Feitas as análises convencionais, numéricas, do processo eleitoral, hora de pensar no sentido político do segundo turno das eleições.
Porque ele, agora, com menor influência das máquinas, ganha um peso muito mais expressivo.
O conservadorismo vão tentar dirigir a população para um duelo “petismo x antipetismo”.
O duelo não é esse, até porque Lula é imensamente maior do que o PT, embora ele próprio, muitas vezes, não deixe isso claro e não perceba que ele tem o dever de sê-lo.
É o Brasil “versão Lula” e o que fez ao país Fernando Henrique Cardoso.
É o Brasil da exclusão ou o Brasil que saiu do mapa da fome.
O “fenômeno” Marina foi, agora como antes, algo que diante dos olhos de muitas pessoas eclipsou esta verdade.
Porque este confronto, desejemos ou não, é o real.
É mais importante do que virtudes ou defeitos pessoais que enxerguemos em Dilma, como administradora ou em sua habilidade política.
Porque é a direção em que se caminha.
Este é o mote, ao lado dos direitos sociais, que deve imperar na campanha.
O discurso da direita será monocórdio: corrupção, corrupção, corrupção. Com pitadas de recessão e inflação. No horário eleitoral e na mídia.
E o nosso deverá ser nacionalismo, nacionalismo, nacionalismo e povão, povão, povão.
É teu filho na universidade.
É a tua casa comprada a prestação.
É o carro, caidinho, que agora a família tem.
É a vida, é a vida e é a vida.
O resto é fumaça.
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