*DILMA ROUSSEFF: "Não admitimos mais a possibilidade de construir um país forte e rico dissociado de melhorias nas condições de vida de nossa população, tampouco acreditamos mais na delegação do nosso crescimento exclusivamente às forças autorreguláveis do mercado - crença, aliás, que Maria da Conceição Tavares sempre criticou corretamente. Ainda temos alguns entraves a romper e a nossa querida Maria da Conceição Tavares sempre nos recorda magistralmente, para mim pelo menos, quais são esses entraves e como é urgente rompê-los" (discurso em homenagem a Maria da Conceição Tavares; 17-05) CRISTINA KIRCHNER: "É possível um outro modelo de acumulação, distinto da renda financeira. É o [trabalho] humano que cria a riqueza nacional, não os bancos que acumulam cifras que só existem nos registros contábeis dos computadores; [nos anos 90] quiseram nos convencer de que o Estado não servia para nada e que o mercado resolvia tudo; não foi bem assim"( discurso em visita oficial a Angola; 18-05)
A sociedade grega vive uma das escolhas mais difíceis da história:agarrar-se às migalhas da servidão ou lutar contra ela com o risco de perder? De um lado o abismo conhecido, de outro o escuro sem nome. Seu povo foi levado ao túnel dos horrores pela endogamia entre uma elite dissociada dos interesses da população e uma matilha de espoliadores financeiros que reduziu o país a um simulacro de Nação soberana. A riqueza financeira é o grande cadáver da crise que resiste ao sepultamento. Exercer seu direito de saque sobre a riqueza material da sociedade implica a partir de agora cortar a merenda das crianças que desmaiam de fome nas periferias da Grécia. Ou ceifar mais empregos da juventude na Espanha; ou corroer heroicamente os salários em Portugal. É forçoso dar fim ao fim e desinflar o poder rentista, mas não será o mercado a fazê-lo. A inércia dos aparatos ideológicos bate continência nas colunas, manchetes, na hierarquização do noticiário, em editoriais explícitos e implícitos. 'Não há alternativa', advertem em jogral macabro. 'Pior que sangrar nas mãos dos mercados é a hemorragia de quem tenta enfrentá-los'. Uma palavra, porém, arranha o azeite da ordem unida comandada pelo noticiário econômico: Argentina. (LEIA MAIS AQUI)
MÍDIA E CRISE: OS CONSELHEIROS DA SERVIDÃO.
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