O desemprego no Brasil, segundo o IBGE, igualou, em setembro, a menor taxa já alcançada em toda a história para igual mês: 5,4%
O número é oficial e os jornais receberam os comentários do IBGE sobre a pesquisa com o mesmo gráfico que reproduzo aí do lado, onde o que salta aos olhos de qualquer um é a espetacular queda do desemprego em uma década.
Um variação de 0,1% em qualquer pesquisa é o que é, estatisticamente: nada.
Não é outra coisa o que diz a análise do próprio IBGE:
“A taxa de desocupação em setembro de 2013, foi estimada em 5,4% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas. Na comparação com agosto (5,3%), a taxa ficou estável. Frente a setembro do ano passado (5,4%), esse indicador também se manteve estável”
Mas uma variação de um, dois, três ou quatro por cento, sim, é muito significativa.
E foi isso o que aconteceu, na mesma pesquisa, com a apuração do rendimento médio (real, descontada a inflação) do trabalhador.
Subiu 1% em relação a agosto e 2,2% em relação a setembro de 2012.
Crescimento real, repito, considerada a inflação.
Está aí ao lado o gráfico do IBGE.
Isso, uma boa notícia, não foi para nenhuma das manchetes, que colecionei na ilustração acima.
O Brasil, um país ainda pobre e carente, está cheio de más notícias.
Não é preciso “arranjar” desgraça.
Salvo para injetar na cabeça de quem só lê o título que as coisas vão mal, mal e piorando.
Bem, ao menos no nível do jornalismo de economia vão piorando mesmo.
Por: Fernando BritoFT: Brasil está em pleno processo global de desenvolvimento tecnológico
O Financial Times destaca que o Brasil tem feito progressos em inovação, pesquisa e desenvolvimento e cita a Embraer, a terceira maior produtora de jatos comerciais do mundo em unidades vendidas, considerando o seu projeto inovador tanto em termos de negócios quanto de produção de aeronaves. O FT elogia a empresa pela iniciativa de trabalhar com a sua cadeia global de fornecimento de compomentes originais, compartilhando também o risco de desenvolvimento de produtos e convidando os fornecedores para participar como parceiros de seus programas. No mesmo contexto, o FT comentou também a experiência bem sucedida da agência de pesquisa agrícola Embrapa, que trouxe para o país a soja da Ásia e o gado da Índia, para superar os problemas gerados pelas duras condições do cerrado e da savana brasileiros.
Retornando aos comentários sobre a Petrobras e o pré-sal, o jornal enfoca que com a maior parte de sua produção offshore, a estatal está adentrando cada vez mais o oceano em busca de reservas, citando como exemplo o campo de Lula. De acordo com a reportagem, o centro de pesquisa que fica próximo ao Parque Tecnológico do Rio, 227 laboratórios foram instalados no local e desenvolvem pesquisas diversas, desde a tecnologia sísmica para avaliar campos em águas profundas como para os materiais necessários para resistir à produtos químicos corrosivos e às altas temperaturas das jazidas de petróleo.
No final da reportagem, o Financial Times avalia que alguns desafios podem interferir nesse pleno processo de desenvolvimento tecnológico. O jornal destaca um depoimento do consultor americano Nicholas M. Donofrio, do NMD Consulting, sobre a questão. O especialista diz que "um fato importante é que o Brasil precisa organizar-se melhor através de investimentos em infra-estrutura e escolas (...) Não é que o Brasil carece de talento (...) A questão é que você tem isso organizado de uma forma que pode ser colaborativo e multi-disciplinar". A reportagem fornece dados do Fórum Econômico Mundial em termos de inovação, apontando o Brasil no 55o. lugar quanto o índice de competitividade global, em comparação com a China e a Índia, que estão no 32o. e 41o., respectivamente.
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