Dilma pediu "imensas desculpas" ao médico cubano Juan Delgado, que foi xingado e vaiado por médicos brasileiros no Ceará, numa cena que ela classificou de "imenso constrangimento". A presidente cumprimentou o profissional antes de todos no início de seu discurso e agradeceu, em seguida, aos médicos brasileiros e estrangeiros, "centro do Mais Médicos".
A presidente respondeu ao elogio do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmando que a criação do Mais Médicos "não é ato de coragem, é dever". Para Padilha, a iniciativa do governo federal foi um "ato de coragem da presidente Dilma".
Dilma anunciou ainda que, até o final do ano, 23 milhões de brasileiros estarão sendo atendidos através do Mais Médicos, e até abril de 2014, "teremos cerca de 13 mil médicos participando do programa". "Mais médicos são menos doenças. Essa é a equação matemática que precisa ser feita", afirmou a presidente.
Padilha: "Mais Médicos é o começo de uma profunda mudança"
De acordo com o ministro da Saúde, "o programa Mais Médicos é o começo de uma profunda mudança na saúde do nosso País". Padilha anunciou que 13 mil pessoas receberam medicamentos de médicos da iniciativa neste primeiro mês de atendimento por meio do program Farmácia Popular. Segundo ele, os profissionais já realizaram mais de 300 mil consultas neste último mês.
Na cerimônia, uma cena emocionante. Os médicos e as autoridades brasileira fizeram um desagravo a Juan Delgado, que foi alvo de uma imagem que envergonhou o Brasil no Ceará.
"Dr. Juan, os que te ofenderam não representam nem o espírito do povo brasileiro, nem dos médicos brasileiros", disse Padilha ao médico de 49 anos, que levantou de seu lugar e foi aplaudido por todas os presentes e pela presidente Dilma Rousseff.
Em seu discurso, Padilha disse ser "estranho" quem diz que o programa é eleitoreiro, uma vez que foi um "pedido que partiu de prefeitos de todos os partidos". "Estranho quem diz que o Mais Médicos é eleitoreiro. Não perceberam que a solicitação de médicos partiu de prefeitos de todos os partidos", disse.
O programa, disse Padilha, "vai ajudar a mudar uma certa mentalidade de que saúde só se faz dentro de hospital de alta complexidade. Vai mudar a mentalidade de que medicina só é acessível para uma parcela da população".
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