Os governos do PSDB em São Paulo nos últimos 10 anos, incluindo o de José Serra, deram sumiço em cerca de R$ 400 milhões de recursos do Ministério da Saúde, que deveriam ter sido usados para garantir remédios de graça para 40 milhões de cidadãos.
Matéria de Leandro Fortes, na Carta Capital, mostra que relatório do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) apontou o desaparecimento de R$ 350 milhões repassados pelo SUS para o programa de assistência farmacêutica básica no estado. Os auditores descobriram ainda uma manobra contábil que se apropriou de outros R$ 44 milhões do SUS como se fossem recursos estaduais. Veja, abaixo, um trecho do documento:
O Denasus constatou ainda que em 2008, durante o governo Serra, 11,8 milhões do Fundo Nacional de Saúde repassados para a compra de remédios foram contabilizados como “contrapartida estadual” no acordo de Assistência Farmacêutica Básica.
O governo paulista terá que explicar onde foram parar essas verbas do SUS e, em seguida, ressarcir a União pelo prejuízo.
Em fevereiro, Carta Capital, em matéria do mesmo Leandro Fortes, já tinha mostrado que a auditoria do Denasus mostrava que em três estados governados por tucanos (São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul) e no Distrito Federal, governador pelo DEM, os recursos do SUS foram aplicados no mercado financeiro, ao longo dos últimos quatro anos. Ou seja, a custa da saúde da população, estes estados justificaram os seus choques de gestão e redução do déficit.
No caso de São Paulo, dos 77,8 milhões de reais do SUS aplicados no mercado financeiro paulista, 39,1 milhões deveriam ter sido destinados a programas de assistência farmacêutica, 12,2 milhões a programas de gestão, 15,7 milhões à vigilância epidemiológica e 7,7 milhões ao combate a Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids, entre outros programas.
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