Quem ainda só se informa pelo que se convencionou chamar de “velha mídia” certamente ficou surpreso com o resultado da oitiva do governador de Brasília, Agnelo Queiróz, na sessão de ontem (13/06) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga o envolvimento do chefe de quadrilha Carlos Augusto Ramos, o “Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados.
Antes de explicar o por que dessa surpresa poder sobrevir, um preâmbulo para quem venha a ler este texto fora do blog onde foi publicado originalmente e que não costuma se informar através dessa alternativa informativa que é a “blogosfera”.
Por “velha mídia”, entendam-se grandes jornais, revistas, telejornais e os mega portais de internet como UOL e G1, por exemplo. E o fato é que esses veículos vinculados a esquemas políticos e a interesses econômicos só contam o que querem. Às vezes, chegam até a mentir. Mas o mais comum é que omitam o que não querem que o público saiba.
Todavia, o pior da empulhação que propagam – e não só em política, ainda que principalmente em questões políticas – reside nas “análises” que, sob linguagem jornalística e garantias de isenção dos “analistas”, difundem um sem-número de meras invenções de jornalistas pagos para tentarem enganar o público e para direcioná-lo a conclusões precipitadas ou errôneas.
De volta à oitiva de Agnelo pela CPMI do Cachoeira, há que lembrar do que os analistas da “velha mídia” diziam sobre o governador de Brasília nos primeiros momentos do escândalo que está abalando a República. Segundo “analistas” de veículos como O Globo, Folha de São Paulo ou revista Veja, havia mais indícios de envolvimento de Agnelo com Cachoeira do que do governador de Goiás, Marconi Perillo.
Naquele momento, grande parte dos vazamentos das escutas da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, ainda não chegava aos grandes meios de comunicação. Isso porque estes tentavam impedir a instalação da CPMI do Cachoeira, uma iniciativa dos governistas, e, assim, tratavam de vender a tese de que a investigação recairia sobre o PT e seus aliados, apesar de que o principal flagrado pela investigação da Polícia Federal fora um dos nomes mais eminentes da oposição.
Nessa toada, a mídia tentava intimidar os parlamentares da base aliada do governo federal para que não apoiassem a abertura da investigação mostrando que a deturparia.
A “velha mídia” ocultou ou minimizou muitas das informações que já se tinha sobre Perillo, como as nomeações de membros da quadrilha de Cachoeira em seu governo, os negócios que o governador mantinha com o quadrilheiro, as ligações telefônicas entre eles etc. Enquanto isso, exacerbava menções inconclusivas a Agnelo nas escutas.
Instalada a CPMI, com a transmissão dos seus trabalhos pela TV Senado e pela Internet, a grande mídia teve que reconhecer que as garantias que seus “analistas políticos” deram de que havia mais evidências contra o governador de Brasília do que contra o de Goiás estavam erradas.
Jornalistas como Ricardo Noblat, Merval Pereira e Eliane Cantanhêde, entre outros, reconheceram o “erro”. Outros, como Reinaldo Azevedo, fizeram de conta que nada disseram. Todavia, agora não dava mais para esconder que evidências contra Agnelo nem se assemelhavam às que havia contra Perillo.
Agora que a CPMI se tornara um fato, era hora de tentar desmoralizar a investigação. Os mesmos “analistas” passaram a difundir um pseudo acordo entre governistas e oposicionistas que, por saberem-se todos igualmente envolvidos, haviam combinado de não convocar governador nem de um lado, nem do outro.
Ainda assim, a “velha mídia” conseguiu atrapalhar os trabalhos da CPMI, pois para mostrar que não havia acordo algum os governistas decidiram convocar os governadores extemporaneamente. Convocaram Perillo, contra quem as provas se avolumam, e, para mostrar que não tinham nada a esconder, aceitaram convocar Agnelo apesar de as evidências contra este serem débeis.
Antes da oitiva dos governadores, os tais “analistas” atacaram de novo. Novamente os governistas perderiam porque Perillo seria um mestre da oratória e Agnelo seria um inepto que iria gaguejar e se enrolar todo.
De segunda-feira para cá, porém, o que se viu foi muito diferente. O depoimento de Perillo foi marcado pela dubiedade. Deixou muito sem resposta e se valeu de uma verdadeira guerra travada pela bancada oposicionista na CPMI, que, aos berros, não deixava os governistas inquirirem o governador goiano.
A nebulosidade que marcou a oitiva de Perillo teve seu ponto alto na negação que fez do pedido do relator da CPMI de abrir mão dos seus sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático (e-mails e SMS’s), o que comprovou a suspeita de que tem o que esconder.
Mais uma vez contrariando a “velha mídia”, o depoimento de Agnelo surpreendeu a todos. Seguro, veemente e transparente, não se furtou a pergunta alguma. E coroou seu excelente desempenho oferecendo à CPMI o que Perillo negou: a quebra de TODOS os seus sigilos em qualquer período que se requeira.
Como não foi possível vincular o governador de Brasília ao objeto da investigação – o envolvimento com o esquema Cachoeira –, “velha mídia” e oposição apelam, mais uma vez, à desinformação, a qual, proximamente, será desmontada como foi todo o resto que tentaram vender em termos de empulhação.
Em primeiro lugar, tentam descaracterizar a transparência de Agnelo vendendo uma tese deformada, de que em novembro do ano passado o ministro Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou a quebra dos sigilos de Agnelo entre 2005 e 2010 por conta de denúncias de desvios de verbas do Ministério do Esporte, quando foi ministro.
Em segundo lugar, “velha mídia” e oposição difundem uma distorção sobre imóvel que o governador de Brasília adquiriu há mais de cinco anos por R$ 400 mil e que, hoje, valeria R$ 2 milhões ou até mais. E dizem isso com base em achismos, sem respaldo algum de avaliações sérias.
O negócio não tem relação alguma com o esquema Cachoeira. Nem deveria ser abordado pela CPMI, pois o foco da investigação é a relação de agentes públicos e privados com o bicheiro. Mas, na falta de elementos que liguem Agnelo a ele, “velha mídia” e oposição buscam qualquer coisa que possam usar.
Mais adiante, tudo isso também irá virar nada.
Mesmo se fosse verdade que os sigilos TODOS de Agnelo já foram quebrados e que, portanto, ele não teria sido transparente, as análises da mídia esconderam ou minimizaram o fato de que após o gesto do governador de Brasília Perillo teria seus sigilos quebrados na marra porque 16 membros da CPMI assinaram o requerimento de quebra de sigilos dos dois.
Além disso, o STJ quebrou o sigilo bancário de Agnelo, sim, mas este ofereceu à CPMI TODOS os seus sigilos, ou seja, além do bancário, o sigilo fiscal, o telemático e, mais importante de todos, talvez, o sigilo telefônico. Fora o bancário, os outros sigilos de Agnelo não foram quebrados por aquela Corte.
Sobre a casa de Agnelo, uma rápida pesquisa na internet revela um fenômeno que se espalhou pelo Brasil nos últimos anos, mas que, na capital da República, foi mais intenso. O índice de valorização imobiliária em Brasília é de 40% ao ano. Ou seja: um imóvel adquirido na região por R$ 400 mil há mais de cinco anos, hoje facilmente chega a mais de R$ 2 milhões.
Detalhe: a casa foi comprada sem acabamento, ainda em construção.
É por isso, leitor, que, se você não lê a blogosfera, se confia apenas no que dizem impérios de comunicação que têm montanhas de interesses que nada têm que ver com jornalismo, eis a explicação do por que vem se surpreendendo com o sepultamento do que os tais analistas da “velha mídia” lhe venderam sobre a CPMI do Cachoeira.
Antes de explicar o por que dessa surpresa poder sobrevir, um preâmbulo para quem venha a ler este texto fora do blog onde foi publicado originalmente e que não costuma se informar através dessa alternativa informativa que é a “blogosfera”.
Por “velha mídia”, entendam-se grandes jornais, revistas, telejornais e os mega portais de internet como UOL e G1, por exemplo. E o fato é que esses veículos vinculados a esquemas políticos e a interesses econômicos só contam o que querem. Às vezes, chegam até a mentir. Mas o mais comum é que omitam o que não querem que o público saiba.
Todavia, o pior da empulhação que propagam – e não só em política, ainda que principalmente em questões políticas – reside nas “análises” que, sob linguagem jornalística e garantias de isenção dos “analistas”, difundem um sem-número de meras invenções de jornalistas pagos para tentarem enganar o público e para direcioná-lo a conclusões precipitadas ou errôneas.
De volta à oitiva de Agnelo pela CPMI do Cachoeira, há que lembrar do que os analistas da “velha mídia” diziam sobre o governador de Brasília nos primeiros momentos do escândalo que está abalando a República. Segundo “analistas” de veículos como O Globo, Folha de São Paulo ou revista Veja, havia mais indícios de envolvimento de Agnelo com Cachoeira do que do governador de Goiás, Marconi Perillo.
Naquele momento, grande parte dos vazamentos das escutas da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, ainda não chegava aos grandes meios de comunicação. Isso porque estes tentavam impedir a instalação da CPMI do Cachoeira, uma iniciativa dos governistas, e, assim, tratavam de vender a tese de que a investigação recairia sobre o PT e seus aliados, apesar de que o principal flagrado pela investigação da Polícia Federal fora um dos nomes mais eminentes da oposição.
Nessa toada, a mídia tentava intimidar os parlamentares da base aliada do governo federal para que não apoiassem a abertura da investigação mostrando que a deturparia.
A “velha mídia” ocultou ou minimizou muitas das informações que já se tinha sobre Perillo, como as nomeações de membros da quadrilha de Cachoeira em seu governo, os negócios que o governador mantinha com o quadrilheiro, as ligações telefônicas entre eles etc. Enquanto isso, exacerbava menções inconclusivas a Agnelo nas escutas.
Instalada a CPMI, com a transmissão dos seus trabalhos pela TV Senado e pela Internet, a grande mídia teve que reconhecer que as garantias que seus “analistas políticos” deram de que havia mais evidências contra o governador de Brasília do que contra o de Goiás estavam erradas.
Jornalistas como Ricardo Noblat, Merval Pereira e Eliane Cantanhêde, entre outros, reconheceram o “erro”. Outros, como Reinaldo Azevedo, fizeram de conta que nada disseram. Todavia, agora não dava mais para esconder que evidências contra Agnelo nem se assemelhavam às que havia contra Perillo.
Agora que a CPMI se tornara um fato, era hora de tentar desmoralizar a investigação. Os mesmos “analistas” passaram a difundir um pseudo acordo entre governistas e oposicionistas que, por saberem-se todos igualmente envolvidos, haviam combinado de não convocar governador nem de um lado, nem do outro.
Ainda assim, a “velha mídia” conseguiu atrapalhar os trabalhos da CPMI, pois para mostrar que não havia acordo algum os governistas decidiram convocar os governadores extemporaneamente. Convocaram Perillo, contra quem as provas se avolumam, e, para mostrar que não tinham nada a esconder, aceitaram convocar Agnelo apesar de as evidências contra este serem débeis.
Antes da oitiva dos governadores, os tais “analistas” atacaram de novo. Novamente os governistas perderiam porque Perillo seria um mestre da oratória e Agnelo seria um inepto que iria gaguejar e se enrolar todo.
De segunda-feira para cá, porém, o que se viu foi muito diferente. O depoimento de Perillo foi marcado pela dubiedade. Deixou muito sem resposta e se valeu de uma verdadeira guerra travada pela bancada oposicionista na CPMI, que, aos berros, não deixava os governistas inquirirem o governador goiano.
A nebulosidade que marcou a oitiva de Perillo teve seu ponto alto na negação que fez do pedido do relator da CPMI de abrir mão dos seus sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático (e-mails e SMS’s), o que comprovou a suspeita de que tem o que esconder.
Mais uma vez contrariando a “velha mídia”, o depoimento de Agnelo surpreendeu a todos. Seguro, veemente e transparente, não se furtou a pergunta alguma. E coroou seu excelente desempenho oferecendo à CPMI o que Perillo negou: a quebra de TODOS os seus sigilos em qualquer período que se requeira.
Como não foi possível vincular o governador de Brasília ao objeto da investigação – o envolvimento com o esquema Cachoeira –, “velha mídia” e oposição apelam, mais uma vez, à desinformação, a qual, proximamente, será desmontada como foi todo o resto que tentaram vender em termos de empulhação.
Em primeiro lugar, tentam descaracterizar a transparência de Agnelo vendendo uma tese deformada, de que em novembro do ano passado o ministro Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou a quebra dos sigilos de Agnelo entre 2005 e 2010 por conta de denúncias de desvios de verbas do Ministério do Esporte, quando foi ministro.
Em segundo lugar, “velha mídia” e oposição difundem uma distorção sobre imóvel que o governador de Brasília adquiriu há mais de cinco anos por R$ 400 mil e que, hoje, valeria R$ 2 milhões ou até mais. E dizem isso com base em achismos, sem respaldo algum de avaliações sérias.
O negócio não tem relação alguma com o esquema Cachoeira. Nem deveria ser abordado pela CPMI, pois o foco da investigação é a relação de agentes públicos e privados com o bicheiro. Mas, na falta de elementos que liguem Agnelo a ele, “velha mídia” e oposição buscam qualquer coisa que possam usar.
Mais adiante, tudo isso também irá virar nada.
Mesmo se fosse verdade que os sigilos TODOS de Agnelo já foram quebrados e que, portanto, ele não teria sido transparente, as análises da mídia esconderam ou minimizaram o fato de que após o gesto do governador de Brasília Perillo teria seus sigilos quebrados na marra porque 16 membros da CPMI assinaram o requerimento de quebra de sigilos dos dois.
Além disso, o STJ quebrou o sigilo bancário de Agnelo, sim, mas este ofereceu à CPMI TODOS os seus sigilos, ou seja, além do bancário, o sigilo fiscal, o telemático e, mais importante de todos, talvez, o sigilo telefônico. Fora o bancário, os outros sigilos de Agnelo não foram quebrados por aquela Corte.
Sobre a casa de Agnelo, uma rápida pesquisa na internet revela um fenômeno que se espalhou pelo Brasil nos últimos anos, mas que, na capital da República, foi mais intenso. O índice de valorização imobiliária em Brasília é de 40% ao ano. Ou seja: um imóvel adquirido na região por R$ 400 mil há mais de cinco anos, hoje facilmente chega a mais de R$ 2 milhões.
Detalhe: a casa foi comprada sem acabamento, ainda em construção.
É por isso, leitor, que, se você não lê a blogosfera, se confia apenas no que dizem impérios de comunicação que têm montanhas de interesses que nada têm que ver com jornalismo, eis a explicação do por que vem se surpreendendo com o sepultamento do que os tais analistas da “velha mídia” lhe venderam sobre a CPMI do Cachoeira.
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