Saiu no Blog do Planalto:
O fim dos “gatos” na intermediação de mão de obra na construção civil brasileira
Os agenciadores de mão de obra — conhecidos como “gatos” — que atuam em maior escala no segmento da construção civil estão com os dias contados. Para isso, o governo deverá estruturar as agências do Sistema Nacional de Emprego (SINE), braço do Ministério do Trabalho e Emprego, a quem caberá a oferta de vagas para os trabalhadores que buscam oportunidades neste segmento da economia nacional. Este foi um dos itens acertados, nesta quinta-feira (30/3), durante reunião com lideranças das seis centrais sindicais dos trabalhadores e representantes da indústria da construção intermediada pela Secretaria-Geral da Presidência da República, no Palácio do Planalto.
“A reunião que aconteceu hoje pela manhã teve dois pontos importantes: o fim dos gatos e a questão da qualificação profissional. Além disso, deixamos para os empregadores uma pauta composta de 15 ítens”, informou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique.
De acordo com o líder sindical, esta questão deve valer para todas as obras em curso no país, sejam do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ou empreendimentos privados. Artur Henrique explicou que muitas cidades estão recebendo milhares de trabalhadores e não se encontram devidamente preparadas. Ele disse que apenas o município de Jaci Paraná, no estado de Rondônia, que fica a 30 quilômetros do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Jirau, viveu a expansão da oferta de emprego e não estava preparado para receber cerca de 25 mil operários.
As mobilizações dos trabalhadores em Jirau e na Usina Hidrelétrica Santo Antônio, obras em curso no rio Madeira, também foram tratadas na reunião que aconteceu no Palácio do Planalto. Segundo o presidente da CUT, o impasse no canteiro da usina Santo Antônio está próximo de ser resolvido. No encontro com representantes da Odebrecht foi oferecido aumento salarial de 5% a título de antecipação do dissídio previsto para maio; aumento da cesta básica de R$ 110,00 para R$ 132,00; volta para casa a cada três meses de trabalho com ônus para o consórcio Santo Antônio em passagens de avião e ônibus (quando necessário); opções de outros planos de saúde e mudança do cartão BIG Card, já que o comércio cobra ágio de 20% na utilização deste cartão.
“Teremos assembleia amanhã (1/4) ou na segunda-feira (4/4) com indicativo para o fim da greve”, explicou o presidente da CUT.
Já a solução para a paralisação no canteiro da Usina de Jirau, segundo o sindicalista, vai demorar a acontecer. Artur Henrique disse que na tarde desta quinta-feira (31/3) acontece uma reunião em Porto Velho (RO) para estabelecer um canal de negociação entre os operários e a empresa que toca as obras. Lá houve conflito com destruição de alojamentos e restaurantes.
Mais cedo, o vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, ao deixar o Palácio do Planalto, acusou práticas de torturas no canteiro de obras da Usina São Domingos, em Águas Claras, Mato Grosso do Sul. Torres mostrou fotos de supostos trabalhadores agredidos. Além disso, o sindicalista informou que existe atrito entre trabalhadores e seguranças de Jirau; o mesmo foi apontado pelo presidente da CUT. Ambos querem que o consórcio “pare com o empurra empurra”.
Uma outra reunião, no Palácio do Planalto, ficou agendada para o dia 14 de abril. Para os sindicalistas a expectativa é de novos avanços nas próximas semanas.
O PiG (*) saudou com entusiasmo o protesto dos trabalhadores nessas obras pesadas.
Saudaram o “empacamento” do PAC, como gosta de dizer o Globo.
(Por falar em Globo, leia aqui o editorial que o Globo escreveu no dia seguinte ao Golpe militar de 1964)
Vamos ver agora se o PiG se entusiasma com o fim do problema.
O que a Presidenta fez nesta reunião foi levar a CLT do Dr Getúlio ao canteiro de obras das empreiteiras brasileiras.
Elas são muito competentes.
Mas, no caso das relações trabalhistas, vivem na República Velha.
Ou melhor, reproduzem as condições que os faraós ofereciam aos trabalhadores das pirâmides do Egito.
Terão que se submeter agora a um “aggiornamento”.
Paulo Henrique Amoirm
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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