O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, escreveu artigo na página de Opinião do New York Times com o título “um apelo à cautela (na Síria)”.
Na primeira página, o título principal do New York Times diz que, enquanto Obama suspende a ação militar, Putin toma o centro do palco.
O NY Times não embarca na cantilena conservadora reproduzida nos telejornais americanos: que Obama é um fraco, que tem uma política externa de zig-zag.
O jornal prefere se referir ao fato de que o mundo mudou e, inevitavelmente, Obama muda com ele.
Que não há mais espaço para um valentão do Texas, George W. Bush, que, foi para o Iraque e o Afeganistão à revelia da ONU – e teve que sair de lá sem resolver os problemas que ele próprio criou.
O artigo de Putin é sinal de que hegemonia americana começa a ser contestada de forma vigorosa no meio de uma crise política e militar.
Putin se dirige à sociedade americana – através do NY Times – para dizer umas verdades que ninguém ousou dizer, com o dedo em riste, desde que o Muro de Berlim caiu.
Potencialmente, diz Putin, um ataque à Síria disseminaria o terrorismo, impediria um acordo sobre a questão nuclear iraniana e o conflito entre Israel e os palestinos.
Desestabilizaria o Norte da África e o Oriente Médio.
Putin lembra que não tem nenhum democrata na Síria – não se trata de atacar para preservar a Democracia.
Trata-se de uma Guerra Civil entre o Governo e a oposição de um pais multi-religioso.
Vários membros da Al Qaeda lutam contra o Governo.
Ninguém duvida que se tenha usado arma química na Síria.
Mas, Putin acredita que tenha sido usada pela oposição, para provocar a intervenção de seus poderosos patrocinadores estrangeiros, que estariam, então, se aliando aos fundamentalistas.
Putin lembra que as intervenções no Iraque, no Afeganistão e na Líbia resultaram em desastres.
Por isso, ele prega o respeito à lei, ou seja, à ONU e ao Conselho de Segurança da ONU.
O fecho do artigo é uma lição, que os colonizados do trópicos, os colonistas (*) deveriam considerar:
“É extremamente perigoso encorajar as pessoas a acreditar que são excepcionais. Há países grandes e pequenos. Ricos e pobres. Com longa tradição democrática e outros que ainda procuram seu caminho para a Democracia. Suas políticas diferem. Somos todos diferentes, mas, quando pedimos a benção de Deus, não podemos esquecer que Deus nos criou iguais.”
Na primeira página, o título principal do New York Times diz que, enquanto Obama suspende a ação militar, Putin toma o centro do palco.
O NY Times não embarca na cantilena conservadora reproduzida nos telejornais americanos: que Obama é um fraco, que tem uma política externa de zig-zag.
O jornal prefere se referir ao fato de que o mundo mudou e, inevitavelmente, Obama muda com ele.
Que não há mais espaço para um valentão do Texas, George W. Bush, que, foi para o Iraque e o Afeganistão à revelia da ONU – e teve que sair de lá sem resolver os problemas que ele próprio criou.
O artigo de Putin é sinal de que hegemonia americana começa a ser contestada de forma vigorosa no meio de uma crise política e militar.
Putin se dirige à sociedade americana – através do NY Times – para dizer umas verdades que ninguém ousou dizer, com o dedo em riste, desde que o Muro de Berlim caiu.
Potencialmente, diz Putin, um ataque à Síria disseminaria o terrorismo, impediria um acordo sobre a questão nuclear iraniana e o conflito entre Israel e os palestinos.
Desestabilizaria o Norte da África e o Oriente Médio.
Putin lembra que não tem nenhum democrata na Síria – não se trata de atacar para preservar a Democracia.
Trata-se de uma Guerra Civil entre o Governo e a oposição de um pais multi-religioso.
Vários membros da Al Qaeda lutam contra o Governo.
Ninguém duvida que se tenha usado arma química na Síria.
Mas, Putin acredita que tenha sido usada pela oposição, para provocar a intervenção de seus poderosos patrocinadores estrangeiros, que estariam, então, se aliando aos fundamentalistas.
Putin lembra que as intervenções no Iraque, no Afeganistão e na Líbia resultaram em desastres.
Por isso, ele prega o respeito à lei, ou seja, à ONU e ao Conselho de Segurança da ONU.
O fecho do artigo é uma lição, que os colonizados do trópicos, os colonistas (*) deveriam considerar:
“É extremamente perigoso encorajar as pessoas a acreditar que são excepcionais. Há países grandes e pequenos. Ricos e pobres. Com longa tradição democrática e outros que ainda procuram seu caminho para a Democracia. Suas políticas diferem. Somos todos diferentes, mas, quando pedimos a benção de Deus, não podemos esquecer que Deus nos criou iguais.”
Mais do que o “excepcionalismo” americano, o que Putin dramatiza é o início do fim da hegemonia americana.
Se já não era exclusiva, agora, passa a ser compartilhada, progressivamente, primeiro pelos que têm a bomba atômica – como Putin e a China – e, pouco a pouco, também pelos que ainda não têm a bomba, mas dispõem de outras poderosas armas – como a força econômica.
O Brasil, por exemplo.
Que só a Big House não leva sério.
O declínio do Império Americano será mais rápido do que a capacidade de a elite brasileira percebê-lo.
Putin assumiu o centro do palco.
Mas, não interpretará um monólogo.
É uma das estrelas de um elenco variado – e poderoso.
Paulo Henrique Amorim
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
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