Jornais brasileiros supervalorizam a cartilha do Fundo Monetário Internacional; na Folha, a previsão de menor crescimento e a crítica à política fiscal são as notícias principais do dia; no Globo, tema também merece destaque; no entanto, o Brasil pagou as últimas parcelas de sua dívida com o FMI em janeiro de 2006 e, a partir daí, conseguiu acelerar seu crescimento econômico; anos sob tutela do Fundo foram os mais medíocres da história recente do País; equipe de Guido Mantega já respondeu afirmando que, ao contrário de outros países, o Brasil não enfrenta crise fiscal
247 - Se o ministro da Fazenda, Guido Mantega, seguisse a cartilha proposta pelo Fundo Monetário Internacional, o Brasil hoje e estaria melhor ou pior? A resposta parece ser óbvia, mas não para os editores dos jornais brasileiros.
Uma previsão feita ontem pelo Fundo sobre crescimento menor da economia brasileira, com duras críticas à política fiscal, mereceu grande destaque na mídia tradicional. Foi manchete de vários portais, do site de Veja.com e hoje é também o destaque principal da Folha.
De acordo com os economistas do FMI, o PIB potencial brasileiro caiu de 4,25% para 3,5% e o motivo seria a política fiscal "frouxa". Ou seja, o Fundo defende maior arrocho fiscal. Outra crítica diz respeito ao papel dos bancos públicos na concessão de crédito, sinalizando que, para o organismo, seria melhor que instituições como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES mantivessem o pé no freio.
Ocorre que a memória dos brasileiros em relação ao FMI ainda é recente. No governo FHC, com média de crescimento baixa, próxima a 2,5% ao ano, o Brasil recorreu em três oportunidades aos empréstimos do Fundo. Essas dívidas foram pagas em janeiro de 2006, no governo Lula, quando o então presidente do Fundo, o espanhol Rodrigo de Rato, anunciou a boa nova: "O Brasil já não tem mais dívida com o FMI, que se transforma em um parceiro importante no debate de políticas econômicas."
Na crise financeira de 2008, a resposta do Brasil à crise foi totalmente fora da cartilha, quando, em vez de pisar no freio da economia, Lula apostou que seria melhor manter o consumo aquecido. A partir daí, as críticas internacionais começaram a se acentuar.
No entanto, países que eram tratados como exemplos pelo FMI, mergulharam em profundas crises econômicas e o Brasil, apesar das dificuldades internacionais, ainda mantém uma situação de pleno emprego.
Na equipe do ministro Guido Mantega, a crítica é rebatida com veemência. "O FMI carrega muito nessa discussão fiscal desnecessariamente", diz o secretário Marcio Hollland. "O principal problema deve estar em outros países, que estão sofrendo com relação entre dívida e PIB de mais de 100% do PIB. O Brasil tem uma relação de dívida bruta em torno de 59% e com o compromisso de superávit primário superior ao requerido", disse ele.
A boa notícia não é a manchete da Folha ou o que foi destacado em várias publicações, mas sim o fato de que, na equipe econômica, os conselhos do FMI serão solenemente ignorados.
Reentrada de Dilma nas redes foi um sucesso, diz
BBC.
A BBC publica hoje de manhã uma interessante reportagem sobre o reingresso de Dilma Rousseff ,nas redes sociais, onde se informa que, desde que retomou o uso das redes sociais, há menos de um mês, ”a presidente ganhou mais de 40 mil “amigos” no Facebook, ampliou em mais de 90 mil o número de seguidores no Twitter, que já beira os 2 milhões, e galgou posições no ranking de líderes mais influentes no microblog, calculado pelo site americano Klout”.
Mesmo com o pouco tempo de atividade, ela aparece em sétimo lugar entre os líderes mumdiais, neste ranking, atrás de Barack Obama (EUA), David Cameron, premiê britânico, Stephen Harper, do Canadá. - Biniyamin Netanyahu, de Israel, do presidente mexicano Enrique Peña Nieto, e do equatoriano Rafael Correa. Com a mesma pontuação de influência estão François Hollande, premiê francês e Herman van Rompuy, presidente do Conselho da União Europeia.
A reportagem, que chama Dilma de “hiperativa” no twitter, pela quantidade de mensagens – diz a BBC que perto de 11 por dia – traz opiniões de especialistas em mídias digitais, que criticam ou elogiam a decisão de Dilma de retomar seus contatos na rede, que já conta com 2 milhões de seguidores no Twitter.
A BBC faz, ainda, uma comparação com os demais candidatos:
“Na comparação com seus principais adversários políticos no Brasil (…) Dilma leva vantagem. O ex-governador e ex-prefeito de São Paulo José Serra (@joseserra_), derrotado por ela na eleição de 2010, conta com 1,1 milhão de seguidores e tem um Klout score de 82. A ex-ministra Marina Silva (@silva_marina) que aparecia nas últimas pesquisas de intenção de voto à Presidência como a segunda mais bem colocada, atrás somente de Dilma, tem 773 mil seguidores e um índice de influência de 81. Seu agora colega de partido Eduardo Campos (@eduardocampos40), governador de Pernambuco, tem apenas 7,7 mil seguidores e um Klout score de 62.O senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência, não tem um Klout score no Twitter, já que apesar de ter uma conta oficial no microblog (@AecioNeves), com quase 27 mil seguidores, nunca usou a ferramenta.
Por: Fernando Brito
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