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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Sandra expôs indigência da Globo ao mundo ! Quem deu a palavra à globinha foi a Presidenta…

  
Conversa Afiada reproduz artigo de Paulo Nogueira, extraído do Diário do Centro do Mundo:

O QUE EXPLICA O VEXAME INTERNACIONAL DA GLOBO NA COLETIVA DE DILMA E OBAMA


por Paulo Nogueira

A miséria jornalística e mental das Organizações Globo foi brutalmente exposta ao mundo ontem, na entrevista coletiva concedida por Obama e Dilma sobre o encontro de ambos.

A jornalista Sandra Coutinho da Globo fez uma pergunta que, jornalisticamente, é a quintessência da obtusidade.

Aqui, o vídeo.

Presumivelmente, o real autor da questão foi Ali Kamel, diretor de jornalismo da emissora e célebre por um livro em que declara, triunfal: “Não somos racistas”. Uma ex-apresentadora disse que todas as perguntas revelantes na Globo são obra de Kamel.

O primeiro erro técnico foi atribuir a Obama, na pergunta, uma opinião que é da Globo, mas não dele.

Ela afirmou que os Estados Unidos veem o Brasil como uma potência regional, e não mundial.

De onde ela tirou isso, ou Kamel?

O Brasil é a sétima economia mundial, queira a Globo ou não. E nos últimos anos, sobretudo com a ascensão de Lula, ganhou ressonância mundial.

A Globo jamais iniciaria a pergunta daquela forma se o presidente fosse FHC ou Aécio.

E um bom jornalista nunca colocaria uma opinião dele mesmo na boca de qualquer pessoa.

Pesquise: quando Obama, ou alguma outra autoridade do governo americano, disse algo parecido?

Foi tão boçal a voz da Globo na coletiva que Obama, embora a pergunta não fosse para ele, tomou o microfone.

Sandra Kamel, chamemos assim, não se limitou a uma asneira numa só pergunta. Também conseguiu incluir nela a crise econômica e política do Brasil como se isso fosse realmente uma coisa incomum num mundo cor de rosa.

Ora, os próprios Estados Unidos desde 2008 estão atolados em dificuldades econômicas.

Obama pareceu saber mais sobre o Brasil que a Globo. Notou que problemas no Congresso estão longe de ser exclusividade do governo Dilma.

Ele próprio enfrenta um Congresso extraordinariamente hostil desde que chegou à Casa Branca. Foi épica sua luta para aprovar o projeto de saúde que lhe era tão caro, o Obamacare.

Sinal da realidade paralela vivida pela Globo e seus jornalistas, Sandra Coutinho festejou sua intervenção patética no Twitter.

“Muita emoção conseguir fazer uma das quatro perguntas da coletiva de Dilma e Obama!”, escreveu.

Fora tudo, Sandra não fez qualquer esforço. Como mostra o vídeo da entrevista, a palavra lhe foi dada por Dilma, num gesto que mostra a característica subserviência de governos brasileiros, petistas ou não, à Globo.

As palavras mentecaptas de Sandra Coutinho registraram, mundialmente, não apenas o que a Globo pensa sobre o Brasil.

Mais que tudo, elas captaram, ao vivo, a indigência jornalística e intelectual da emissora
.


Em tempo: esse Bessinha …


Leia também:

O VASCO NUNCA VIU NADA IGUAL À SANDRA COUTINHO


DILMA A OBAMA: MORO, CADÊ AS PROVAS ?.

VÍDEO ESPETACULAR: MARIETA SEVERO ENTUBA FAUSTINHO


MARIETA DEVERIA TER SEGURANÇA… NO PROJAC !​




O Vasco nunca viu
nada igual à Sandra Coutinho

O Brasil é Potência Mundial. Potência municipal é a tua empresa, minha filha…


A globinha faz em inglês a pergunta que o patrão gostaria que fizesse




Liga o Vasco, perplexo:

- Em cinquenta anos de vida adulta, nunca vi nada igual em minha vida !

- O que, Vasco ?

- Jornalista brasileiro tentar desmoralizar um Presidente brasileiro no exterior…

- Na Casa Branca !

- Exatamente ! Na Casa Branca !

- Nunca viu ?

- Não ! Nem quando o Medici esteve com o Nixon, o Figueiredo com o Reagan, o Sarney e o Fernando Henrique com o Clinton – nunca !

- Nem com o Medici e o Figueiredo !

- Não ! Esses valentes de hoje eram uns poodles perto dos generais…

- Mas, por que essa fúria, Vasco? Você sempre tão tranquilo…

- Fiquei indignado com aquela repórter – repórter ou editorialista, não sei – da Globo News. A senhora que tentou desmoralizar a Dilma na frente do Obama …

- Aquela que falou com o Obama em inglês…

-Exatamente !

- Mas, o que ela fez, Vasco ?

- Para desmoralizar a Dilma e o Brasil, ela perguntou ao Obama se considerava o Brasil um paiseco de m…, uma bosta regional ou uma Potência mundial.

- E o que o Obama fez ?

- Respondeu na lata. Não deixou a Dilma reagir. Desmoralizou a globinha. Não, minha filha, deixe seu complexo de vira-latas para lá, sua menoridade política, sua subalternidade intelectual e aprenda: o Brasil é uma Potência Mundial !

- Isso eu vi ! Quer dizer, não foi bem assim, né, Vasco ?

- Eu nunca vi isso em minha vida. Querer desmoralizar o presidente do Brasil na frente de um presidente estrangeiro e da imprensa mundial acreditada na Casa Branca.

- Eles são piores que os patrões, Vasco.

- Mais do que isso ! São uns… Deixa eu ficar quieto.

- Eles querem é garantir o emprego, Vasco.

- Deve ser ! Devem ganhar uma merreca na GloboNews, não devem ter dinheiro nem para morar em Manhattan e ficam arrotando grandeza… Pensam que são da Fox…

- Calma, Vasco.

- Como aqueles jênios do Manhattan Connection. Lá em cima, eles governam o mundo. Pegam o elevador e quando chegam no térreo são mais uns latinos, como milhões em Nova York, que tem sotaque de Paulo Francis.

- Vasco, contenha-se. O Francis ninguém mais sabe quem é …

- E o repórter, o repórter da Folha… ?

- Fel-lha (ver no ABC do C Af), Vasco.

- Isso, da bílis podre, a Fel-lha. Foi outro. Num inglês de Paulo Francis se dirigiu ao Obama para condenar a Petrobras na Justiça americana.

- Tomou uma chinelada.

- Exato. O Obama não deixou ele nem concluir: meu filho, você acha que eu só algum otário ? Que eu cheguei aqui por acaso ? Que sou um politiquinho do PSDB de São Paulo, meninozinho metido a esperto ? Eu não comento ação judicial em curso. Não vou dar manchete ao Otavím, meu filho …

- Vasco, Vasco, o Obama não falou no Otavím…

- Não falou mas pensou. Ele conhece a Fox News, do Murdoch…

- Esse que vai murdochizar a Globo

- Exatamente.

- Quer dizer que você não assiste mais à Sandra Coutinho na GloboNews.

- Nunca assisti. Eu estava vendo a Dilma esculhambar o Moro na frente do Obama.

- Ah, isso não não vem ao caso …

(Não perca a visita do Ataulpho e o dos chapéus, outros que esculhambariam a Dilma diante do Obama, à Vara de Guantánamo).


Paulo Henrique Amorim


Leia também:

sábado, 12 de outubro de 2013

Paulo Nogueira revela bastidores da cúpula da Globo

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Publicamos abaixo a reunião de depoimentos de dois experientes jornalistas, Paulo Nogueira e Paulo Henrique Amorim, que conheceram de perto as decisões da cúpula das Organizações Globo. A impressão que eu tive é de um ambiente monárquico medieval, com o rei sentado ao meio e seus dois principais conselheiros um de cada lado. Interessante notar que, segundo Nogueira, os dois conselheiros, Merval e Ali Kamel, disputam entre si quem reflete melhor a opinião do chefe, João Roberto Marinho.
A colona do Ataulfo foi um prêmio de consolação. Mas, ele tenta reverter o legado funesto.
arnold-schwarzenegger-1024x575Na foto, o Dr Roberto jovem
Paulo Nogueira conhece as vísceras da Globo Overseas.
(O Miguel do Rosário também. O Fernando Brito também. O Azenha também.)
Em outro post no Diário do Centro do Mundo, ele descreveu como o Ataulfo Merval da Paiva (*) e o Gilberto Freire com “i” (**) disputam para ver quem concorda mais com o patrão – na frente do patrão.
(Como diz o Mino Carta, o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega.
Por essas e outras, no romance “O Brasil”, Mino criou um personagem que tem tudo, o corpo e a alma do Ataulfo – clique aqui para ler “O Brasil do Mino é pior do que você pensa”.)
Nogueira voltou ao tema dos fanáticos patrólatras, Ataulfo e Freire com “ï”:
COMO FUNCIONA O CONSELHO EDITORIAL DAS ORGANIZAÇÕES GLOBO
TINHA OUVIDO FALAR POUCO DE ALI KAMEL, CHEFE DE TELEJORNALISMO DA GLOBO, ATÉ CONHECÊ-LO NO CONEDIT. É o conselho editorial das Organizações Globo.
Por Paulo Nogueira, no Diario do Centro do Mundo.
Sob o comando de João Roberto Marinho, o Conedit reúne os editores das diversas mídias da Globo para alinhar ações e debater assuntos. As reuniões são realizadas às terças, por volta das 11 horas, no prédio da Globo no Jardim Botânico, no Rio. Frequentei-as ao longo dos dois anos e meio em que fui diretor editorial das revistas da Globo. Quando cheguei, Kamel já estava lá, e ali permaneceu depois que saí.
A referência mais longa que eu tivera dele veio de um jornalista da Abril que o procurara em busca de emprego. A operação deu certo. O jornalista me contou que lera que Kamel valorizava gente que tivesse passado por revistas, por ser mais apta a mexer com palavras. O próprio Kamel passara pela Veja no Rio antes de se fixar nas Organizações Globo.
Kamel não confirma o folclore do carioca simpático, ao contrário de outros editores com quem convivi naquelas manhãs de terça. Seu chefe, Carlos Schroder, um gaúcho afável e sempre com um sorriso no rosto, parece mais carioca que ele.
De um modo geral, o ambiente no Conedit reflete o humor, a alegria, a capacidade de rir dos cariocas. (E também a falta de pontualidade.) Mesmo Merval Pereira, colunista de várias mídias da Globo e ex-diretor do jornal, ri com frequência – uma surpresa para quem lê seus textos em geral num tom de elevada preocupação, quase sempre ligada a um pseudopecado mortal de Lula.
Kamel, pela importância da TV, é uma presença destacada no Conedit. Sua expressão solene sublinha esse papel. Não sei se Kamel costuma beber no bar com os amigos para falar bobagens como futebol, mas não me pareceu.
O que inicialmente mais me chamou a atenção em Kamel, e em muitos outros ali, foi a obsessão com São Paulo. “Os jornais de São Paulo” são constantemente citados, como se representassem o mal. Não sou exatamente um admirador nem do Estadão e muito menos da Folha, mas achava engraçada a presença dos “jornais de São Paulo” nos debates. Nós, jornalistas de São Paulo, jamais nos referimos aos “jornais do Rio”.
Não é exatamente confortável ser um paulista naquele plenário, logo entendi. Eu me sentava num canto próximo da porta, por razões de conforto. “Este é o canto dos paulistas”, ouvi, em tom de brincadeira, uma vez, de Luiz Erlanger, uma espécie de RP do alto escalão das Organizações.
Havia uma alta rotatividade naquele canto. O ambiente é carioca, para o bem e para o mal. E o ressentimento pelo tamanho que São Paulo tomou no Brasil acaba repercutindo, de uma forma ou de outra, em paulistas que participem do Conedit.
Ali Kamel não facilita a vida de ninguém, logo vi. Não é hospitaleiro. Lembro o dia em que Kamel foi apresentado ao jornalista Adriano Silva, na sede da Globo no Rio de Janeiro. Adriano estava sendo contratado com a missão de chacoalhar o Fantástico.
Adriano fizera isso na Superinteressante. Daí o interesse da Globo. Quem negociou com Adriano foi Carlos Schroder, então diretor de telejornalismo da Globo e hoje seu diretor-geral. Eu estava com ambos no prédio do Jardim Botânico quando Ali se aproximou.
Não deu um sorriso para Adriano. Seco, quase ríspido, colocou a Superinteressante na conversa — afirmou que a enteada a lia — para comentar supostos erros da revista. Ficou claro naquele momento que a vida de Adriano perto de Kamel não seria fácil. Não foi.
Adriano logo foi tocar sua vida longe da Globo, e o Fantástico continuaria a padecer dos problemas que levaram a Globo a procurá-lo — desinspiração editorial, perda de repercussão e um Ibope brutalmente em queda para um programa que se confundira com a noite de domingo dos brasileiros por muitos anos.
O caso do Fantástico me faria lembrar um comentário que certa vez ouvi, segundo o qual a força criativa da Globo repousava em Boni, “um fanático guardião da qualidade”. Achei isso podia fazer sentido ao ler que, numa corrida em que Galvão Bueno gritou triunfal “eu já sabia, eu já sabia!” quando Senna entregou a vitória ao segundo piloto de sua equipe, Boni teve uma reação irada no bastidor. “Se sabia, por que não contou para o espectador?”, perguntou a Galvão.
No Conedit, numa mesa em forma de U, João Roberto se senta no centro, na reunião. À sua esquerda, numa das laterais, fica Merval. Na esquerda, na outra lateral, Kamel. Há uma tensão muda entre os dois, uma espécie de duelo pela preferência e pela simpatia do chefe. São os que mais falam lá.
Não daria o prêmio de simpatia a Kamel. E nem o de originalidade. Logo percebi que ele expressava com ênfase, com a fé cega de um jihadista, amplificando-as, as conhecidas ideias das Organizações Globo.
Não havia desafio a essas ideias, não havia uma tentativa de reolhá-las e reavaliá-las. Bolsa Família? Assistencialismo. Ponto. Cotas em universidades? Absurdo, Ponto.
Um dia comentei isso com Luiz Eduardo Vasconcellos, sobrinho de Roberto Marinho e acionista das Organizações. Luiz teve cargos executivos durante muitos anos, mas depois se recolheu às funções de acionista minoritário.
É simpático, interessado nas coisas do mundo, simples no traje e no trato, como aliás os primos. Você não diz que ele é um dos donos da Globo se se sentar numa reunião do Conedit sem conhecê-lo.
“Sinto falta de pensamentos alternativos na reunião”, comentei com ele num almoço depois da reunião do Conedit. “A sensação que tenho é que as pessoas, principalmente o Kamel e o Merval, falam apenas as coisas que imaginam que o João vai gostar de ouvir.”
Quanto isso devia estar me incomodando estava claro em meu ataque de sinceridade no almoço. Era evidente o risco de que meu comentário fosse espalhado, ainda que Luiz Eduardo sempre tenha me parecido discreto e reservado.
Nas eleições de 2006, meu diagnóstico do Conedit pareceu se confirmar para mim. João Roberto tinha um tom sereno ao debater a campanha. Vi João criticar várias vezes ações de militantes petistas, mas jamais o vi sair do tom no Conedit.
Curiosamente, dada sua posição de dono, o ambiente muitas vezes não refletia a tranquilidade de João Roberto. Kamel e Merval davam um tom épico, em branco e preto, a muitas discussões políticas. Pareciam odiar Lula e qualquer coisa que partisse do governo petista. E pareciam também querer que João Roberto soubesse disso.
Se o julgamento deles fosse acertado, Lula teria errado em todas as decisões que tomou em seus oito anos de administração. Quanto aquela inflamação toda era genuína ou não, é uma dúvida que carrego até hoje. Será que eles pensam mesmo aquilo, ou no bar, com os amigos, dão uma relaxada?
Não sei.
Minha intuição é que, como o poeta segundo Fernando Pessoa, o fingimento é tanto que uma hora você acredita no que fingia antes acreditar. A alternativa é um sentimento automassacrante de que você é uma pena de aluguel.
Há uma lenda urbana segundo a qual Kamel seria o homem por trás da ideologia das Organizações Globo, o “Ratzinger” da empresa. Kamel não é nenhum Hayek, ou Friedman. Não é formulador de pensamentos, não é um filósofo, não é carismático, não é nada daquilo que confere a alguém o poder de persuadir outras pessoas pelo vigor não dos gritos mas das ideias.
Uma designação provavelmente mais próxima da realidade é que Kamel comanda os “aloprados” da Globo. Relembremos. Num determinado momento da campanha de 2006, veio à cena, na mídia, a expressão “aloprados”, para designar petistas mais apaixonados. A certa altura, Lula disse a João Roberto Marinho que seguraria os “seus aloprados”, mas que queria que os “aloprados do outro lado” também fossem controlados.
Foram? Basta ouvir um comentário de Jabor ou um artigo de Merval para saber que não. A cobertura em 2010 do atentado da bolinha de papel contra Serra, ou mais recentemente a forma como foi tratado o julgamento do Mensalão, mostra que os aloprados estão de mãos livres na Globo.
Uma possibilidade que deve ser considerada é que aloprados não sejam exatamente alguns comentaristas ou colunistas, ou mesmo diretores da área jornalística – mas a própria Globo, em sua alma e em sua essência.
*
Navalha
Navalha
O ansioso blogueiro tem uma informação a acrescentar à História da Globo Overseas e seus trombones.
Quando Evandro Carlos de Andrade deixou o jornal O Globo e foi para a tevê Globo – onde produziu duas únicas históricas contribuições ao meio televisivo, levar a Urubóloga e o Jabor para o vídeo – deixou o Ataulfo como sucessor no jornal.
E levou o Freire com “i” para a Globo Overseas, outra sábia decisão que a História da Televisão Mundial registrará com destaque.
O Ataulfo botou as asinhas de fora.
E começou a querer retocar a Grande Obra de Evandro (que, em 30 anos de jornal, não revelou um único repórter nem publicou uma única reportagem relevante).
Evandro, que gozava da irrestrita confiança dos filhos do Dr Roberto – eles não têm nome próprio – , mas não do Dr Roberto, fuzilou o Ataulfo.
Que, por isso, não teve cargo de comando na tevê.
No leito de morte, Evandro disse à família que seu sucessor na tevê era o Carlos Schroeder, hoje CEO da empresa.
A colona de Ataulfo no Globo, portanto, foi “um prêmio de consolação”.
Mas, provavelmente, segundo o relato de Nogueira, a cada reunião do Conselho Editorial, ele deve tentar re-escrever o legado funesto do Evandro.
O Gilberto Freire com “i” segue uma linha de diretores de jornalismo da tevê Globo que não entendem nada de televisão.
O último a ocupar aquele cargo e que entendia de televisão foi o Armando Nogueira.
Os sucessores vieram da imprensa escrita e de lá nunca saíram.
Percebe-se.
O jornal nacional é o programa de rádio mais chic do mundo.
Não é por acaso que a audiência se aproxima inexoravelmente para a casa dos 10.
Alberico Souza Cruz, Evandro e Gilberto Freire com ï” trouxeram da imprensa escrita e do Globo, o jornal, apenas, os editoriais.
E a vocação para o Golpe.
Sempre a favor do Patrão.
Em tempo: o ultimo texto assinado por Evandro, pouco antes de morrer, foi um perfil do Dr Roberto para a revista Exame. Faz dele uma cruza de Jesus Cristo com Arnold Schwarzenegger.
Paulo Henrique Amorim
(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos, estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia. E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.
(**) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.
Por: Miguel do Rosário