sabe quem produz os caças F-18 Super Hornet que estão na disputa no Brasil ?
- Não, confessei a minha ignorância.
- A Boeing.
- A Boeing !
- E sabe quantos empregos a primeira compra brasileira de caças Super Hornet pode significar para a Boeing ?
- Não faço a menor idéia.
- 21 mil empregos.
- O quê ?
- Vinte e um mil empregos fazem milagre, nos Estados Unidos, hoje, disse o Larry, que conhece os Estados Unidos como ninguém.
- Que tipo de milagre ?, pergunto curioso.
- Vamos voltar ao Pimentel.
- Ao Ministro da Indústria.
- Com os Boeings, os chineses tiraram os direitos humanos da agenda, não foi ?
- Sim, pelo jeito, sim.
- O Pimentel pode botar o etanol na agenda.
- Etanol ?
- Sim, os americanos têm uma tarifa obscena contra o etanol de cana brasileiro. Na campanha, o Obama e o McCain, que esteve com a Dilma, prometeram derrubar essa tarifa e facilitar a entrada de etanol brasileiro.
- Interessante …
- Se a Dilma conseguir que o Congresso americano garanta a transferência de tecnologia, troca os Boeings pelo etanol.
- Bom negócio.
- Meu filho, por 20 mil empregos, e a possibilidade de comprar mais Boeings no futuro, o Obama é capaz de sair no Salgueiro, ano que vem.
- Na Comissão de Frente, sugiro.
Paulo Henrique Amorim
Duvido muito que o congresso americano autorize transferência de tecnologia irrestrita , e abertura dos códigos fontes , para inclusão da nova geração de armamentos nacionais , que irão equipar o caça vencedor do FX-2. Inclusive a nova composição do congresso americano , eleita recentemente , é de maioria republicana e mais reacionária.
E se houver uma licitação rápida , que deve acontecer , caso contrário o rafale já teria sido o vencedor, os russos vão entrar pra valer com o SU-30MKI ou outro , de geração mais atual.
O grippen NG , ainda me parece não saiu do papel. E a lenga -lenga já se arrasta ha mais de dez anos. Por isso acho que decisão terá que ser rápida.
O apedeuta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comentários sujeitos a moderação.