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Se existia dúvida de que o famigerado Movimento Passe Livre apoia e utiliza a violência da massa de manobra que consegue reunir, o que ocorreu na manifestação que levou a cabo na última sexta-feira dirime essa dúvida.
Desde o fim da Copa do Mundo de 2014 que não se via atos de vandalismo como os que ocorreram no recentíssimo protesto contra o reajuste das passagens de ônibus e metrô em São Paulo. Foi só o MPL convocar um ato para que Black Blocs, punks, skinheads e outros bichos dessem as caras.
Reportagem do G1 desmente as alegações do MPL de que a violência que se viu em São Paulo derivou de repressão policial. Vídeo divulgado pelo portal mostra vândalos depredando estabelecimentos comerciais sem presença da polícia.
Confira o vídeo, abaixo.
Como se vê, sem presença da polícia e sem causa aparente os manifestantes passam a promover destruição de patrimônio público e privado, reeditando o que fizeram em 2013.
Mais uma vez, o MPL recorre a todo lixo social disponível para se promover entre esse público descabeçado que se presta a participar desse tipo de violência contra a sociedade e que, como subproduto, faz a direita se fortalecer no Brasil como tem sido visto.
E o pior é que aqueles que esse movimento vigarista diz defender nem mesmo concordam com esse tipo de ação. Esse movimento nasceu e cresceu entre estudantes universitários de classe média alta, gente que, muitas vezes, se tomou ônibus meia dúzia de vezes na vida, será muito.
O pior de tudo isso é que o preço das passagens de ônibus e metrô é o menor problema da população brasileira, hoje. Sobretudo da população paulistana. O grande problema do transporte urbano, no país, é a qualidade.
Só que, sem investimentos públicos, não será possível melhorar a qualidade.
No caso de São Paulo, única cidade do país em que o MPL conseguiu juntar bastante gente (número de manifestantes varia de 2 mil, segundo a PM, a 30 mil, segundo o MPL), o sucesso relativo desse protesto se deve ao antipetismo que infecta os paulistanos.
Por outro lado, a população que assiste a tudo isso sente medo e identifica esses protestos como obra petista, razão pela qual o ódio ao partido se instalou tão profundamente na alma paulistana, dando uma vitória consagradora a Geraldo Alckmin, ano passado, por ter reprimido os protestos com a violência costumeira da sua PM.
Enquanto um bando de desmiolados e/ou demagogos toca o terror na cidade, o principal problema do momento, a falta de água e o encarecimento de seu preço, não sofre protestos desses revolucionários de araque.
É por essas e por outras que o PT deveria conversar com suas lideranças jovens para que parem de se misturar com essa gente. Apesar de essas manifestações proibirem bandeiras do PT e até camisetas vermelhas, havendo petistas no meio a conta dos desatinos vai para o partido.
O preço das passagens de ônibus estava congelados desde 2011. Com reajuste de 16%, com certeza os salários cresceram mais do que o preço das passagens, eis que a remuneração assalariada vem crescendo acima da inflação no país.
Por outro lado, se a prefeitura tiver que abrir mão de repassar esse aumento, sua situação financeira e capacidade de investimento no transporte público irá diminuir ainda mais, quando é do interesse da população que esses investimentos no transporte público aconteçam.
Tudo aumentou no país, inclusive tarifas públicas. Aumentaram água, luz, gás, até impostos. E, claro, os salários. Impedir administrações municipais de aumentar a tarifa do transporte público não irá melhorá-lo, irá piorá-lo devido à falta de investimentos gerada pelo caixa baixo.
E o pior é que, como já foi dito mil vezes aqui, conforme informações do prefeito Fernando Haddad, o erário paulistano paga o reajuste às empresas de ônibus – ou seja, o povo paga de qualquer jeito, mesmo sem sentir.
A violência vem desmoralizando manifestações legítimas e fortalecendo a direita, que, nas últimas eleições, colheu os frutos dos desatinos dessa pseudo esquerda de que a direita gosta tanto e com a qual conta para se fortalecer.
A reestreia dos black blocs junto com a do MPL denuncia a tática do movimento de se valer de todo lixo social disponível para inflar suas manifestações descabidas. A da última sexta-feira, em São Paulo, comprovou isso.
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