Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 2 de julho de 2013

Globo insiste: soneguei, mas já paguei.



A Globo pode até ter pago a multa que recebeu da Receita Federal por ter forjado uma operação fictícia nas Ilhas Virgens britânicas para não pagar o Imposto de Renda na compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002, como afirma.
Mas esta história está mais que estranha.
Primeiro, porque o processo segue em aberto na Receita, o que não é comum em procedimentos deste tipo.
Segundo, porque a natureza da operação triangulada entre a Globo e a sua empresa-fantasma num paraíso fiscal é daquelas de arrepiar: comprar direitos de transmissão de Copa do Mundo de Futebol para o Brasil com uma empresa das Ilhas Virgens é o que, senão fraude tributária? Tanto que a empresa diz que pagou sem nem mesmo discutir judicialmente a procedência da autuação.
Terceiro, se pagou, porque não informa os dados do recolhimento do tributo e da multa como o pessoal das redes está pedindo pelo #GloboMostreoDarf. Ou, se não tem, como afirma, nenhum débito em aberto, porque não tira -pode ser tirada  na internet mesmo – uma certidão de regularidade com o Fisco?
O fato mais grave está comprovado pela nota da própria Globo: houve uma gravíssima e vultosa sonegação fiscal por parte da Globo. Mesmo que tenha pago, é a mesma coisa que um ladrão devolver a carteira de um transeunte depois de ser agarrado pelo guarda.
E como o sinal da Globo é uma concessão pública, ela transformou a fraude em lucro usando o serviço público da qual tem o gozo para obter lucro com o crime fiscal.
O que diriam se um ministro tivesse obtido vantagens usando o Ministério e, depois, pego em flagrante, devolvesse o dinheiro, pagasse uma multa e.. tudo bem?
E o pior é que a emissora ainda tira onda, dizendo que “ quanto à publicação de documentos confidenciais, protegidos por sigilo legal, acreditamos que o assunto será apurado pelos órgãos competentes”.
Ou seja, espera que só haja problemas legais para quem denunciou a fraude fiscal.
São uns santinhos.
Então, vamos lá. Coloco aí embaixo o texto do livro “Afundação Roberto Marinho”, do Roméro Machado, ex-assessor de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, econtroller da Fundação global.
Tem matéria aí para que os “órgãos competentes” apurem muito em matéria de crime fiscal.
Por: Fernando Brito

LOCK-OUT DE CAMINHONEIROS. CLARÍN ESTIMULA

A Cristina viu que a cobertura do lock-out tinha o objetivo de derrubá-la.

Por uma questão de cortesia, o ansioso blogueiro assistiu ao Mau Dia Brasil enquanto malhava.

Houve um diálogo entre Keynes e Hayek – a Urubóloga e a Renata Vasconcelos discorreram sobre uma suposta fraude contábil da Petrobras e do cálculo da balança comercial.

A Globo tem a mania de “fraude contábil” na Petrobras.

Já tomou um desmentido pela proa.

Ela e um desses economistas de bancos que aparecem no PiG (*) – os que nada sabem de tudo.

E a Urubóloga jamais se pronunciou sobre as reservas cambiais do Banco Central nos bons tempos do Gustavo Franco – não havia.

Era uma operação “contábil”.

Tanto que o Brasil quebrou – depois, é claro, da reeleição que o FHC comprou a R$ 400 mil a cabeça.

Mas, só no Brasil o Governo Federal aceita que uma empresa privada que explora, sob concessão, um serviço público, “denuncie” uma fraude conjunta da maior empresa do país e do Ministério da Indústria – que faz os cálculos da balança comercial – e fica quieto.

É o que a SECOM chama de “mídia técnica”.

E do que tratou o Mau Dia ?

Do lock-out dos caminhoneiros.

Foram uns 48′ de estradas fechadas, sob a batuta do Alexandre Maluf Garcia.

Aquele lock-out que a CIA e o Kissinger armaram para derrubar o Allende.

Aquele mesmo que os ruralistas argentinos organizaram contra a Cristina Kirchner.

Os argentinos fecharam as estradas com o apoio integral do sistema Clarín de Televisão.

O Clarín, aqui, no Mau Dia Brasil faz como nas manifestações: cobre, estimula, glamouriza, espicha, indica os caminhos – “já chegou à ponte Rio-Niterói ?”- dissemina o caos e o DESgoverno – e, hipocritamente, condena os vândalos e “os excessos”.

A Globo cobre o DESgoverno para derrubá-lo.

É uma cobertura tão limpa quanto uma operação nas Ilhas Virgens para sonegar impostos.

Foi assim que nasceu na Argentina a Ley de Medios.

Quando a Cristina viu que a cobertura do lock-out tinha o objetivo de derrubá-la.

Como derrubou o Allende.

E foi pra cima do Clarín.

Aqui não !

A SECOM engorda a Globo.

Clique aqui para ler o Tijolaço: “soneguei mas já paguei”.

Inadimplente na Receita Federal pode explorar serviço público, Bernardo ?

Clique aqui para ler o Mino: “Bernardo é o Ministro do plim-plim”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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