*Os antecedentes da crise : 'Como desatar o nó?'(por Marilena Chauí; nesta pág)* Nesta 4ª feira, 03/07, 17hs: Assembléia de rua: "Democratização da mídia"; no Jardim Botânico, RJ, em frente à Globo --que sonegou a bagatela R$ 615 milhões ao IR, como denunciou o blog 'O cafezinho', de Miguel do Rosário, e continuou recebendo verbas da Secom
** Convocação: ‘Barão de Itararé' e ‘Cidadania Sim! PiG, nunca mais'.
Retomada norte-americana amplia o poder de coação dos capitais que migram da bolsa brasileira em 3ª feira marcada, ainda, por queda na produção industrial e dados ruins na balança comercial. A transição de ciclo econômico se acelera: o Brasil terá que discutir as linhas de passagem para renovar a sua agenda de desenvolvimento. Há escolhas a fazer e não são singelas. O país dará liberdade aos fundos e rentistas internacionais para saquearem as suas reservas em revoadas para o exterior? Oferecerá arrocho salarial e juro alto na tentativa de conte-los aqui? Sacrificará investimentos em infraestrutura para entregar o superávit fiscal cheio', como pede a banca local e forânea? Saberá pactuar prioridades sociais escalonadas em calendário crível e realista? Se as respostas a essas e outras perguntas forem ordenadas pela lógica blindada do interesse financeiro, o resultado é sabido: o Brasil pode virar um imenso Portugal. Portanto, não é apenas a reforma política que requer amplo debate democrático. A travessia para um novo ciclo de desenvolvimento só contemplará os anseios das ruas por mais democracia social, se vier ancorada em sincera e corajosa discussão progressista com a sociedade. É exatamente o oposto do que uivam os centuriões do conservadorismo. Para eles a rua já deu o que tinha que dar: o desgaste do governo do PT. Todo o seu empenho agora é para descongestionar o ambiente político de qualquer contaminação associada a mecanismos de democracia direta. A rejeição nervosa ao plebiscito reflete a ansiedade defensiva de quem sabe que o divisor entre economia e política é tênue; nas crises, desmancha-se no ar. Deixar o governo sangrar até 2014, sob estrita vigilância dos ‘mercados' é o seu sonho de consumo eleitoral. Daí o esforço preventivo de desqualificação de qualquer novidade política que possa empurrar a agenda do futuro econômico para o relento do debate em campo aberto. Não interessa aos ventríloquos dos livres mercados serem acareados pelo discernimento social. Cabe às forças progressistas abortar esse cinturão sanitário, fazendo da travessia econômica uma extensão da agenda da reforma política.
(Leia ainda:'Restauração em marcha sabota plebiscito')
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