Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

PiG (*) mostra como fabrica a violência do Rio


Delegada Martha Rocha trata o PiG como o PiG merece
Elvira Lobato e Ítalo Nogueira, repórteres da Folha (**), perguntam (pág. C6):

- A corrupção policial é mais grave no Rio ?

- Onde está essa medida ?, pergunta a entrevistada Martha Mesquita da Rocha, nova chefe da Polícia Civil do Rio.

- É o que indica o noticiário, insistem Lobato e Nogueira.

Responde a delegada:

“Você sabia que o New York Times quer falar comigo ? Não porque eu sou a Martha Rocha, mas porque sou chefe da Polícia Civil do Rio, e o Rio está no foco do mundo. A metragem do noticiário não reflete a verdade.”

Navalha
O amigo navegante percebeu o que se esconde atrás das perguntas.
A medida para avaliar se a corrupção policial no Rio é mais grave do que a de São Paulo (implícito na pergunta) é o PiG (*).
O PiG (*) é que diz que o Rio é um Inferno.
A Globo é que pinta o Rio com as tintas de Ramallah.
Para o PiG (*) de São Paulo, é essencial caracterizar o Rio como uma cidade violenta e corrupta.
Faz parte da ideologia da elite paulista (que é, por definição, separatista).
O Rio trabalhista, brizolista, esquerdista tem que ser o polo oposto de referência para São Paulo.
Como foi para os militares, como George Washington (Geisel) e Thomas Jefferson (Golbery).
Eles esvaziaram o Rio e não queriam deixar o Brizola voltar.
(Por isso, tentaram promover a vitória do Wellington Moreira Franco na urna eletrônica.)
O Juscelino já tinha feito uma parte da obra, ao levar a capital para o deserto verde.
O trabalho que o delegado Beltrame faz na Polícia do Rio deveria ser um exemplo que São Paulo copiasse.
Mas, não “é o que indica o noticiário”.
Para o PiG de São Paulo, a ocupação do Alemão foi um desastre.
O PiG de São Paulo engole calado as estatísticas de criminalidade do Cerra, que transformaram “homicídio” e “latrocínio” em óbito de causa desconhecida.
Na Secretaria de Segurança do Rio se acredita nas estatísticas de violência em São Paulo como na lista de livros “mais vendidos” da Veja.
Enquanto isso, a violência no Rio, com o delegado Beltrame, cai de forma consistente.
Este ansioso blogueiro saúda a delegada Martha Rocha e lhe dá passagem (neste ansioso blog).
Saravá.



Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

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