Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 23 de março de 2012

Empresários com Dilma. Classe C foi junto



Saiu no Valor notícia do encontro da Presidenta Dilma Rousseff com 28 empresários:

Dílma se reúne com 28 empresários

Participaram do encontro os ministros Guido Mantega (Fazenda), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), além do presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.

Representando o setor empresarial,  presidente da Câmara de Gestão do governo, Jorge Gerdau, do Grupo Gerdau; Luiz Trabuco e Lázaro Brandão, do Bradesco; Roberto Setúbal, do Itaú; Frederico Curado, da Embraer; Murilo Ferreira, da Vale; José Martins, da MarcoPolo; Joesley Batista, da JBS-Friboi; André Esteves, do BTG Pactual; Josué Gomes, da Coteminas; Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez; Marcelo Odebrecht, do grupo Odebrecht; Luiz Nascimento, da Camargo Corrêa; Cledorvino Belini, da Fiat; Pedro Passos, da Natura; Eike Batista, da EBX; Alberto Borges, da Caramuru; Amarílio Proença, da J. Macedo; Carlos Sanchez, da EMS; Ivo Rosset, do grupo Rosset; João Castro Neves, da Ambev; Luiza Trajano, do Magazine Luiza; Antônio Carlos da Silva, do grupo Simões; Daniel Feffer, da Suzano; Ricardo Steinbruch, da Vicunha Têxtil; Paulo Tigre, representante da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs); Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp); e Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).


O Valor já tinha noticiado:

Fazenda prepara desoneração para próxima semana

Por João Villaverde e Lucas Marchesini | De Brasília

BRASÍLIA – O Ministério da Fazenda deve anunciar na semana que vem a desoneração da folha de pagamentos para os fabricantes de máquinas e equipamentos, autopeças, têxtil, móvel, aeroespacial (basicamente Embraer), e a indústria naval. Estes setores devem ter zerada a contribuição ao INSS de 20% que incide sobre a folha de pagamentos, que passará a ser substituída por uma alíquota de 1% sobre o faturamento bruto. As exportações estarão isentas da nova contribuição.

(…)

Clique aqui para ler também: “Governo vai reforçar medidas de apoio a indústria.”
Clique aqui para ver a reação de empresários.

Clique aqui para ver Guido Mantega falar da redução da carga fiscal para empresas.



A certa altura do encontro de três horas, Roberto Setúbal tocou uma nota desafinada.
Reclamou: estamos no limite do endividamento da pessoa física !
Luiza Trajano, do Magazine Luiza, não concordou.
Falou da vertiginosa ascensão da Classe C – clique aqui para ler – que, hoje, chega a 54% da população, enquanto a renda do trabalhador brasileiro, segundo o IBGE bate record.
Trajano observou que seria importante levar em conta o que significa endividar-se para as pessoas que, agora, compram bens de consumo.
É muito importante comprar e continuar a comprar – e, portanto, pagar em dia.
Pagar a prestação é um compromisso muito sério para elas, ponderou Trajano.
Trajano lembrou que, hoje, 42% das famílias brasileiras tem máquina de lavar.
Trabuco do Bradesco – Lazaro Brandão também foi – foi um dos que demonstrou estar bastante sensível para essa nova realidade da Classe C.
A Presidenta e os ministros insistiram em que farão tudo para reduzir custos do empresário brasileiro, através da redução de tributos.
Ela, Mantega e Pimentel mencionaram a desoneração de tributos e disse que fariam diferente da Europa – aqui, o alívio aos empresários não será à custa dos direitos trabalhistas.
A Presidenta lembrou que semana passada esteve com líderes sindicais.
A atitude dos empresários foi all business.
Resolver problemas.
Marcelo Odebrecht quer acelerar a redução do ICMS para a importação de equipamentos.
E se dispõe a ir ao Congreso, com o Governo, lutar por isso.
Batista, da Friboi, idem: o que dá para fazer ?
Eike Batista era um dos mais entusiasmados.
Gerdau falou em gestão para reduzir custos.
Claro que se falou de câmbio.
O Governo prometeu fazer o que for possível para segurar a valorização do Real – o que for possível.
Não pareceu haver ali quem quisesse reinventar a roda.
Ficou combinado que haverá novas reuniões com a mesma agenda: resolver problemas para investir.
Os convites foram feitos pelo Ministério da Fazenda.
Seria recomendável – na opinião de um dos presentes – que, na próxima reunião, Paulo Skaf, presidente da FIE P (*), não fosse convidado.
Porque ele não é cobra nem peixe.
Nem empresário nem político.
Sem representatividade.
E faz um discurso que repete há vinte anos – e não vai a lugar nenhum
E que só faz tirar a discussão do trilho.
Paulo Henrique Amorim


Como resolver os problemas ?

(*) O Conversa Afiada prefere chamar de FIE P, porque Paulo Skaf liderou uma campanha – com o apoio irrestrito de Fernando Henrique – para tirar o remédio da boca das crianças e acabar com a CPMF. A CPMF, como se sabe, dificultava o emprego do Caixa Dois, que, em São Paulo, se chama de “barrani”.

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