Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O Millenium e a conta de luz do Aécio

DE COSTAS PARA O BRASIL
O colapso da mídia conservadora chegou antes da falência do país, vaticinada há mais de uma década pelo seu jornalismo. Estadão, Abril, Folha, Valor lideram a deriva de uma frota experiente na arte de sentenciar vereditos inapeláveis sobre o rumo da Nação, enquanto o seu próprio vai à pique. As corporações que fazem água nesse momento não são entes genéricos; não praticam qualquer  jornalismo; não reportam qualquer país, tampouco adernam num ambiente atemporal. Uma singularidade precisa ser reposta: o jornalismo dominante virou as costas ao país. Se a tecnologia envelheceu o suporte, o conservadorismo esférico mumificou a pauta. A saturação da narrativa antecedeu o esgotamento do meio. Ao ocupar diariamente suas páginas com a  reprodução da mesma
matéria --o 'fracasso do Brasil', as corporações contraíram um  vírus fatal ao seu negócio: o bacilo da previsibilidade. Há quanto tempo as manchetes, colunas e reportagens disparadas do bunker dos Frias deixaram de surpreender o leitor? Existe algum motivo para ler amanhã um jornal que hoje tem a frase seguinte antecipada na anterior? E na anterior da anterior e assim sucessivamente? O golpe de misericórdia tecnológico,no caso brasileiro, talvez seja apenas isso. Uma gota d'água adicional em um galeão perfurado de morte pelos próprios artefatos. O naufrágio serve também de alerta à comunicação progressista.(LEIA MAIS AQUI).


Todo mundo já está acostumado com os protestos organizados pelo Instituto Millenium, esconderijo da direita mais reacionária, contra os impostos na gasolina.
Os alvos são, sempre, o Governo Federal e a Petrobras.
A Petrobras recebe R$ 1,36 por litro na refinaria e o Governo Federal, como a gente já mostrou aqui, reduziu para 10% do preço de venda a incidência de imposto sobre a gasolina. O resto dos impostos são estaduais.
Mas é curioso que, enquanto se reclama dos encargos setoriais incidentes na conta de luz, não aparece uma alma para criticar as alíquotas dos impostos estaduais que se aplicam ao consumo de energia elétrica.
Estes encargos, agora, representam 3,9% do valor cobrado.
Enquanto o ICMS chega a 30% do valor pago pelo consumidor.
luz
E adivinhe você quem é o estado campeão na cobrança de imposto sobre a conta de energia?
Sim, exatamente Minas Gerais, que tem uma alíquota de 30% incidindo sobre todos os que consomem mais de 90Kwh mensais. Isto é, quase todo mundo que tenha uma geladeira, uma televisão e um chuveiro elétrico, assim mesmo usado com extrema moderação. E mais nada, nem uma lampadazinha.
É só conferir a tabela aí de cima. Quem tiver dúvida, acesse a tabela completa das alíquotas de ICMS, aqui. Está na pagina 18 do documento.
Bem, o Sindicato dos Fiscais mineiro, depois de fazer protestos em praça pública distribuindo lâmpadas econômicas,  começou a veicular uma campanha explicando e condenando as altas alíquotas cobradas delo governo do Estado nos preços, além da energia (30%), na gasolina (27%) e nas contas de telefone (25%).
O que fez o Governo do Estado?
Está tentando proibir, através do Judiciário, a veiculação dos anúncios.
Ah, e não houve aumento das alíquotas depois que Aécio saiu do Governo, não. Passou oito anos lá cobrando 30% dos consumidores.
É assim que ele quer combater a inflação?
Por: Fernando Brito

Nenhum comentário:

Postar um comentário

comentários sujeitos a moderação.