Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

DUDU E BLÁBLÁRINA: NEM ALTO NEM BAIXO Quando a coisa aperta ela convoca um plebiscito.

O rápido desmanche da aliança-bomba entre um candidato a Presidente com 4% das intenções de voto – em obscuras “pesquisas” eleitorais – com uma vice com o triplo das intenções – ??? – demonstra que a dupla não tem substância política.

E, portanto, não tem futuro eleitoral.

(Agora, a Bláblá diz – segundo a Folha – que os dois juntos são “possibilidades”, no plural.)

A Bláblárina é fruto de um recall decadente, que se origina num equívoco retumbante: a mistificação “religiosa” que o Padim Pade Cerra imprimiu à campanha de 2010.

Aquela campanha gloriosa, da bolinha de papel, da condenação do aborto – no Chile, tudo bem -, do cano da Sabesp que ia de Sergipe ao Ceará.

A mistificação só teve gás porque a Dilma era uma ilustre desconhecida, do ponto de vista eleitoral.

Ela era a “mãe do PAC”, mas isso não bastava.

Foi preciso o Nunca Dantes suar a camisa, em cima de um Governo espetacular – como se comprova na PNAD – e uma popularidade sem rival.

Bláblárina não levou uma ideia ao debate eleitoral.

Quando a coisa apertava ela convocava um plebiscito.

Montou na “sustentabilidade” e se sustentou, numa fraude científica: a sustentabilidade se sustenta em práticas sustentavelmente corretas, de impacto sustentável, com reflexos que se sustentam por sua própria sustentabilidade.

O que se misturava à “responsabilidade social” de empresários que, se o sindicato bobear, pagam salários de regime servil.

O “sustentabilismo” de Bláblárina tem a vantagem de pairar acima da realidade dos fatos.

Ignora a distribuição de renda, o passado escravista, a marginalização da mulher, do pobre e do negro.

Do homossexual.

A teoria de Darwin.

O “sustentabilismo” no Brasil – não é assim nos Estados Unidos, por exemplo – se sustenta acima da luta pelo reparte do bem público – fica com o rico ou com o pobre ?

É apolítico, ou seja, reacionário.

É último reduto da Big House.

É o jardim dos conservadores “indignados”.

E os socialistas do Eduardo Campriles ?

Foi, vê-se agora, um socialismo de ocasião.

Como o sindicalismo do Pauzinho do Dantas, seu aliado na MP dos Portos, ou do Tio Patinhas, como disse o Garotinho.

Tem a lógica do jogador de futebol que jura amor eterno ao clube que acabou de contratá-lo.

Eduardo foi socialista enquanto vinha dinheiro do Lula para Pernambuco.

Quando o vento soprou para outro lado, o socialismo evaporou-se no ar fino.

O dois não têm programa, não tem rumo, não tem proposta.

Não entendem nada de Brasil.

Não distinguem Juiz de Fora de Engenho de Dentro 

Não aguentam um debate público com a Dilma – nem com o Ciro.

Até aqui tratamos de “cima”.

Do ideológico, ou da falta de.

Ou da omissão ideologicamente apropriada – vai para qualquer lado e acaba na Direita do Bresser.

Vamos falar de “baixo”.

Eduardo não demonstra ser capaz de sair de Pernambuco.

Não confundir com sair no Diário de Pernambuco.

Sair de …

Chegar ao Ceará, por exemplo, ou à Bahia, dois estados nordestinos que não têm nenhum compromisso com candidato pernambucano.

Bláblárina não conseguiu arrumar as assinaturas para fundar um partido.

O Pros conseguiu, o Kassab conseguiu, o Pauzinho conseguiu.

E ela “deu mole” – disse o Sirkis.

Deu mole, não.

Deu com os burros n’água.

Não tem base, não tem estrutura, não tem capilaridade, diriam os “cientistas políticos”.

Nem entre evangélicos.

É mediática.

O amigo navegante lembra quando o ACM queria lançar o Adib Jatene para enfrentar o Lula ?

Quando o Bornhausen foi procurar o Silvio Santos para enfrentar o Lula ?

Achou outro Silvio…


Paulo Henrique Amorim

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