Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 18 de março de 2011

A visita de Obama e o fermento do ódio


Blog Cidadania-Eduardo Guimarães
Yankees go homeFora, Obama! Nos últimos dias, senti-me de volta aos anos 1960 ou 1970, quando o poder norte-americano nos mantinha de joelhos diante de uma ditadura sangrenta. De lá (segunda metade do século XX) para cá, porém, a relação dos Estados Unidos com o Brasil e a própria realidade entre os países mudou muito.
Recente reportagem de O Globo revela como as coisas mudaram entre os Estados Unidos e o Brasil nas últimas décadas.  Sob o título “Viagem de Obama à América Latina é criticada por imprensa americana”, a matéria relata as razões do presidente norte-americano para enfrentar as cobranças quanto a deixar seu país em um momento de crise nuclear no Japão e de possível intervenção militar de seu país na Líbia.
Segundo O Globo, “Numa tentativa de apaziguar a insatisfação interna, o governo americano publicou nesta sexta-feira um artigo no jornal “USA Today” assinado pelo próprio Obama. No texto, o presidente justificou a viagem de cinco dias como uma oportunidade de estreitar laços econômicos e garantir a criação de novos empregos no país”.
O tempo em que os norte-americanos vinham aqui nos passar rasteira e deixávamos pertence a outra época. Uma época que, graças a Deus, não existe mais. Hoje temos condições de tratar com eles de igual para igual. Obama veio ao Brasil justamente para nos convencer a fazer menos negócios com a China e mais com seu país.
Não creio que conseguirá tudo, mas podemos negociar alguma coisa com ele. Não tenho a menor dúvida em afirmar que a esmagadora maioria dos brasileiros apóia que ao menos negociemos, porém sempre em pé de igualdade.
Todavia, posts que tenho publicado nos últimos dias tiveram preocupação diferente. As reações de movimentos sociais e partidos de esquerda à visita de Obama não me preocuparam devido a uma retórica que me pareceu anacrônica, mas devido ao fato de que a vinda de um presidente dos Estados Unidos a qualquer país sempre deve ser motivo de preocupação.
Há muita gente sem juízo, por aí. Sem falar em gente mal-intencionada que sempre se aproveita de uma situação de conflito para exacerbá-lo. Manifestações contra o imperialismo ianque, portanto, seriam perfeitas para agentes provocadores.
Foi dito e feito – tenho até medo da minha “boca”. O clima que se instalou na internet diante da visita de Obama certamente ajudou muito os mal-intencionados que, segundo o mesmo Globo (versão on line), aproveitaram-se de ato de partidos e movimentos sociais diante da embaixada dos Estados Unidos nesta sexta-feira para promover atos de violência.
Não divirjo de ninguém que quer protestar, mas não é hora de discursos beligerantes contra os Estados Unidos. A tensão que provoca a visita de um presidente desse país é suficientemente preocupante por conta do terrorismo internacional, que pode achar mais fácil agir no Brasil.
E, sim, o terrorismo existe. Quem detonou o cocktail molotov diante da embaixada norte-americana cometeu um ato de terrorismo. Talvez até tenha sido a direita, aproveitando-se do ato da esquerda para desmoralizá-la e caracterizá-la como violenta. Ou até algum esquerdista debilóide que acha que atos de violência servem a algum propósito.
O fato é que o brasileiro médio está achando é muito bom que este país tenha se tornado tão importante como potência econômica a ponto de o presidente dos Estados Unidos vir aqui tentar aumentar os negócios conosco. Duvido que a maioria esmagadora dos brasileiros apóie que espantemos Obama daqui.
Este povo quer melhorar de vida. Não está preocupado com ideologia e slogans dos anos 960, 1970. Ainda temos muita pobreza, muitas carências e precisamos de desenvolvimento econômico. Temos, pois, que fazer negócios com chineses, norte-americanos e com quem mais puder nos ajudar no desenvolvimento econômico, o que nos permitirá maior desenvolvimento social.
Não recrimino ninguém. Acho que não faltam razões para protestar contra os Estados Unidos e até para criticar Obama por sua tibieza. Contudo, estava preocupado. E continuo. Não estou vendo propósito nessa grande orquestração de protestos em um momento em que podem se tornar explosivos e fora de controle.
Por mais bem-intencionados que sejam os que não aprovaram a visita de Obama ao Brasil, peço que meçam o nível de tensão que se formou e avaliem se é ajuizado inflamá-lo ainda mais. O ódio (em boa medida justificado) aos Estados Unidos é muito maior do que brasileiros conhecem. Para produzir uma tragédia não custa nada.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Republicanos declaram guerra à radiodifusão pública nos EUA


Agora que os republicanos têm a maioria na Câmara de Representantes, uma das primeiras medidas que tomaram foi reduzir a zero o atual financiamento da Corporação de Radiodifusão Pública. Como se isso não bastasse, um deputado republicano apresentou um projeto de lei para acabar definitivamente com o financiamento à radiodifusão pública. Nas regiões rurais dos EUA e nas reservas indígenas norte-americanas, as emissoras comunitárias de rádio dependem de 25 a 50% dos fundos públicos para o seu funcionamento. O artigo é de Amy Goodman.

O bosque de álamos de Kebler Pass, estado do Colorado, nos Estados Unidos, é um dos maiores organismos vivos do mundo. Milhares de álamos compartilham o mesmo sistema de raízes interconectadas. No fim de semana passado, atravessei o caminho de Kebler Pass, que está a três mil metros de altura, numa moto de neve. Fiz o percurso entre as localidades de Paonia e Crested Butte. Realizei uma viagem relâmpago ao Colorado para ajudar as rádios comunitárias a arrecadarem fundos, razão pela qual assisti a nove eventos beneficentes em apenas dois dias. O diretor de programação da emissora de rádio comunitária KVNF de Paonia deixou-nos onde começa o caminho. Ali nos recolheu o diretor de programação da rádio comunitária KBUT de Crested Butte e, junto com um grupo de DJs da emissora, percorremos rapidamente em motos de neve os 50 quilômetros de caminho que há entre as duas localidades.

Agora que os republicanos têm a maioria na Câmara de Representantes, uma das primeiras medidas que tomaram foi reduzir a zero o atual financiamento da Corporação de Radiodifusão Pública (CPB, na sigla em inglês). Mesmo assim, o deputado Doug Lamborn, de Colorado Springs, apresentou um projeto de lei para tirar em definitivo o financiamento à CPB. Lamborn disse a NPR, emissora de rádio pública do país: "Vivemos numa realidade em que há 150 canais de cabo. Pode dizer-se que 99% dos norte-americanos têm televisão. Temos Internet nos nossos telefones celulares. Estamos numa época em que já não é necessário subsidiar a radiodifusão".

Mas a radiodifusão pública e comunitária estabeleceu-se precisamente sob os perigos dos meios comerciais. Quando falamos da guerra, precisamos de meios de comunicação que não estejam ligados aos fabricantes de armas. Quando falamos da reforma do sistema de saúde, precisamos de meios que não sejam patrocinados por empresas de seguros de saúde ou por grandes farmacêuticas.

Numa declaração realizada na semana passada no Senado, a Secretária de Estado Hillary Clinton criticou duramente os meios de comunicação comerciais. Disse: "A audiência da Al Jazeera está aumentando nos Estados Unidos porque transmite notícias reais. Pode ser que alguém não esteja de acordo com elas, mas este alguém sente que está recebendo notícias reais todo o dia no lugar de um milhão de comerciais e, vocês sabem, discussões entre charlatães e o tipo de coisas que fazemos nos nossos noticiários, algo que não é particularmente informativo para nós e muito menos para os estrangeiros".

Clinton pediu mais financiamento para os órgãos de propaganda do governo dos Estados Unidos no estrangeiro, como o Voice of America, a Rádio Martí e o canal de televisão Al-Hurra, produzido em árabe no estado de Virginia e transmitido para os países do Médio Oriente. Está previsto que esse braço do Departamento de Estado receba 769 milhões de dólares, quase o dobro de recursos que a Corporação de Radiodifusão Pública recebia. O sistema midiático das forças armadas dos Estados Unidos tem um orçamento anual que supera 150 milhões de dólares e distribui programação de entretenimento às bases no estrangeiro e conteúdo propagandístico durante 24 horas através da sua plataforma de televisão, o Canal do Pentágono.

Clinton acrescentou: “Assistimos a uma guerra da informação. Já sabem, durante a Guerra Fria, saímo-nos muito bem ao transmitir a mensagem dos Estados Unidos pelo mundo fora. Depois da queda do Muro de Berlim dissemos: ‘Está bem. Já é suficiente. Nós conseguimos. Terminamos nossa tarefa’. E lamentavelmente estamos a pagar um preço muito alto por isso. Os nossos meios privados não podem ocupar esse vazio”.

Se por um lado o diagnóstico de Clinton sobre as falhas dos meios comerciais norte-americanos é correto, por outro, a sua resposta é equivocada. Precisamos de mais notícias genuínas e menos propaganda. O professor Robert McChesney, especialista em estudos dos meios de comunicação de massa, concorda com a afirmação. Disse-me: "O que se tem de fazer é tomar boa parte desses 769 milhões de dólares, agregá-la ao que se está a gastar atualmente nos Estados Unidos e criar um sistema de radiodifusão público e comunitário que seja realmente dinâmico, forte e competitivo, que trate o governo dos Estados Unidos da mesma forma que trata qualquer outro governo, que tenha o mesmo padrão de jornalismo, e depois o transmita ao mundo, e faça isso completamente acessível ao mundo. Acho que isso mostraria o melhor dos Estados Unidos. E essa seria uma voz que teria uma grande atração para as pessoas de todo o planeta que estão sedentas de liberdade e democracia. Reforçaria também a posição dos Estados Unidos no mundo mais do que qualquer outra coisa".

Na zona rural do Colorado, nas regiões rurais de todo o país e nas reservas indígenas norte-americanas, as emissoras comunitárias de rádio dependem de 25 a 50% dos fundos da CPB para o seu funcionamento. No evento beneficente em Paonia, que foi um sucesso de público, a Diretora Geral da emissora KVNF, Sally Kane, explicou a crise: "A Lei de Comunicações de 1934 reserva só um pequeno espectro dos sinais de rádio para que sirvam ao interesse público e estejam livres de influência comercial. Este serviço público é essencial para a população rural dos Estados Unidos. Paradoxalmente, são as emissoras de rádio rurais as que sofrerão as consequências de modo desproporcional caso o financiamento acabe. Novamente, trata-se de cortar os serviços de quem mais precisa, enquanto se protege grupos que podem pagar um pelotão de lobistas para defenderem os seus interesses. Eu recuso-me a imaginar a minha região sem a minha rádio comunitária".

A resposta foi a mesma em todas as paradas do percurso: Idaho Springs, Carbondale, Panoia, Crested Butte, Monarch Pass, Salida (o limite ocidental do distrito do congressista Lamborn), Tellkuride, Rico e por último Durango. Nos salões dos municípios, auditórios e teatros lotados, a paixão dos habitantes locais pelas suas emissoras de rádio demonstra que, igual aos álamos das Montanhas Rochosas, estas pequenas emissoras de rádio são resistentes, fortes e estão profundamente enraizadas nas suas comunidades. O seu financiamento é um investimento que deve ser mantido.

(*) Denis Moynihan colaborou na produção jornalística desta coluna. 

(**) Texto en inglês traduzido para espanhol por Mercedes Camps, editado por Gabriela Díaz Cortez y Democracy Now! Traduzido de espanhol para português por Rafael Cavalcanti Barreto, revisto por Bruno Lima Rocha. Publicado pelo portal Estratégia & Análise.

terça-feira, 15 de março de 2011

De joelhos, esperando Obama chegar


O presidente americano Barack Obama ainda nem chegou ao Brasil e já começaram as demonstrações de submissão explícita. Como bons colonizados que se prezam, os responsáveis por alguns noticiários já se prestam a fazer o papel de terceiro mundo domesticado que faz reverências as autoridades americanas.
Como na última visita de Hillary Clinton, onde promoveu um espetáculo deprimente de bajulação explícita usando jovens carentes para reproduzir perguntar amistosas escolhidas a dedo pela produção, a Rede Globo e demais afiliadas já saem a campo se esforçando para conseguir de populares, declarações bajulatórias em relação ao Obama, como se este fosse algum tipo de pop star idolatrado pelos brasileiros.
Obama foi uma das maiores fraudes midiáticas dos últimos tempos, e frustrou muita gente no mundo inteiro que acreditava que cumpriria as promessas de campanha de desfazer a imagem negativa daquele país, visto como intervencionista, imperialista, que despreza os direitos humanos e que tem sido o maior risco para a paz mundial. Na prática, foi mais do mesmo que seus antecessores.
Em baixa em seu próprio país, Obama vem enfrentando a ira de parte de seus próprios apoiadores nas eleições, que também se deixaram levar pela bandeira de mudanças significativas. Nos EUA é visto como pato manco, sem controle do congresso americano e com chances remotas de se eleger.
Para a felicidade do Obama existem os bajuladores históricos de qualquer que seja o presidente americano da vez, dispostos a estender o tapete vermelho por onde ele passa. Nada como uma visita em um país com uma imprensa com complexo de vira-latas como a nossa para recuperar a auto-estima de um presidente com baixa popularidade, e ele pode ficar tranqüilo que para a velha mídia brasileira ele ainda é rei.
Eu sinceramente não tenho estômago para agüentar esses espetáculos de submissão explícita e o meu controle remoto anda nervoso. A Rede Globo faz o papel de Otávio Mangabeira da vez, e para quem não sabe quem foi ele, se trata do deputado que se ajoelhou e beijou a mão do ex-presidente americano Dwight Eisenhower, quando este visitou o Brasil em 1946, fotografado por Ibrahim Sued, como pode ser visto na imagem destacada desse post. Até hoje esse episódio serve como maior exemplo da submissão da elite brasileira em relação as autoridades norte-americanas
É degradante ver uma emissora que passou décadas tentando humilhar o ex-presidente Lula Por não fazer parte da elite peçonhenta do qual fazem parte, se rebaixar dessa forma para um presidente americano, passando uma imagem distorcida do povo brasileiro. Espero que esse acontecimento ajude a alertar os brasileiros que ainda tem orgulho próprio sobre as intenções de determinados veículos de imprensa, sobretudo a Rede Globo.
Comprem babadores e joelheiras e enviem para a Rede Globo, eles devem estar muito necessitados de acessórios como esses.

Obama no Brasil: O Império contra ataca?



O primeiro presidente negro eleito pelos Estados Unidos, Barack Obama estará no Rio de Janeiro no próximo domingo. Quando vi a informação em algum site de notícias, me chamou a atenção o fato do discurso, que acontecerá na Cinelândia, ser gratuito e aberto ao público. Fui tomada por uma sensação de incômodo que não soube explicar aos meus colegas. O incômodo não vem do fato da visita de Obama ao Brasil. Nem do discurso gratuito e aberto ao público. Longe disso.
Lá pelos idos de 2008, lembro-me de me emocionar com a eleição do cara. Caminhando pelo Maracanã, bairro onde moro, vi um morador de rua gritando que, finalmente, tínhamos conseguido nossa liberdade (sic). Achei graça. Mas a sensação, talvez fosse essa mesmo para a gente, que ainda tem uma gota de indignação dos anos de W.Bush, que não foram anos bons. Imagine para mim, natural de Governador Valadares?
Para quem não sabe ou não se lembra, a cidade é estigmatiza por exportar seus filhos - são mais de 30 mil, dizem as pesquisas – para aquela terra em busca de oportunidade. Cresci vendo tios, tias, vizinhos, amigos deixando a calmaria da cidade em busca do “eldorado”, em tempos que uma moeda fraca acabava fazendo com que essas pessoas melhorassem de vida, mesmo ocupando subempregos e vivendo a duras penas naquele país frio.
Este texto não tem a finalidade de expressar aquela postura de demonizar os norte-americanos. Isso é tão datado. Não significa que eu também não tenha ressalvas em relação à política daquele país. Aos muros erguidos nas fronteiras. Ao preconceito em relação a negros, homossexuais, latinos que ainda teimam direcionar as ações daquela nação. Às guerras sem propósitos. Ao boicote ao Wikileaks. Às sanções econômicas que há anos vem sufocando Cuba. As ressalvas são muitas.
Não sou tola e entendo a importância de um líder da expressão de Obama no Brasil. Mas eu, que vivi tempos de “batermos pinico” para oTio Sam, entendo que a nossa postura como brasileiros deva ser outra. É lindo Obama discursar na Cinelândia. Lá foi palco, como frisou Paulo Henrique Amorim, da vitória de Leonel Brizola e que também recebeu Lula e Dilma (eu estava nesse dia).
Os tempos são outros. Eu cresci, ganhei senso crítico. E o Brasil também. Cresceu e amadureceu como nação e hoje trata de igual para igual com TODAS AS NAÇÕES DO MUNDO. Os Estados Unidos estão entre elas.
Vi o Brasil dizer não à ALCA e a discutir questões pertinentes à nossa economia na Organização Mundial do Comércio. Vi o Brasil mediar conflitos e ampliar a relação com outros países. Sobretudo, entendi a nossa postura como liderança na América Latina. Méritos dos 8 anos de trabalho do nosso querido operário presidente, Luís Inácio Lula da Silva, que mostrou que “yes, we can!!!”
Eu não estou indignada com a presença de Obama aqui, porque o Brasil já se provou múltiplo nas suas relações. Fomos concebidos entre as diferenças e, por isso, mesmo que não da melhor maneira possível, conseguimos entendê-las. Esse bom mocismo yankee, que vai sortear camisas, livros e, pasmem, um Iphone e um Ipad aos brasileiros que melhor saudarem o presidente norte-americano é que me incomoda, (veja aqui - acréscimo deste ContextoLivre) . Houve um tempo que os colonizadores nos davam espelhos de presente.
O Obama que vem aqui não é o homem que comoveu o morador de rua lá do Maracanã. Nem aquele que prometeu tirar as tropas do Iraque e universalizar o sistema de saúde daquele país. É um presidente cuja nação está maculada pela maior crise econômica da história e que vem perdendo espaço e prestígio, embora ainda seja a maior economia do mundo. E o Brasil também não é o mesmo. Sua presença tem sido noticiada com confetes e serpentinas que são de direito ao primeiro presidente negro dos Estados Unidos da América pelas nossas competentes corporações midiáticas.
Agora, por favor, um pouco mais de respeito com o meu povo. Vamos recebê-lo bem, porque assim reza a diplomacia e também porque receber bem é quase uma digital do brasileiro. Não precisamos de brindes, sovenir ou regalos
Nós estamos no controle. Então, por favor, nada de resquícios imperialistas. Mister Presidente, we can buy an Iphone and Ipad. Isso é reflexo de uma economia estabilizada, do crescimento do nosso poder aquisitivo. Nos trate com mais respeito. Há 8 anos deixamos de ser cidadãos de segunda classe. Nós temos autoestima e uma presidenta que nos representa. Entendemos nosso papel no mundo e estamos prontos para assumi-lo, começando com uma cadeira fixa no Conselho de Segurança da ONU.

 Cássia Ferreira Andrade é jornalista e valadarense.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

PiG (*) mostra como fabrica a violência do Rio


Delegada Martha Rocha trata o PiG como o PiG merece
Elvira Lobato e Ítalo Nogueira, repórteres da Folha (**), perguntam (pág. C6):

- A corrupção policial é mais grave no Rio ?

- Onde está essa medida ?, pergunta a entrevistada Martha Mesquita da Rocha, nova chefe da Polícia Civil do Rio.

- É o que indica o noticiário, insistem Lobato e Nogueira.

Responde a delegada:

“Você sabia que o New York Times quer falar comigo ? Não porque eu sou a Martha Rocha, mas porque sou chefe da Polícia Civil do Rio, e o Rio está no foco do mundo. A metragem do noticiário não reflete a verdade.”

Navalha
O amigo navegante percebeu o que se esconde atrás das perguntas.
A medida para avaliar se a corrupção policial no Rio é mais grave do que a de São Paulo (implícito na pergunta) é o PiG (*).
O PiG (*) é que diz que o Rio é um Inferno.
A Globo é que pinta o Rio com as tintas de Ramallah.
Para o PiG (*) de São Paulo, é essencial caracterizar o Rio como uma cidade violenta e corrupta.
Faz parte da ideologia da elite paulista (que é, por definição, separatista).
O Rio trabalhista, brizolista, esquerdista tem que ser o polo oposto de referência para São Paulo.
Como foi para os militares, como George Washington (Geisel) e Thomas Jefferson (Golbery).
Eles esvaziaram o Rio e não queriam deixar o Brizola voltar.
(Por isso, tentaram promover a vitória do Wellington Moreira Franco na urna eletrônica.)
O Juscelino já tinha feito uma parte da obra, ao levar a capital para o deserto verde.
O trabalho que o delegado Beltrame faz na Polícia do Rio deveria ser um exemplo que São Paulo copiasse.
Mas, não “é o que indica o noticiário”.
Para o PiG de São Paulo, a ocupação do Alemão foi um desastre.
O PiG de São Paulo engole calado as estatísticas de criminalidade do Cerra, que transformaram “homicídio” e “latrocínio” em óbito de causa desconhecida.
Na Secretaria de Segurança do Rio se acredita nas estatísticas de violência em São Paulo como na lista de livros “mais vendidos” da Veja.
Enquanto isso, a violência no Rio, com o delegado Beltrame, cai de forma consistente.
Este ansioso blogueiro saúda a delegada Martha Rocha e lhe dá passagem (neste ansioso blog).
Saravá.



Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Amargo regresso: O espetáculo deprimente no Rio de Janeiro

Filed under: Relatos Pessoais — Hariovaldo @ 14:28 


Gen. Patton
O ministro da Defesa precisa tomar providências urgentes para retomar o território dos homens bons
É lamentável que no meu retorno a este pobre país tupiniquim, ao parar no Rio de Janeiro para uma escala técnica, me depare com uma cena deprimente, onde reina o caos, um vai e vem imenso de gente morena, subindo e descendo, muita correria, choro de crianças para todo lado, uma verdadeira visão do inferno. Onde está o BOPE, os Paraquedistas do Exército, os Fuzileiros Navais para invadirem e retomarem das mãos da gentalha este território que já foi nosso ?
Caos aéreo
Invasão de bárbaros
Até quando teremos que suportar esta invasão bárbara aos aeroportos brasileiros pelas as classe inferiores? A onde está o glamour, o charme e a elegância de outrora? Bons tempos aqueles quando a nata se encontrava nas salas VIPs, onde era comum fazermos reuniões informais entre os nobres componentes da sociedade nacional.
O descanso da gentalha
Agora temos que conviver com os assalariados, os empregados, os moradores dos subúrbios, com suas malas e sacolas bregas, cheirando a perfumes baratos, um horror. Hoje em dia qualquer sujeito que mora num cubículo e nunca leu um livro sequer acha que pode viajar de avião, mais um absurdo promovido por esse governo usurpador que aí está. É deveras lamentável voltar ao Brasil e encontrar o país desse jeito.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Globo endossa farsa de Serra e telejornais desmascaram a ambos

Se ainda não assistiu, assista, mais abaixo, ao trecho do Jornal do SBT que desmascara a farsa encenada por José Serra e pela Globo no Rio durante suposta “agressão” ao tucano.
O vídeo mostra que ele foi atingido por objeto leve como uma bolinha de papel e que só simulou ter sentido o impacto depois de receber uma chamada no celular.
Segundo o médico Jacob Kligerman, que examinou Serra, o tucano disse ter sentido náuseas e tonturas após a agressão. O médico, ex-secretário de saúde na gestão de Cesar Maia, afirmou não ter visto nenhum ferimento aparente no candidato, mas decidiu encaminhá-lo para a tomografia por precaução.
Um detalhe sobre o médico Jacob Liegerman, que participou da farsa: ele foi diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer durante o governo FHC. A ficha dele pode ser lida aqui
Enfim, assista ao vídeo e julgue você mesmo. Em seguida, continue lendo.


Assistiu? Bem, então agora esqueça por um momento as suas preferências políticas e olhe para a imagem abaixo. É uma justaposição das imagens de dois cidadãos brasileiros. Dois homens com direitos e deveres iguais. Não só como cidadãos, mas como membros da espécie humana.

Você diria que os dois foram agredidos? Pergunto isso porque são as únicas vítimas que apareceram em quase todas as reportagens de telejornais da noite nas tevês abertas, com exceção da reportagem de um telejornal, o Jornal Nacional, da Globo.

Na reportagem do principal telejornal da maior concessão pública de televisão aberta do Brasil, apenas um dos lados teve a sua versão contada e os seus feridos exibidos, o lado dos tucanos, lado que o leitor pode ver como ficou meramente olhando à direita da imagem acima – e dos fatos.
Já a imagem do lado esquerdo  é do telejornal da Record. Esse telejornal, como os das outras emissoras, mostrou também a outra versão dos fatos, a versão do PT, omitida pela Globo.
E mais: entre outros, o telejornal da tevê Record mostrou que, nessa história toda, se alguém foi realmente agredido esse alguém,  ao menos pelo que foi apresentado ao público, não foi o candidato tucano.
Mas não importa. O que importa é que a Globo, de forma criminosa, ilegal, em afronta à equidade na disputa eleitoral não deu o lado do PT nessa história, sonegando a imagem do militante petista agredido pelos tucanos e que aparece acima com o supercílio dilacerado.
A Globo criou dois tipos de brasileiros: o tipo que recebe toda a deferência possível de uma concessão pública por supostamente ter sido agredido enquanto que outro cidadão agredido de fato, e com os mesmos direitos do primeiro,  simplesmente é deletado do rol de vítimas.
Resta saber se o conjunto da sociedade perceberá este fato e o que fará diante de tal afronta. Seja qual for o resultado desse julgamento, o país o conhecerá em pouco mais de uma semana. E é possível que as novas pesquisas estejam indicando a resposta.