Tucano ficha-imunda toma posse no senado com presença de Serra
Alckmin não quer faxina em São Paulo
Alckmin desiste de decreto que instituiria Ficha Limpa em SP
Geraldo Alckmin desistiu de incluir, no pacote anunciado ontem para aumentar a transparência em sua gestão, decreto que instituiria a Ficha Limpa para o funcionalismo paulista. A medida, já adotada em Minas, forçaria o afastamento de José Bernardo Ortiz, aliado histórico do tucano instalado na FDE. Ele tem condenação em segunda instância.
Sujeira em baixo do tapete
Indicado informalmente à relatoria do Orçamento de 2012 pelo governo paulista, Roberto Engler (PSDB) enviou cartas aos 93 colegas pedindo a lista de emendas a serem contempladas na cota individual de R$ 2 mi. Deu errado: insatisfeita, a base de Alckmin vai escolher a deputada Maria Lúcia Amary (PSDB) para o posto.
Mais dinheiro para os tucanos
Em tempo recorde, o BID aprovou ontem financiamento de US$ 1,15 bi para o trecho norte do Rodoanel. A missão do banco avaliava o projeto desde fevereiro. O montante é o maior já destinado pela instituição para obras viárias no país.Coluna da Renata Lo Prete
A ética do PSDB de Jundiaí e do porcalista Anselmo Brombal
FHC lança mote de campanha para o PSDB: “Yes, we care”
Nenhum candidato foi lançado, nenhum novo manifesto foi escrito, mas os tucanos presentes ao evento promovido ontem pelo Instituto Teotônio Vilela (ITV) saíram de lá com a sensação de que algo novo aconteceu. Sim aconteceu! FHC pensa que mora nos EUA..
FHC sugeriu o mote da campanha para as eleições 2012 e 2014 “Yes, we care” (sim, nós cuidamos). como slogan do PSDB.
A tucanada copiou do mote de campanha de Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos, "Yes, we can [sim, nós podemos]"......
O QUE QUEREM OS TUCANOS
PRIVATIZAÇÕES
O economista Gustavo Franco, ex-presidente do BC, defendeu a retomada das privatizações e a abertura da economia
MINISTÉRIOS
O ex-presidente do BC Armínio Fraga propôs o corte dos ministérios à metade. O mesmo deve ser feito com cargos de confiança
JUROS
O ex-presidente do BC Pérsio Arida propôs acabar com o crédito subsidiado do BNDES e de outros bancos públicos e aproximar a taxa de juros que eles cobram das do mercado
INVESTIMENTOS
Fraga e o economista Armando Castelar sugeriram aumentar a taxa de investimento público. Para Castelar, ela deve passar dos atuais 2,1% do PIB para algo em torno de 5%, cortando gastos correntes
EDUCAÇÃO
O sociólogo Simon Schwartzman propôs investir mais na qualificação de professores e na melhoria da qualidade de ensino no país
APOSENTADORIAS
Os tucanos sugerem a Reforma da Previdência, com revisão das pensões por morte e da aposentadoria integral do setor público, além de rediscutir a idade mínima para aposentadoria, considerada muito baixa
SAÚDE
Sugestão de André Médici, economista com atuação na área de saúde, prevê ressarcimento pelo SUS dos que usam o sistema tendo plano privado de saúde
"Nós estamos começando a falar com uma nova voz. Agora é a voz dos que querem vencer", disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que também falou em união do partido, e tinha ao seu redor alguns dos principais nomes do PSDB, como o senador Aécio Neves, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o ex-governador do Estado José Serra (que chegou ao evento de surpresa), o presidente do partido, Sérgio Guerra e o presidente do ITV, Tasso Jereissati.
Em vez de mineiro,Aécio Neves, foi chamado por Guerra, de "o único senador carioca do PSDB", por Aécio morar no Rio.
FHC disse que o PSDB "Tem que ser o partido do carinho e da equidade". Mas o carinho embutia um ataque ao governo petista, que o ex-presidente acusa de não ter estratégia e pecar pela gestão. A equidade também carregava uma crítica ao que FHC chamou de um coletivismo do PT que "não respeita as pessoas". "Não é só querermos mais, é querermos melhor", arrematou.
Melhor em termos de juros, inclusive. O aperto monetário, que foi severo no governo FHC, foi combatido até por aqueles que ocupavam a presidência do Banco Central naquela gestão, como Gustavo Franco e Armínio Fraga. Outro vilão apontado por todos os palestrantes foi a política industrial da administração petista. Fraga atacou a atuação de órgãos do governo em fusões e aquisições, como o Cade e o BNDES.
Tomando o cuidado de não confundir sua crítica ao ataque desferido por Fraga, já que seu banco, o BTG Pactual, apoiou com veemência a tentativa de fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour defendida pelo BNDES, Arida se ateve a combater a tática de financiar setores da economia, discricionariamente, por meio de crédito subsidiado. Sua palestra surpreendeu pelo apelo político e foi encampada pelos caciques do partido que o sucederam no púlpito. Arida disse que, se BNDES e Caixa operassem com juros de mercado, a taxa básica seria menor para todos, enquanto os rendimentos da poupança e do FGTS seriam maiores.
FHC e seus Papéis
Com a elegância de sempre, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a escrever nos jornais dominicais. Por mais que o tempo passe, não perde a capacidade de expressão.
Dessa feita, seu objeto foi a corrupção. Com o título “Corrupção e Poder”, a ideia central do artigo é que a corrupção, antes “episódica”, teria se tornado “um sistema” nos governos do PT.
Instalado na época de Lula, sobreviveria no atual, ainda que Dilma “esboce uma reação” contrária. Para FHC, estaríamos “(...) diante de um sistema político que começa a ter a corrupção como esteio, mais que simplesmente diante de pessoas corruptas”.
O texto reflete a dificuldade que o ex-presidente tem de conciliar os dois papéis diferentes a que as circunstâncias o levam. De um lado, ser algo até coerente com sua biografia acadêmica: um ex-presidente que não se ocupa dos embates políticos do cotidiano e intervém na vida nacional apenas quando é necessária uma palavra de sobriedade e sabedoria. De outro, ser uma liderança partidária como as demais, envolvida na luta ideológica com os adversários.
Não é surpresa que enfrente problemas tentando ser as duas coisas, pois os papéis são, mesmo, contraditórios. É impossível querer falar em nome de todos se muitos são vistos como inimigos.
A atração que sente pelo lugar de estadista, acima do bem e do mal, é nítida na sua participação em instituições que congregam “líderes globais independentes”, como diz o material de divulgação de uma delas, os “Anciãos”. Fundada por Nelson Mandela, essa reúne dez personalidades que atuam na defesa de causas sociais e humanitárias, para “oferecer sua influência coletiva e experiência em apoio à paz mundial, contribuir para o enfrentamento das principais causas do sofrimento humano e promover os interesses comuns da humanidade”. Como se vê, nada mais distante do que é a atuação de um líder partidário.
No site da organização, FHC se apresenta como ex-presidente que “implementou importantes programas de reforma agrária, redução da pobreza e que melhoraram significativamente a saúde e a educação (no Brasil); um aclamado sociólogo e advogado global da reforma da política relativa às drogas”.
Exageros à parte, há verdade nesse resumo de sua vasta biografia. E não há nada de mal no orgulho que sente de estar junto a personagens da importância ética e moral dos Anciãos (Desmond Tutu, Kofi Annan, Jimmy Carter, entre outros).
O problema é que Fernando Henrique não consegue dizer não a seus correligionários e à vontade de ser o porta-voz das oposições, nem que seja para apenas externar suas mágoas contra Lula e o PT.
Por mais que o seduzam os grandes fóruns internacionais suprapartidários, não resiste à tentação de desempenhar papéis menores.
O conflito entre o “aclamado sociólogo” e o político é visível no artigo do último domingo. Em “Corrupção e Poder”, mal se percebe o primeiro.
Em alguns momentos, é quase constrangedor, como quando procura justificar a famosa frase do ex-ministro Roberto Cardoso Alves - “é dando que se recebe”-, desculpando-a como inócua: “referia-se a nomeações (...) que eventualmente poderiam levar à corrupção, mas em si mesmas não o eram”.
Como se Fernando Henrique, líder do governo Sarney no Congresso, ignorasse o que se passava ao seu redor e se iludisse achando que a indicação de apadrinhados para cargos no governo fosse um fim em si mesmo.
Em outros, o texto é um exercício de ficção. Sem o dizer, parece querer se referir a seus dois governos quando afirma que “antes, o desvio de recursos roçava o poder, mas não era condição para seu exercício”. E que, “agora”, “os partidos exigem ministérios e postos administrativos para obter recursos que permitam sua expansão”.
Ou se esqueceu ou imagina que ninguém se lembra do que ocorreu naqueles tempos, quando diversos ministérios, alguns dos de maior orçamento, fizeram parte de acordos semelhantes aos que o PT fez quando chegou ao governo. Lula pode ser culpado de muitas coisas, mas não de ter inventado as regras desse jogo.
A corrupção é um problema antigo e relevante de nosso sistema político. Ela existe na administração federal, nos estados e nos municípios, no Legislativo e no Judiciário.
À frente do governo de oito estados e centenas de prefeituras, o PSDB lida com ela no dia a dia. Seu principal intelectual não tem o direito de pretender que ela nasceu ontem e está restrita ao governo federal.
Para o Brasil, melhor seria se FHC fosse um sábio ancião, daqueles que não se permitem ser ligeiros. O primeiro passo para enfrentar a corrupção é acabar com a brincadeira de que ela é culpa dos outros.
Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi
Contra a intriga, a verdade
Posto aí em cima um trecho da entrevista que dei ontem, à saída da reunião da bancada e da Executiva Nacional do PDT. Nada melhor do que a verdade, ainda mais quando a gente tem um blog onde tudo fica registrado, datado, e assinado. A mim, não vão me confundir os espaços fáceis na imprensa para atacar a honra alheia e também não deixo de pensar o que penso em razão de circunstâncias.
Existe uma campanha contra o Governo Dilma e contra os avanços do trabalho no Brasil. Se há ou não irregularidades em algum convênio do Ministério, deve ser investigado e punido quem o cometeu, repito, se tiver acontecido. Simples assim.
Mas daí a embarcar em campanha denuncista e a fazer “jogadas” de mídia para conquistar posições partidárias ou para promoção pessoal, vai uma distância que é do tamanho do caráter de cada um.
Agradeço aos profissionai da homepage do PDT o envio do vídeo, que ajuda mostrar qual é a verdade.
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