1. O GOLPE é o meu guia, nada me faltará.
2. Deita-me em verdes (?), guia-me mansamente a águas tranquilas propiciadas pela cooperação.
3. Refrigera a minha empresa; guia-me pelas veredas da satisfação, por amor do seu nome, oh, Redentora amada.
4. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte — visse os executados, torturados, desaparecidos—, nada diria. Não temeria mal algum, porque tu estás comigo; as tuas tropas e os teus canhões me garantem que tudo será como deve ser.
5. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, todos algemados e instalados com segurança (para nós) no pau-de-arara. Sabe como é, comunistas são perigosos. Unge a minha empresa e retribuiremos, pois é dando que se recebe.
6. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do GOLPE ad infinitum, pelo menos enquanto não houver repúblicas populares entre nós. Amém!
Agenor Bevilacqua Sobrinho – S. Bernardo do Campo - SP
Ministro da ditadura, Armando Falcão, amigo do peito e protetor do dono das organizações Globo, Roberto Marinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comentários sujeitos a moderação.