Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 7 de agosto de 2016

Odebrecht implode Temer com entrega de R$ 10 milhões em dinheiro vivo


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O governo provisório de Michel Temer está chegando ao fim; além da pesquisa Vox Populi que revelou que apenas 17% dos brasileiros querem que ele fique até 2018 e da vaia de 105 decibéis registrada na abertura da Rio 2016, ele foi um dos principais nomes delatados por Marcelo Odebrecht em sua colaboração premiada; Marcelo revelou que, após uma reunião no Palácio do Jaburu, Temer, como vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, pediu uma ajuda extra ao partido, que foi entregue em dinheiro vivo: nada menos que R$ 10 milhões, dos quais R$ 4 milhões teriam sido entregues a Eliseu Padilha, braço direito do interino; o restante foi doado ao caixa dois de outros candidatos 


247 – O governo provisório de Michel Temer está chegando ao fim. Motivo 1: uma pesquisa Vox Populi, divulgada no sábado pela revista Carta Capital, revelou que 79% dos brasileiros defendem sua saída (leia aqui). Motivo dois: Temer recebeu ontem, na abertura da Rio 2016, uma das maiores vaias da história, que atingiu 105 decibéis, mesmo tendo pedido para não ser citado na nominata das autoridades presentes (leia aqui). Motivo três, e mais importante: o interino é um dos principais personagens da delação premiada de Marcelo Odebrecht, maior empreiteiro do País, que começou a ser feita na última quinta-feira.

De acordo com reportagem de Daniel Pereira (leia aqui), Temer, na condição de vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, promoveu um jantar com Marcelo Odebrecht, em que pediu ajuda extra para os candidatos do partido. Marcelo concordou e doou nada menos R$ 10 milhões, via caixa dois, em dinheiro vivo.

Desta montanha de dinheiro, R$ 4 milhões foram entregues ao braço direito de Temer, Eliseu Padilha, que é o atual chefe da Casa Civil. O restante foi doado a outras candidaturas, como a de Paulo Skaf, presidente da Fiesp, que concorreu ao governo de São Paulo, em 2014.

Em nota, o interino confirmou o jantar, mas disse que ele e o empresário conversaram “sobre auxílio financeiro da construtora Odebrecht a campanhas eleitorais do PMDB, em absoluto acordo com a legislação eleitoral em vigor e conforme foi depois declarado ao Tribunal Superior Eleitoral”.

Em 2014, a Odebrecht repassou R$ 11,3 milhões ao PMDB, mas Marcelo pretende provar que, além desses recursos, também doou outros R$ 10 milhões, via caixa dois, ao partido.

Eliseu Padilha também confirmou a negociação. “Lembro que Marcelo Odebrecht ficou de analisar a possibilidade de aportar contribuições de campanha para a conta do PMDB, então presidido pelo presidente Michel Temer”, afirmou.

Além de Marcelo, outros 50 executivos da empreiteira farão delações premiadas – o que deve implodir todo o sistema político brasileiro.



Odebrecht abate Serra: caixa dois de R$ 23 mi e corrupção internacional


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Além do pedido de ajuda feito por Michel Temer em pleno Jaburu, que resultou num caixa dois de R$ 10 milhões em dinheiro vivo para o PMDB, a Odebrecht também delatou o chanceler interino José Serra; de acordo com o depoimento de Marcelo Odebrecht, ele recebeu R$ 23 milhões, via caixa dois, em sua campanha presidencial de 2010; parte dos recursos, que, corrigidos pela inflação, hoje equivaleriam a R$ 34,5 milhões, foi paga no exterior, o que, em tese, poderia levar à cassação do registro do PSDB; Odebrecht também apontou corrupção no Rodoanel e supostos intermediários de Serra na arrecadação de propinas; o chanceler interino nega irregularidades 

247 – Além de destruir o governo provisório de Michel Temer, ao delatar que o interino pediu ajuda para o PMDB que se materializou num caixa dois de R$ 10 milhões em dinheiro vivo (leia aqui), a Odebrecht também abateu o chanceler interino José Serra e pode ter aniquilado seu sonho de chegar à presidência da República.

Em sua delação premiada, Marcelo Odebrecht, preso há mais de um ano, relatou que Serra recebeu R$ 23 milhões, via caixa dois, em sua campanha presidencial de 2010, segundo reportagem da jornalista Bela Megale que foi a Curitiba recolher as informações.

Parte dos recursos, que, corrigidos pela inflação, hoje equivaleriam a R$ 34,5 milhões, foi paga no exterior, o que, em tese, poderia levar à cassação do registro do PSDB.

Além disso, as doações também podem ser decorrentes de propina e desvios de recursos públicos da Dersa, uma estatal paulista, uma vez que a Odebrecht também apontou corrupção na construção do Rodoanel e supostos intermediários de Serra na arrecadação de propinas.

O chanceler interino nega irregularidades e diz que sua campanha transcorreu dentro da legalidade. No entanto, a Odebrecht pretende apresentar recibos de pagamentos feitos no exterior e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não terá alternativa a não ser denunciar Serra.

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