Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Moreira Leite: nossos americanófilos não sabem ser como os americanos

subamericano


25 de setembro de 2013 | 13:30
Paulo Moreira Leite, em sua coluna na Istoé, trata do discurso de Dilma Rousseff na ONU mostrando como os nossos comentaristas políticos da grande mídia – leia no Conversa Afiada como reagiram nossos “heróis da Wikileaks” – reagiram menosprezando a reação brasileira à espionagem americana. E de como os nossos americanófilos, aqui, não conseguem nem ser como são os americanos, que levam a sério – e muito a sério – a invasão da privacidade das pessoas e dos segredos de Estado.
Lá, dá exílio, renúncia presidencial e até pena de morte.
Aqui, risadinhas de mofa de gente que pensa que, afinal, é direito dos EUA mandar no Brasil.

Lembrando a frase:  ”O que é bom para os EUA é bom para o Brasil…”

Paulo Moreira Leite
Primeiro embaixador em Washington depois do golpe de 64, Juracy Magalhães entrou para a história com uma frase famosa: “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil.”
Hoje, costuma-se justificar uma postura de submissão até risível diante dos Estados Unidos, naquela época, pelo contexto da Guerra Fria. Não era. Havia países que procuravam uma alternativa que não fosse nem alinhamento automático pró-Moscou nem pró-Washington. Antes do golpe, o Brasil era um desses países, com uma política externa que procurava ser independente, iniciada por Jânio Quadros e assumida por João Goulart.
Lembro da frase lendária do embaixador para tentar entender a reação de muitas pessoas ao discurso de Dilma Rousseff na ONU. Até a imprensa internacional deu um tratamento respeitoso ao pronunciamento, uma forma de reconhecer sua importância.
Entre observadores brasileiros, cheguei a ouvir comentários em tom de ironia. Com aquele jeito de quem sabe de realidades ocultas que escapam a mim e a você, ouvi dizer que nos Estados Unidos, ninguém mais dá importância a denúncias dessa natureza. A sugestão é que isso é coisa de gente atrasada – ou de político demagogo, populista…
Há bons motivos para suspeitar que se pretende, com essa atitude, ressuscitar o espírito do embaixador Juracy Magalhães. O segredo dessa postura é nunca inverter a ordem dos fatores e perguntar, por exemplo, se o que é bom para o Brasil é bom para os EUA.
Na verdade, é difícil acreditar que o tratamento seja tão descontraído assim, digno de piadinhas. Bradley Manning, o soldado que cedeu documentos secretos da diplomacia americana para o Wikileaks, acaba de ser condenado a mais de 35 anos de prisão. Julius Assange, que publicou o material, vive há mais de um ano trancafiado na embaixada do Equador, em Londres, sob o risco de ser expatriado para os EUA. Edward Snowden conseguiu refúgio na Russia pelo receio do que poderia lhe acontecer se fosse capturado pelo Exército norte-americano. O presidente da Bolívia, Evo Morales, chegou a fazer um pouso forçado, na Europa, porque se suspeitava de que pudesse estar levando Snowden para fora do velho mundo.
A espionagem é assunto tão grave e tão sério, nos EUA, como em qualquer outro lugar. Até mais, na verdade. Acusados de trabalhar como espiões para a União Soviética, o casal Julius e Ethel Rosemberg foi condenado a pena de morte, na década de 1950. Vinte anos depois, Richard Nixon foi forçado a renunciar em função do escândalo Watergate, uma história de espionagem interna, quando operadores do partido republicano tentaram fotografar documentos e instalar sistemas de escuta para captar os planos e diálogos dos adversários.
Conclusão: ao contrário do que procuram nos fazer acreditar, a população norte-americana sabe muito bem onde se encontram seus interesses – e não trata com piada assuntos que são sérios de verdade. A soberania nacional e o direito a privacidade estão entre eles, vamos combinar.
Por: Fernando Brito


HERÓIS DO WIKILEAKS ATACAM DILMA NA ONU

Eles explicavam aos americanos como o Cerra ia ganhar a eleição ! Quá, quá, quá !
    De fato, faz muita falta. Os discípulos não chegam a seus pés
    Saiu na página de Opinião (sic) da Folha (*) da Província de S. Paulo, que publicou uma pesquisinha para amedrontar o Celso de Mello, sobre o discurso em que a Presidenta Dilma Rousseff disse que o Brasil não precisa dos Estados Unidos nem do PiG (**) para se defender:

    A BABOSEIRA NA ONU


    (…)

    como correspondente da Folha em Nova York, em 1988, trabalhei em uma pequena sala que servia de escritório para o jornal dentro do prédio principal da ONU. Convivi com diplomatas e funcionários públicos mundiais por algum tempo. Ineficiência e inutilidade são as duas palavras que me ocorrem para definir o que presenciei de perto. 

    Paulo Francis, meu chefe à época em Nova York, desdenhava a ONU de maneira ferina. “É um cabide de empregos para vagabundos desfilarem de sarongue para cima e para baixo”, dizia ele. Descontado (sic) o preconceito, Francis tinha uma certa razão. 

    Lembrei-me disso ontem ao assistir ao discurso da presidente Dilma Rousseff na ONU. Ela falou contra a espionagem dos EUA no Brasil. Anunciou “propostas para o estabelecimento de um marco civil multilateral para a governança e uso da internet” em nível mundial visando a “uma efetiva proteção dos dados”. 

    Quase tive um ataque de narcolepsia só de pensar em como tramitaria tal ideia dentro da ONU. 

    (…)



    Saiu na colona (***) do Ataulfo Merval de Paiva (****):

    CADA UM NA SUA


    (…)

    O melhor papel que ela pode fazer dentro do plano traçado com seus conselheiros, inclusive e, sobretudo, o de marketing político, é essa denúncia “vigorosa”, às vezes “rude” com que tratou o assunto desde o início. “Estamos diante de um caso grave de violação de direitos humanos e civis, de desrespeito à soberania nacional de meu país”, disse ela ontem do púlpito da ONU.

    A presidente Dilma seguiu o script que melhor convinha ao papel que pretende apresentar ao eleitorado brasileiro na eleição de 2014, (…)

    Faz parte do discurso eleitoral da presidente Dilma essa defesa do país contra a ofensiva dos Estados Unidos, e seria impossível não reagir. Mesmo assim, poderia ter mantido a viagem de Estado programada por Barack Obama, e tentar tirar dessa situação constrangedora alguma vantagem para a nossa política externa.

    Fernando Rodrigues era um repórter investigativo.
    Ele conhece, por exemplo, as atividades de um sr. Preciado, contra-parente do Cerra, personagem de destaque da Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr.
    Ali, como se sabe, se constrói a biografia não-autorizada do clã Cerra.
    Fernando também é o responsável pelas denúncias originais sobre a compra deslavada da reeleição do Príncipe de Privataria.
    Mas, depois, se esqueceu de procurar o “Senhor X”, que gravou toda a patifaria, quer dizer, privataria.
    O Palmério Dória recuperou o Senhor X e a cívica batalha da reeleição para a História do Tucanato Brasileiro.
    O Fernando perdeu o bonde da dita cuja…
    O Ataulfo é o Ataulfo que nós aqui do Conversa Afiada celebramos com frequência.
    Notável jurista, como se sabe.
    Por coincidência, os dois, o ex-repórter investigativo e o Ataulfo aparecem num grampo do WikiLeaks.
    Na companhia do William Traaak, segundo a navegante Dorotéia, eles explicavam à Embaixada americana como o Cerra ia ganhar da Dilma.
    Uns jenios !
    Os três e o Cerra !



    Em tempo: como se sabe, o Paulo Francis é o pai de todos os colonistas. É a matriz da subserviência arrogante que os define.

    Não deixe de ler o Fernando Brito em “a elite brasileira não engole um Brasil independente”.


    Paulo Henrique Amorim
    (*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

    (**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

    (***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

    (****) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.
    E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

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