O FMI (Fundo Monetário Internacional) fez um novo "alerta" para os chamados países "emergentes", os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), exigindo que os países não gastem mais que o necessário e orientando novos gastos públicos.
Segundo o relatório divulgado pelo FMI, "as economias emergentes devem resistir à tentação de aproveitar os ventos favoráveis no curto prazo para aumentar os gastos e optar por reconstituir suas reservas fiscais" (BBC, 12/4/2011). O FMI quer conter os gastos para que estes países aumentem os fundos que eventualmente possam ser usados para socorrer capitalistas e especuladores da crise econômica.
O fundo diz que mesmo com um certo alívio nos déficits fiscais das economias destes países os gastos devem ser evitados, ou seja, deve-se gastar menos e cortar mais. Ressalta ainda o fato de que os países do BRIC estão em uma posição melhor devido ao grande volume de exportações de commodities e os elevados preços desta categoria de produtos e também pela grande entrada de investimentos estrangeiros no País. Esta situação pode ser rapidamente revertida criando bolhas financeiras que afundariam as economias destes países.
Na China e no Brasil, por exemplo, a vasta disponibilidade de crédito para empréstimo nos bancos provocou um verdadeiro "boom" no mercado imobiliário destes países e criou as condições para o surgimento de uma bolha financeira neste setor. Prevendo o desenvolvimento desta bolha, o governo chinês já reduziu a disponibilidade de crédito e implantou outras medidas para evitar o aumento do consumo. No Brasil, o Ministério da Fazenda está adotando medidas semelhantes para inibir os empréstimos e frear a corrida ao crédito imobiliário. Estas medidas estão na verdade contendo a produção nestes países e levando estas economias à estagnação.
Cortes nos gastos públicos
Uma das recomendações do FMI é diminuir os gastos públicos para diminuir o endividamento dos países de capitalismo atrasado que compõem o BRIC. Para realizar estes cortes a indicação do FMI é diminuir os gastos principalmente com aposentadoria e na área da saúde.
Este é o verdadeiro sentido desta política apresentada pelo FMI, deixar que a crise seja paga pelos mais pobres, por países como o Brasil e China que já possuem os mais baixos salários de todo o mundo e que possuem um dos piores serviços públicos do mundo. Resumidamente, o recado do FMI é a imediata implantação de planos de austeridade nestes países.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comentários sujeitos a moderação.