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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Por que a Dilma está na África do Sul

Na África se disputa boa parte do futuro da economia mundial

A presente crise econômico-financeira global também será discutida durante a 5ª Cúpula do Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul


por MARIA EDILEUZA FONTENELE REIS


Há oito anos, nascia o Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul – Ibas. Três democracias multiétnicas e plurais, somando 1,25 bilhão de pessoas, de três diferentes regiões do mundo em desenvolvimento, decidiram unir seu crescente peso global num fórum de diálogo e de cooperação, visando contribuir, sob uma perspectiva inovadora, para a construção de uma nova arquitetura internacional.


Ciente de sua crescente importância como mecanismo de cooperação Sul-Sul, a presidenta Dilma Rousseff atribuiu prioridade ao Ibas. É com esse espírito que a presidenta participará, no dia 18 de outubro, em Pretória, da 5ª Reunião de Cúpula do Fórum Ibas. A 5ª Cúpula constituirá ocasião para que os chefes de Estado e de governo avaliem as possibilidades de ação conjunta nas três vertentes de atuação do mecanismo: diálogo e coordenação política; cooperação setorial entre os três países; e cooperação em benefício de terceiros países, por meio do Fundo Ibas para o Alívio da Fome e da Pobreza.


Realizaram-se, nos últimos dias, reuniões de vários dos 16 frupos de trabalho do Fórum, que desenvolvem projetos e iniciativas em áreas como administração pública, agricultura, assentamentos humanos, ciência e tecnologia, cultura, desenvolvimento social, energia, meio ambiente, saúde, turismo e comércio e investimentos, entre outras.


O Ibas inclui, também, foros da sociedade civil em diversos domínios, a exemplo do acadêmico; de mulheres; de governança local; empresarial; e cortes constitucionais.


O fluxo de comércio entre os países do Ibas quadruplicou entre 2003 e 2010, elevando-se de US$ 4,38 bilhões para US$ 16,1 bilhões, superando, assim, a meta fixada para aquele ano (US$ 15 bilhões).


Será igualmente avaliado na ocasião o trabalho desenvolvido pelo Fundo Ibas para o Alívio da Fome e da Pobreza. Desde sua instituição, em 2004, o Fundo realiza nove projetos em seis países (Burundi, Cabo Verde, Camboja, Guiné-Bissau, Haiti e Palestina), para os quais foram alocados US$ 17 milhões.


Preveem-se ainda projetos em Laos, Serra Leoa, Sudão, Sudão do Sul e Timor Leste. Em 2006, o Fundo foi premiado pela ONU como modelo de cooperação entre países em desenvolvimento; em 2010, foi agraciado com o prêmio Metas de Desenvolvimento do Milênio.


No Conselho de Segurança da ONU em 2011, os três países coordenaram posições e realizaram gestão conjunta em torno dos acontecimentos políticos recentes no Oriente Médio e no Norte da África.


A presente crise econômico-financeira será avaliada durante a 5ª Cúpula, a partir da perspectiva de três membros do G20, representantes do mundo em desenvolvimento. Especial atenção será também conferida à agenda ambiental, à luz da realização da COP-17 na África do Sul e da Rio+20, no Brasil.


MARIA EDILEUZA FONTENELE REIS, embaixadora, é subsecretária-geral para Ásia, Oceania e mecanismos inter-regionais do Ministério das Relações Exteriores.


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

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