A direção nacional do PDT reverteu nesta terça-feira a decisão do diretório estadual da legenda em São Paulo e anunciou apoio do partido à candidatura do petista Fernando Haddad no segundo turno da eleição para prefeito da capital paulista, cinco dias depois do anúncio do PDT local de apoiar o tucano José Serra. A informação é da Agência de notícias Reuters
"A direção nacional do Partido Democrático Trabalhista... decidiu apoiar a candidatura do professor Fernando Haddad, por ele representar na cidade de São Paulo, os compromissos com as conquistas sociais e com a escola de horário integral, que são as principais bandeiras do trabalhismo", afirmou a direção do partido em breve nota divulgada a jornalistas em Brasília.
O PDT lançou candidato no primeiro turno da eleição de São Paulo, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que teve somente 0,63 por cento dos votos válidos na eleição do dia 7 de outubro.
Na última quinta-feira, o diretório paulista do PDT havia oficializado o apoio a Serra, em cerimônia que teve a presença do candidato tucano, de Alckmin, de Paulinho, o atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), e o secretário Estadual do Emprego e Relações do Trabalho Carlos Andreu Ortiz, que é do PDT.
Na ocasião, lideranças pedetistas afirmaram que a decisão de apoiar Serra se deu, porque Serra decidiu incorporar propostas do PDT ao seu programa de governo.
Serra briga com jornalista na rádio,
irritado com 'kit-gay'
"A direção nacional do Partido Democrático Trabalhista... decidiu apoiar a candidatura do professor Fernando Haddad, por ele representar na cidade de São Paulo, os compromissos com as conquistas sociais e com a escola de horário integral, que são as principais bandeiras do trabalhismo", afirmou a direção do partido em breve nota divulgada a jornalistas em Brasília.
O PDT lançou candidato no primeiro turno da eleição de São Paulo, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que teve somente 0,63 por cento dos votos válidos na eleição do dia 7 de outubro.
Na última quinta-feira, o diretório paulista do PDT havia oficializado o apoio a Serra, em cerimônia que teve a presença do candidato tucano, de Alckmin, de Paulinho, o atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), e o secretário Estadual do Emprego e Relações do Trabalho Carlos Andreu Ortiz, que é do PDT.
Na ocasião, lideranças pedetistas afirmaram que a decisão de apoiar Serra se deu, porque Serra decidiu incorporar propostas do PDT ao seu programa de governo.
Em entrevista à rádio CBN, José Serra se irritou com uma pergunta incômoda sobre seus métodos de campanha, e sobre o "kit-gay" que Serra distribuiu nas escolas paulistas quando era governador.
Acabou destratando o jornalista Kennedy Alencar acusando-o de estar "a trabalho" de seus adversários políticos.
Porém ao desqualificar o trabalho do jornalista por lhe fazer uma pergunta que não é chapa-branca, José Serra mostra desapreço à liberdade de imprensa.
"Kit-gay" é um termo pejorativo para materiais pedagógico contra a homofobia. O termo foi pautado na campanha para prefeito de São Paulo por Silas Malafaia, após um encontro a portas fechadas com José Serra.
Malafaia saiu da reunião dizendo que iria "arrebentar" com Haddad com o "kit-gay".
Porém José Serra se esqueceu que material idêntico (que não chegou a ser distribuído no MEC devido a fortes reações), foi distribuído pelo próprio José Serra nas escolas paulistas, quando era governador.
Até a Folha desmente Serra:O "kit gay" de José Serra é o mesmo projeto anti-homofobia do MEC
Professora da Faculdade de Educação da Unicamp e especialista em pedagogia, Angela Soligo avaliou o lançamento da cartilha "Preconceito e Prevenção no Contexto Escolar" pelo governo de José Serra, em 2009, e diz que ela usa a "mesma ideia" que norteou o projeto do MEC. "Era um material mais amplo, falava de várias formas de preconceito, mas tratava a homofobia de forma semelhante à proposta pelo MEC", diz. Segundo ela, as críticas que o tucano faz hoje ao material do ministério tem natureza "política, eleitoreira".Segundo Soligo, na ocasião em que Serra lançou a cartilha não houve grande repercussão. "Até porque o levante contra os homossexuais veio depois, disse ela aqui para a Folha"
Já o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, disse ontem que comparar a cartilha tucana ao kit é "afronta à inteligência".
Ele declarou apoio a Serra afirmando ser impossível compactuar com o material produzido na gestão de Fernando Haddad (PT) no Ministério da Educação.
O pastor disse discordar da cartilha tucana somente quando ela diz que a homossexualidade é orientação sexual e não doença.
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