Em janeiro, a arrecadação de impostos e contribuições federais teve alta real de 6,59% na comparação com o mesmo período de 2012, totalizando R$ 116,066 bilhões
25 DE FEVEREIRO DE 2013 ÀS 12:10
Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A arrecadação de impostos e contribuições federais bateu novo recorde com alta real de 6,59% [corrigido pela inflação] em janeiro, na comparação com o mesmo período de 2012, totalizando, em termos nominais, R$ 116,066 bilhões.
De acordo com informações divulgadas pela Receita Federal, influenciaram o resultado de janeiro, entre outros fatores, o pagamento da primeira cota ou cota única do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) relativo à apuração do último trimestre do ano anterior e a antecipação de pagamentos, em janeiro de 2013, do ajuste anual também desses tributos referente ao lucro obtido no ano anterior.
Outro fator foi o desempenho dos principais indicadores macroeconômicos, entre eles, o crescimento das vendas de bens e serviços (5%), o crescimento da massa salarial (11,88%) e o valor em dólar das exportações (9,46%). Por outro lado, houve queda na produção industrial de 3,55%.
Edição: Lílian Beraldo
MERCADO REDUZ INFLAÇÃO E ELEVA PIB DE 2013
Analistas consultados projetam a inflação agora encerrando o ano a 5,69%, ante 5,70% anteriormente; expectativa de crescimento do País para este ano é de 3,10%, ante 3,08%
25 DE FEVEREIRO DE 2013 ÀS 09:08
Por Camila Moreira
SÃO PAULO, 25 Fev (Reuters) - O mercado deu continuidade aos ajustes de suas projeções para este ano ao reduzir a perspectiva de inflação e dólar e elevar a de expansão da economia, mantendo a estimativa da Selic em 7,25 por cento neste ano, de acordo com pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.
Os analistas consultados veem a inflação agora encerrando o ano a 5,69 por cento, ante 5,70 por cento anteriormente, na segunda semana seguida de redução. Para 2014, a projeção para o IPCA foi mantida em 5,50 por cento.
A inflação mantém o sinal de alerta no mercado, alimentando debates sobre a possibilidade de a Selic ser elevada ainda no primeiro semestre.
Na sexta-feira esse cenário foi corroborado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial. Embora tenha apresentado desaceleração da alta, o resultado ficou acima do esperado ao subir 0,68 por cento em fevereiro.
A pesquisa Focus mostrou também que o mercado ainda mantém a perspectiva de que a Selic ficará nos atuais 7,25 por cento neste ano, subindo a 8,25 por cento em 2014, projeção também inalterada.
Mas a dificuldade de a inflação mostrar arrefecimento como esperado fez o mercado futuro de juros precificar probabilidade superior a 50 por cento de uma alta de 0,25 ponto percentual já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em março. Para o encontro de maio, a chance para um acréscimo de 0,50 ponto percentual chegou a 100 por cento.
Entre o Top 5 --instituições que mais acertam as projeções-- a expectativa também é de manutenção da Selic em 7,25 por cento este ano, indo a 7,63 por cento em 2014. Para o IPCA a projeção é de alta de 5,56 por cento este ano ante 5,70 por cento na semana anterior, e de avanço de 6,50 por cento em 2014.
Na quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a inflação no Brasil está sob controle e deverá fechar 2013 em torno de 5,5 por cento, citando projeções de mercado.
Já o presidente do BC, Alexandre Tombini, em entrevista ao Wall Street Journal, disse que o BC define a política monetária com base na inflação, e não em qualquer meta de crescimento econômico.
Mantega também afirmou não ver necessidade de tomar mais medidas no mercado de câmbio, uma vez que o real ganhou estabilidade nos últimos meses.
Mas no Focus, os analistas consultados reduziram pela quinta semana seguida a perspectiva para o dólar no final deste ano, estimado agora em 2 reais ante 2,02 reais na semana anterior.
CRESCIMENTO
Em relação à expansão da economia neste ano, os analistas elevaram a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 após duas semanas de queda, a 3,10 por cento, ante 3,08 por cento na semana anterior.
A expectativa é de aceleração em 2014, mas a projeção foi reduzida a 3,60 por cento, ante expansão de 3,65 por cento anteriormente.
A projeção para o crescimento da produção industrial neste ano, por sua vez, foi elevada a 3,10 por cento, ante 3 por cento no relatório anterior.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulga na sexta-feira os dados do PIB no quarto trimestre de 2012 e no ano.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado na semana passada mostrou desaceleração da atividade em dezembro e ainda reforçou as chances de que a expansão da economia no ano passado não tenha superado 1 por cento.
Considerado uma espécie de sinalizador do PIB, o IBC-Br avançou 0,26 por cento em dezembro ante o mês anterior, de acordo com dados dessazonalizados, após alta de 0,57 por cento em novembro, acumulando ganho de 1,35 por cento em 2012.
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