Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Você acabou de assistir ao trailer de um eventual governo Marina

País começa a acordar e vantagem de Marina começa a 
cair


Não é preciso dizer muito. Os recém-divulgados números das pesquisas Datafolha e Ibope falam por si: Marina Silva atingiu o teto e começa a cair. Aos números, pois.
Na pesquisa Ibope anterior, divulgada no dia 26, há cerca de uma semana, em primeiro turno Aécio Neves tinha 19%, Marina tinha 29% e Dilma Rousseff tinha 34%. Em simulação de segundo turno, Marina venceria Dilma por 45% a 36% – 9 pontos de vantagem para a candidata de oposição.
Na nova pesquisa Ibope, Dilma sobe três pontos e Marina, 4. Aécio cai 4 pontos – tinha 19% e, agora, 15%. Porém, a grande questão é o segundo turno. A vantagem de Marina sobre Dilma caiu para 7 pontos (46% a 39%). Dilma subiu 3 pontos e Marina, 1.
Na nova pesquisa Datafolha, a situação de Dilma melhorou ainda mais em relação à pesquisa anterior. No primeiro turno, só Dilma oscilou para cima (1 ponto), para 35%. Marina ficou estagnada com os mesmos 34%. Mas, no segundo turno, a vantagem de 10 pontos de Marina, caiu para 7 (48% a 41%).
Para quem lê este Blog – e acredita no que lê –, não houve surpresa. Há quatro dias, o post A única certeza é a de que o PSDB acabou já tratava de recomendar aos antipetistas fanáticos que baixassem a bola porque Dilma continua no jogo; só quem está fora, é Aécio. Naquele post foi antecipado que Marina tinha atingido o teto.
E não é a redução da comoção pela morte de Eduardo Campos que já vai cedendo lugar à racionalidade, é que Marina não diz nada ou diz premissas contraditórias. Aos poucos, conforme vai ganhando importância, as pessoas começam a leva-la a sério e a prestar atenção ao que diz e não só na imagem que forjou.
E é ai que mora o perigo. Para ela.
A posição dúbia sobre direitos dos homossexuais pegou mal, mas a posição espantosa de Marina em relação ao pré-sal e a tal “roleta bíblica” (essa senhora diz que toma decisões importantes abrindo aleatoriamente a Bíblia) assustaram até a mídia e o PSDB.
E o empresariado foi atrás.
Marida é uma fraude. E o pior é que não é uma fraude proposital. Ela acredita mesmo nas coisas que diz. Inclusive que poderia governar sem programa, sem apoio de uma base política e de um partido sólidos.
O país não entrará nessa aventura a esta altura do campeonato. Dilma está no jogo. E para vencer.

Você acabou de assistir ao trailer de um eventual governo Marina



First things first, dizem os ingleses. Ou “Primeiras coisas primeiro”. E a primeira coisa é que não se pode chamar de “campanha do medo” simplesmente lembrar que é irracional embarcar em viagem da qual não se sabe em que condições será feita e nem qual é o destino, pois as condições dessa viagem podem levar a desfecho diferente do pré-estabelecido.
Dito isso, o passo seguinte é mergulhar na história recentíssima do país. E quando se usa o adjetivo “recentíssima”, é no sentido literal: o que se relembra, aqui, são dois casos recentes envolvendo a candidata a presidente Marina Silva.
Os casos em tela são o de Marina ter proposto apoio à união civil entre homossexuais, retirado tal apoio e, ao fim, relativizado a retirada, e o de ter sugerido que não investiria na exploração do pré-sal, caso se elegesse presidente, mas, em seguida, de ter voltado atrás e dito que, sim, investiria.
Entendeu, leitor? Ela apoiou os homossexuais, depois desapoiou e, ao fim, disse que apoiaria, apesar de ter retirado o apoio de seu programa de governo. Em seguida, apesar de ter insinuado que não investiria no pré-sal, passou a dizer que investiria, sim, mas “não só” no pré-sal.
Ora, como acertadamente diz a candidata a presidente Luciana Genro, do PSOL, em questões assim é preciso ter lado: ou você apoia ou não apoia direitos plenos para homossexuais. Tem que deixar claro. O povo quer saber para gostar ou não, mas quer saber. E, portanto, o candidato tem OBRIGAÇÃO de responder claramente.
No caso do pré-sal, a postura de Marina é ainda mais grave porque, com os lucros imensos que pode gerar, sua exploração pode permitir à próxima geração de brasileiros viver em um país diametralmente diferente, pois quase toda essa riqueza iria para a Educação.
Marina esbofeteia os brasileiros ao não dizer, tintim por tintim, o que vai fazer em relação ao pré-sal. E cabe aos outros candidatos – incluindo Aécio Neves e Luciana Genro, entre outros – cobrar da “socialista” que informe ao país o que fará com esse que pode ser o passaporte dos brasileiros para o futuro.
Enfim, pois, chegamos à “cereja” do bolo. Esse vai-e-vem, esse vai-não-vai, esse vai-e-volta de Marina é nada mais do que a prévia do que seria seu governo, sobretudo pela intensa guerra de facções que se estabeleceria, com o Congresso chantageando o governo o tempo todo e ganhando (no grito) sempre.
Até o PSDB começa a se preocupar. Apesar de, tacitamente, ter oferecido apoio a Marina no segundo turno – enquanto Aécio encenava um teatrinho para dizer que não sabia da oferta –, o partido já começa a se preocupar, pois sabe que deve sair da eleição ainda mais enfraquecido, ao menos em nível federal, e que, por isso, não teria tanta importância em um governo Marina, que pode até acolhê-lo, mas desde que se comporte muito bem…
Você acaba de assistir, pois, ao trailer de um eventual governo Marina Silva. E o desfecho do filme não ficou claro. O espectador ficou sem saber se Marina apoia ou não os homossexuais e a exploração do pré-sal. E é assim com praticamente tudo mais que ela diz, pois ninguém entende (de fato) o que fala, ainda que muitos pensem que entendem.

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