Não tenho muito que escrever. E provavelmente não poderia, com o coração sangrando como está. Só espero que as pessoas que não entenderam quando pessoas como eu diziam da violência que estava ocorrendo no Pinheirinho, que repensem o tratamento que devem dar a semelhantes alvejados pela selvageria, pela politicagem e pelo capitalismo selvagem.
Reproduzo, abaixo, reportagens do UOL sobre as mortes no Pinheirinho, inclusive de crianças, vídeos do blog Maria da Penha Neles e do Partido da Causa Operária (PCO), que mostram indícios da tortura de que a polícia e o governador de São Paulos são acusados de praticar contra aquelas famílias indefesas, sem falar nas mentiras odientas da mídia sobre aqueles pobres coitados.
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UOL NOTÍCIAS
23.01.2012 – 17h41 > Atualizada 23.01.2012 – 18h16
OAB de São José dos Campos diz que houve mortos em operação no Pinheirinho15
Bruno Bocchini e Flávia Albuquerque
Da Agência Brasil, em São Paulo
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São José dos Campos, Aristeu César Pinto Neto, disse nesta segunda-feira (23) que houve mortos na operação de reintegração de posse do terreno conhecido como Pinheirinho, na periferia da cidade. De acordo com ele, crianças estão entre as vítimas.
“O que se viu aqui é a violência do Estado típica do autoritarismo brasileiro, que resolve problemas sociais com a força da polícia. Ou seja, não os resolve. Nós vimos isso o dia inteiro. Há mortes, inclusive de crianças. Nós estamos fazendo um levantamento no IML, e tomando as providências para responsabilizar os governantes que fizeram essa barbárie”, disse, em entrevista à TV Brasil.
Segundo Neto, a PM e a Guarda Municipal chegaram a atacar moradores que se refugiavam dentro de uma igreja próxima ao local. “As pessoas estavam alojadas na igreja e várias bombas foram lançadas ali, a esmo”, declarou.
O representante da OAB disse ter ficado surpreso com o aparato de guerra que foi montado em prol de uma propriedade pertencente à massa falida de uma empresa do especulador Naji Nahas. “O proprietário é um notório devedor de impostos, notório especulador, proibido de atuar nas bolsas de valores de 40 países. Só aqui ele é tratado tão bem”.
Desde o início da manhã de ontem (22) , a PM cumpre uma ordem da Justiça Estadual para retirar cerca de 9.000 pessoas que vivem no local há sete anos. O terreno integra a massa falida da empresa Selecta, do investidor Naji Nahas. A Justiça Federal decidiu contra a desocupação do terreno, mas a polícia manteve a reintegração obedecendo ordem da Justiça Estadual.
A moradora Cassia Pereira manifestou sua indignação com a maneira como as famílias foram retiradas de suas casas sem que ao menos pudessem levar seus pertences. “A gente está lutando por moradia. Aqui ninguém quer guerra, ninguém quer briga, a gente quer casa, nossa moradia. Todo mundo tinha suas casas aqui construídas, e tiraram de nós, sem direito a nada. Pegamos só o que dava para carregar na mão”, disse.
O coronel Manoel Messias Melo negou que haja mortos na ação e afirmou que os policiais militares se envolveram em conflitos durante a madrugada, mas negou que a ação foi contra os moradores do Pinheirinho. “Foram vândalos e anônimos que praticaram incêndios na região. Tivemos 14 prisões e algumas apreensões de armas esta noite”, declarou.
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Última Instância
23.01.12
http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/noticias/54696/moradores+do+pinheirinho+denunciam+morte+de+crianca+por+gas+lacrimogeneo.shtml
Moradores do Pinheirinho denunciam morte de criança por gás lacrimogêneo
Daniella Cambaúva – 23/01/2012 – 18h26
Dez pessoas que residiam no terreno do Pinheirinho, em São José dos Campos, afirmam ter presenciado a morte de uma criança de menos de um ano de idade por conta do excesso de gás lacrimogêneo jogado pela PM (Polícia Militar) durante um confronto. A criança teria morrido na tarde do último domingo (23/1) no local onde a Prefeitura está oferecendo assistência aos moradores, em um terreno localizado a poucos metros da ocupação.
Procurada pelo Última Instância, a Secretaria de Imprensa da Prefeitura disse não ter conhecimento sobre a morte da criança, e afirmou que foi oferecida assistência hospitalar àqueles que ficaram feridos.
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Polícia persegue famílias até dentro dos abrigos a elas destinados pelo Estado
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