Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Globo endossa farsa de Serra e telejornais desmascaram a ambos

Se ainda não assistiu, assista, mais abaixo, ao trecho do Jornal do SBT que desmascara a farsa encenada por José Serra e pela Globo no Rio durante suposta “agressão” ao tucano.
O vídeo mostra que ele foi atingido por objeto leve como uma bolinha de papel e que só simulou ter sentido o impacto depois de receber uma chamada no celular.
Segundo o médico Jacob Kligerman, que examinou Serra, o tucano disse ter sentido náuseas e tonturas após a agressão. O médico, ex-secretário de saúde na gestão de Cesar Maia, afirmou não ter visto nenhum ferimento aparente no candidato, mas decidiu encaminhá-lo para a tomografia por precaução.
Um detalhe sobre o médico Jacob Liegerman, que participou da farsa: ele foi diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer durante o governo FHC. A ficha dele pode ser lida aqui
Enfim, assista ao vídeo e julgue você mesmo. Em seguida, continue lendo.


Assistiu? Bem, então agora esqueça por um momento as suas preferências políticas e olhe para a imagem abaixo. É uma justaposição das imagens de dois cidadãos brasileiros. Dois homens com direitos e deveres iguais. Não só como cidadãos, mas como membros da espécie humana.

Você diria que os dois foram agredidos? Pergunto isso porque são as únicas vítimas que apareceram em quase todas as reportagens de telejornais da noite nas tevês abertas, com exceção da reportagem de um telejornal, o Jornal Nacional, da Globo.

Na reportagem do principal telejornal da maior concessão pública de televisão aberta do Brasil, apenas um dos lados teve a sua versão contada e os seus feridos exibidos, o lado dos tucanos, lado que o leitor pode ver como ficou meramente olhando à direita da imagem acima – e dos fatos.
Já a imagem do lado esquerdo  é do telejornal da Record. Esse telejornal, como os das outras emissoras, mostrou também a outra versão dos fatos, a versão do PT, omitida pela Globo.
E mais: entre outros, o telejornal da tevê Record mostrou que, nessa história toda, se alguém foi realmente agredido esse alguém,  ao menos pelo que foi apresentado ao público, não foi o candidato tucano.
Mas não importa. O que importa é que a Globo, de forma criminosa, ilegal, em afronta à equidade na disputa eleitoral não deu o lado do PT nessa história, sonegando a imagem do militante petista agredido pelos tucanos e que aparece acima com o supercílio dilacerado.
A Globo criou dois tipos de brasileiros: o tipo que recebe toda a deferência possível de uma concessão pública por supostamente ter sido agredido enquanto que outro cidadão agredido de fato, e com os mesmos direitos do primeiro,  simplesmente é deletado do rol de vítimas.
Resta saber se o conjunto da sociedade perceberá este fato e o que fará diante de tal afronta. Seja qual for o resultado desse julgamento, o país o conhecerá em pouco mais de uma semana. E é possível que as novas pesquisas estejam indicando a resposta.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A vida é um moinho Como a velha mídia enganou Stephanie



publicada quinta-feira, 19/08/2010 às 12:06 e atualizada sexta-feira, 20/08/2010 às 00:06


A vida é um moinho
A Stephanie é a estagiária da redação. Trabalha muito, carrega fitas pra lá e pra cá, ajuda a apurar informações, está sempre ligada na notícia do dia. Em poucas palavras: ainda nem terminou a Faculdade, mas está doida pra aprender como se faz o tal “jornalismo diário”.

Pois bem: numa noite dessas, ela estava na mesa de trabalho, ao lado desse escrevinhador e de Marco Aurélio Mello – que é editor do “Jornal da Record” e também comandante-em-chefe do blog “Doladodelá”. A Stephanie tinha um olho no computador (o chefe dela não para de passar novas tarefas) e outro na TV, pra acompanhar o telejornal. De repente, entra a notícia no ar: ”Vox Populi – Dilma 45%, Serra 29%. Dilma pode ganhar no primeiro turno”.

O Aurélio e eu nem nos mexemos, mas a Stephanie arregala os olhos: “gente, eu jurava que o Serra ia ganhar”.

O Aurélio sorri.

“Eu leio a Veja, leio todos os jornais, e pelas notícias eu tinha certeza que o Serra ia ganhar disparado”.

O Aurélio sorri. E eu sorrio também.

“Por que vocês estão rindo? Eu nao tenho a experiência de vocês, mas acompanho as notícias, e tudo indicava que a Dilma não ia conseguir nada nessa eleição”.

Só aí o Aurélio resolve falar: “acho que você andou lendo os jornalistas errados”.

A Stephanie é mais uma vítima da velha imprensa que briga com os fatos. A velha imprensa, que deu espaço pro Montenegro prever que Dilma não passaria dos 15%. Deu espaço pra ficha falsa na primeira página. Deu espaço pra colunistas e comentaristas dizerem os maiores absurdos sobre Lula, Dilma e o Brasil.

Essa turma enganou o seu público. Enganou a Stephanie.

Essa turma tem todo direito de escolher um lado. Nos blogs por aí, muita gente também escolhe um lado. Mas a velha imprensa não faz só isso. Ela esconde os fatos, briga com a realidade, na tentativa de controlar essa realidade.

A Stephanie – que não é tão ligada em política, não é militante, e quer só se informar – já percebeu que algo estranho ocorreu. Quantos leitores, ouvintes e telespectadores também estão percebendo?

Como diria o Cartola, naquela letra belíssima: “quando notares, estás à beira do abismo, abismo que cavaste com teus pés”.

No abismo não vão cair a Stephanie e o restante do público. Vai cair essa turma que briga com os fatos.

A vida é um moinho, e vai reduzir as ilusões a pó!


Sobre isso, vale ler o belíssmo texto de Nassif, na CartaMaior, que traz a análise do diretor do Vox Populi, João Francisco Meira.

“Ao comprar a ideia de que Serra era competitivo, contra toda a evidência de um ano atrás, a oposição acabou indo para o caminho que Lula queria. Meira equipara esse episódio às grandes tragédias shakespeareanas, de desdobramentos terríveis quando se toma a decisão errada na política, na guerra e no amor. Os fatos acabam voltando no meio da sua testa, com fúria redobrada.“