Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 3 de julho de 2013

TRANSIÇÃO DE CICLO ECONÔMICO SE ACELERA

*Os antecedentes da crise : 'Como desatar o nó?'(por Marilena Chauí; nesta pág)Nesta 4ª feira, 03/07, 17hs:  Assembléia de rua:  "Democratização da mídia"; no Jardim Botânico, RJ, em frente à Globo --que sonegou a bagatela R$ 615 milhões ao IR, como denunciou o blog  'O cafezinho', de Miguel do Rosário, e continuou recebendo verbas da Secom
** Convocação: ‘Barão de Itararé' e ‘Cidadania Sim! PiG, nunca mais'.


Retomada norte-americana amplia o poder de coação dos capitais que migram da bolsa brasileira em 3ª feira marcada, ainda, por queda na produção industrial e dados ruins na balança comercial. A transição de ciclo econômico se acelera: o Brasil terá que discutir as linhas de passagem para renovar a sua agenda de desenvolvimento. Há escolhas a fazer e não são singelas. O país dará liberdade aos fundos e rentistas internacionais para saquearem as suas reservas em revoadas para o exterior? Oferecerá arrocho salarial  e juro alto na tentativa de conte-los aqui? Sacrificará investimentos em infraestrutura para entregar o superávit fiscal cheio', como pede a banca local e forânea? Saberá pactuar  prioridades sociais escalonadas em calendário crível e realista? Se as respostas a essas e outras perguntas forem ordenadas pela lógica blindada do interesse financeiro, o resultado é sabido: o  Brasil pode virar um imenso Portugal. Portanto, não é apenas a reforma política que requer amplo debate democrático. A travessia para um  novo ciclo de desenvolvimento só contemplará os anseios das ruas por mais democracia social, se vier ancorada em sincera e corajosa discussão progressista com a sociedade. É exatamente o oposto do que uivam os centuriões do conservadorismo. Para eles a rua já deu o que tinha que dar: o desgaste do governo do PT. Todo o seu empenho agora é para descongestionar o ambiente político de qualquer contaminação associada a mecanismos de democracia direta. A rejeição nervosa ao plebiscito reflete a ansiedade defensiva de quem sabe que o divisor entre economia e política é tênue; nas crises, desmancha-se no ar. Deixar o governo sangrar até 2014, sob estrita vigilância dos ‘mercados' é o seu sonho de consumo eleitoral. Daí o esforço preventivo de desqualificação de qualquer  novidade política que possa empurrar a agenda do  futuro econômico para o relento do debate em campo aberto. Não interessa aos ventríloquos dos livres mercados serem acareados pelo discernimento social. Cabe às forças progressistas abortar esse cinturão sanitário, fazendo da travessia econômica uma extensão da agenda da reforma política.
(Leia ainda:'Restauração em marcha sabota plebiscito') 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

PREPAREM-SE: VEM AÍ O DISCURSO DA ORDEM



O que haveria , caso não haja eleições em 2014 , pelo motivo de ocorrer alguma radicalização das manifestações. A quem isso interessaria? O grito de alguns grupos de manifestantes já acusam ao "NÃO AOS PARTIDOS POLÍSTICOS". "NÃO À POLÍTICA". Então , ninguém nos representa , é isso? Não haveria essa necessidade , pois nessa podridão da POLÍTICA e, dos POLÍTICOS, por quê ? PARA QUE ? Do jeito em que estão colocando  a situação, sem objetivo definido ," CONTRA TUDO ISTO QUE ESTÁ AÍ".Então, haveríamos uma democracia sem representação e SEM POVO. Já passamos por isso e, o discurso que foi "FOI PRECISO COLOCAR A CASA EM ORDEM" , MAU NECESSÁRIO, já conhecemos. Não podemos correr o risco de que queiram transformar um direito de manifestação de anseios de mudança para melhor, em retrocesso e trazermos para cena atual a velha e desbotada roupagem de uma nova e repaginada "MARCHA DA FAMÍLIA COM DEUS" em que ficamos marchando , mas sem sair do lugar, por 21 longos anos. Mudanças na democracia , só no voto.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O perfeito idiota paulistano


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Em um momento em que a região metropolitana de São Paulo – e, sobretudo, a capital paulista – vive um clima do mais puro terror ao menos em suas regiões periféricas e nas cidades do entorno, vale uma análise sobre uma parcela dessa sociedade que, tal qual a imprensa local, caiu em um dos mais escandalosos contos do vigário.
Ano que vem, completar-se-ão dezoito longos anos desde que o PSDB venceu a primeira eleição para o governo do Estado de São Paulo. Em 1994, o partido elegeu Mario Covas. Reelegeu em 1998, em 2002 elegeu Geraldo Alckmin, que ficou no cargo até 2006, quando José Serra se tornou governador. Em 2010, Alckmin voltou ao governo do Estado.
Nessas quase duas décadas de governos tucanos em São Paulo, ocorreu um fenômeno estranhíssimo. Embora a mídia paulista (liderada por Folha de São Paulo, Estadão e revista Veja, além das televisões e rádios locais) venha tratando de exaltar os “êxitos” na Segurança Pública que teriam sido logrados pelo governo tucano, não é isso o que se nota no cotidiano.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, sob comando do PSDB, do quarto trimestre de 1995(primeiro ano do governo tucano do Estado) para o terceiro trimestre de 2012 o número de homicídios dolosos (quando há intenção de matar) despencou de 2.388 para 1.143. Isso quando São Paulo vive um terror que, há 18 anos, era impensável neste Estado.
Tudo isso se deve a uma parceria entre imprensa local e governo do Estado que alardeia dados falsos que uma classe média idiotizada compra acriticamente apesar de não ser raro que seja vitimada por essa violência e criminalidade que desde 1995 cresce sem parar.
A degradação de São Paulo, sua perda de importância econômica em âmbito nacional, a criminalidade e a violência, o caos no transporte, o metrô que é o mais lotado no mundo, a periferia que conta com regiões que se equiparam a países miseráveis da África, tudo isso não é percebido por esse setor diminuto, porém barulhento, da população paulista e paulistana.
A situação faz lembrar de um livro medíocre que a mídia ultraconservadora brasileira converteu em bíblia dessa classe média idiotizada. Trata-se do Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano, um livro sobre política escrito pelo escritor peruano Alberto Vargas Llosa.
Originalmente redigido em castelhano e pertencente à tradição panfletária, a obra versa, em tom crítico e bem-humorado, sobre a influência que a ideologia esquerdista – notoriamente a linha de pensamento marxista – exerce na América Latina.
Pois a compra acrítica dos embustes tucano-midiáticos sobre o desempenho social e econômico de São Paulo por essa classe média alta, preconceituosa e ignorante que infecta o Estado daria margem um Manual do Perfeito Idiota Paulistano, por exemplo.
Na imagem em epígrafe, reproduzo reação de um legítimo representante desse setor da (alta) sociedade paulistana que, no Twitter, reagiu dessa forma messiânica ao post que publiquei na segunda-feira sobre a guerra civil paulista.
Para tanto, o sujeito se baseou em dados da Secretária da Segurança Pública de São Paulo que há anos todos os estudiosos da área de segurança denunciam como fraudulentos. O perfeito idiota paulistano se refere ao gráfico abaixo reproduzido.
É doloroso porque não se trata de um político, mas de um cidadão comum, jovem, instruído, mas que se deixa envolver pelas farsas com que o governo do PSDB conseguiu enredar o eleitor de São Paulo durante os últimos 18 anos.
Através de supressão de ocorrências policiais, a SSP-SP, até há pouco, conseguiu vender a farsa de que São Paulo teria baixos índices de homicídios, tese que a mídia local e nacional vem divulgando gostosamente há anos.
Mesmo em 2006, quando a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) promoveu o terror na região metropolitana de São Paulo, a mídia distorceu fatos e jogou a culpa dos ataques sobre o governo federal. Então ficou assim durante todos esses anos: os êxitos na Segurança eram do governo tucano e as falhas, do governo federal.
No fim do ano passado, com a criminalidade já atingindo um patamar insuportável, num lampejo de honestidade raro na imprensa paulista, a tevê Bandeirantes apresentou uma matéria que mostrava como o governo paulista frauda estatísticas para vender farsas como a que usou o perfeito idiota paulistano da imagem que encima este texto.
A matéria da Band revela casos como o do estudante da USP Felipe Ramos de Paiva, assassinado em maio do ano passado dentro do campus da universidade, ou do químico Marcelo Monteiro Fernandes, que, em agosto do mesmo ano, foi igualmente assassinado no bairro paulistano de Vila Sonia. Ambos ficaram de fora das estatísticas da SSP-SP.
A matéria informa que, enquanto a sensação de insegurança, já no ano passado, explodia em São Paulo, a Secretaria de Segurança informava “queda” nos homicídios no Estado, com menos de 10 casos por 100 mil habitantes. Isso porque, segundo a Band, “Crimes graves, de grande repercussão, simplesmente desaparecem das estatísticas”.
Assista, abaixo, a matéria da tevê Bandeirantes que explica como o PSDB paulista engana o Perfeito Idiota paulista e paulistano há quase vinte anos.


terça-feira, 5 de abril de 2011

DANÇANDO NA BOCA DO VULCÃO


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O Brasil está  imerso numa chuva de dólar. Na contramão do senso comum, Celso Furtado explicava que 'não há nada pior na vida de uma Nação do que uma chuva de dinheiro". A pluviosidade sonante desorganiza a produção local; importações baratas de mercadorias e insumos deslocam demanda e empregos para outras praças; mascara-se a inflação via importados --não raro subsidiados. A farra gera dependência e déficit nas contas externas e, finalmente, arrebenta o país quando o fluxo se inverte e os capitais partem em debandada. O Brasil já passou por essa via crucis algumas vezes. A última delas em 1998/1999 no esgotamento do Plano Real quando, horas depois de conquistar o segundo mandato, FHC implodiu a economia impondo uma máxidesvalorização da 'moeda forte' da ordem de 50% que deixou o país na tanga. Diferentes razões explicam a tempestade atual: capitais especulativos inundam o país para gozar as delícias de uma taxa de juros sem paralelo no planeta (mas os consultores das finanças insistem que a purgação se faça aumentando ainda mais a Selic...).  Há também o preço do sucesso em regime de mercados abertos numa era de colapso dos mercados abertos. Aos fatos: o Brasil cresceu 7,5% em 2020; tem pela frente 50 bilhões de barris de petróleo garantidos com a regulação soberana do pré-sal; tem autossuficiência em alimentos e energia limpa; tem uma Copa do Mundo, uma Olimpíada e uma lista de obras do PAC para se transformar num dos maiores canteiros de obras do mundo;
tem democracia; governo popular e um mercado de massa equivalente a 53% da população e 46% da renda nacional. Resultado: no primeiro bimestre deste ano recebeu em termos líquidos  US$ 24,356 bi. É mais do que todo volume internalizado em 2010. O governo tomou medidas paliativas para fechar as comportas: fixou um imposto de 6% (IOF para  captações com prazo inferior a um ano --um jeito de penalizar fluxos de curtíssimo prazo; dificultou apostas no cassino cambial do mercado futuro de dólares etc  Não resolveu. Quanto mais demonstra desinteresse pelo excesso, mais confiável o país se torna aos olhos dos investidores,  mais a enxurrada aumenta. Nesta 2º feira, outra agencia internacional de risco elevou a cotação da economia brasileira... Estamos dançando na boca do vulcão . Por enquanto, jorra dinheiro; amanhã a lava poderá derreter tudo a sua volta. Existe uma saída: adotar a quarentena em vigor no Chile, que impõe uma permanência mínima do dinheiro externo, prevenindo fugas em massa e ingressos especulativos. O governo Dilma não pode tardar na decisão. Como diz Maria da Conceição, " não é matéria para se discutir pelos jornais. É para  fazer".
(Carta Maior; 3º feira, 05/04/2011