Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 15 de maio de 2012

COMPLICA-SE A SITUAÇÃO DO CASAL GURGEL

*Grécia terá novas eleições em junho e a esquerda deve vencer: nenhum dos partidos mais votados no último dia 6 conseguiu formara maioria parlamentar**pesquisas indicam que a volta às urnas dará vitória à coalizão de esquerda Syriza, que pretende anular os 'acordos' de arrocho ortodoxo impostos pelos credores**  PIB europeu do 1º trimestre é a fotografia da dominação alemã, única economia relevante a crescer na zona do euro: Bolsas caem na UE.
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O delegado da PF  Raul Alexandre Souza, responsável pela Operação Vega, fala à Comissão de Ética do Senado nesta 3ª feira e pode complicar ainda mais a situação do casal Gurgel, respectivamente o procurador-geral da República, Roberto Gurgel e a esposa, subprocuradora Claudia Sampaio. Ontem, a Polícia Federal emitiu nota em que desmente declarações recentes da subprocuradora Claudia. Ela afirmara à imprensa, na última sexta-feira, que o delegado  Raul, responsável pela Operação Vega  --investigação que em 2009 já oferecia provas da ação criminosa de Demóstenes Torres e da quadrilha Cachoeira--,  teria pedido que a PGR não abrisse inquérito sobre o caso, para não atrapalhar as investigações. O desmentido da PF reitera que houve três encontros entre o delegado e a subprocuradora; em nenhum deles Raul teria sugerido o "arquivamento ou o não envio da Operação Vegas ao STF", diz o texto. Fica claro agora, não se trata mais de uma "acusação dos mensaleiros", como deu a entender o Procurador Geral em recente entrevista.  O engavetamento, de acordo com a PF, foi uma decisão deliberada  e unilateral. Ao atribuí-la a um pedido do delegado a subprocuradora implicitamente admite que não haveria outra justificativa para o que ocorreu. E o ocorrido adiou  por três anos o indiciamento e a prisão de um grupo político-criminoso diretamente implicado nos acontecimentos que deram origem às denúncias do chamado processo do 'mensalão'. O caso envolveu o governo do PT, ex-ministros e lideranças do partido, que agora serão acusados justamente pelo procurador-geral, Roberto Gurgel. Quando uma sombra paira sobre a isenção não basta emitir  bordões sob medida para o desfrute da mídia conservadora. O casal Gurgel deve explicações. Não a supostos mensaleiros, à sociedade.

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