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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Secretário da Justiça da Bahia associa Ali Kamel a racismo


Racista Eu!!!???

Na sociedade racista brasileira o normal é ser branco

Almiro Sena é o novo Secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia.

Sena é Promotor de Justiça do Ministerio Público da Bahia e Coordenador do Grupo e Atuação especial de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa no MP da Bahia.

Ele é provavelmente o primeiro Secretário de Governo no Brasil fiel da religião umbandista.

Saravá, governador Jacques Wagner !

Sena é autor do livro “A Cor da Pele”, do Instituto Memória Editora.

A epígrafe do livro é “na sociedade racista brasileira o normal é ser branco.”

Este ansioso blogueiro recomenda especialmente o capítulo “A negação do racismo como discurso eficiente para sua disseminação”.

Ali, Sena examina célula por célula a “obra” de autor de um trabalho sub-científico de titulo “Nós (nós, quem ? – PHA) não somos racistas”.

Sena também examina um outro sub-cientista de sobrenome Magnoli.

Sobre Kamel, diz Sena: “… o discurso da negação termina por reforçar a existência do racismo, pois além de obstar a sua desconstrução ideológica entre o grupo discriminador, tem o efeito, peculiarmente perverso, de dificultar, mais ainda a conquista da igualdade material por parte do grupo discriminado, já que contesta qualquer medida concreta de redução de desigualdade entre ambos. Ademais, novamente, avilta à dignidade dos que são historicamente ofendidos pelo racismo, transformando-os , aos olhos dos incautos, nos ‘verdadeiros racistas’. “

Como se sabe, Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da História da Globo, se vale do púlpito das Organizações (?) Globo para combater as cotas nas universidades, com a obstinação de um cruzado.

Sena, porém, não escreveu o livro para combater Kamel.

Ele tem mais com que se preocupar.

E demonstra com um zelo profissional irreparável como, por exemplo, a ideologia da “eugenia” e sua derivação “eugenia social” se impôs ao pensamento conservador brasileiro.

Sena desconstrói o sub-argumento (Kamel é um dos usuários) conservador de que depois da Abolição não houve obstáculos legais à ascensão do negro.

Papo furado.

Mostra o autor no capítulo “A condescendência da legislação brasileira com o racismo”.

Sena não poupa nem o genio do Padre Vieira.

Racista, mas genial.

Kamel é de outra grei.


Paulo Henrique Amorim
no Conversa Afiada

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