Na avaliação do ministro Marco Aurélio Mello, que acumula funções no TSE e do STF, a criação de qualquer partido requer que um mínimo de 500 mil assinaturas sejam reconhecidas. "Compreendo a angústia da ex-senadora, porque a data-limite para a criação de partidos está se avizinhando, mas não podemos atropelar os meios", disse. A equipe da Rede levou 304,1 mil firmas certificadas e mais a comprovação da entrega de 220 mil aos cartórios. Mas de acordo com a lei, são necessárias 492 mil assinaturas reconhecidas.
Preocupada, Marina tenta flexibilizar os prazos e regras vigentes no sistema do País, a fim de que sua legenda seja registrada em tempo hábil para que ela possa se candidatar à presidência da República em 2014, uma vez que não quer nem ouvir falar em "plano B". Em seu pedido de registro, a Rede solicita que o TSE force os cartórios a validar as assinaturas que faltam sem checar a veracidade dos dados apresentados, algo que não está previsto na Lei dos Partidos Políticos. O partido também pede uma liminar para obrigar os cartórios eleitorais a publicar, em 24 horas, a lista das assinaturas que não foram validadas.
Novo relator
O TSE escolheu nesta segunda-feira a ministra Laurita Vaz para ser relatora do processo de registro da Rede, mas na manhã desta terça, ela decidiu determina a escolha por meio de sorteio, como geralmente é feito. Ela havia sido indicada diretamente – sem sorteio – por já ter analisado pedidos anteriores de Marina Silva. Mas segundo a ministra, essas análises não têm qualquer relação com o pedido de registro, o que não justifica a escolha de seu nome para relatar o caso.
Diante do comportamento da ex-senadora, que pede à Justiça uma nova regra para a criação da Rede, uma pergunta válida, feita hoje via Twitter pelo deputado federal e advogado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) é: "Pode ser presidente da República alguém que quer uma lei em seu favor?".
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