Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Por que tanta dificuldade para entender os paulistas?

Foto minha, tirada a uns 2 Km de minha casa
Gemza, meu saco está prestes a explodir com as besteiras repetidas a exaustão nas redes sociais sobre uma suposta dificuldade dos paulistas em entender os fatos da política. Não há dificuldade alguma: os paulistas são o equivalente brasileiro, mais pobres e mais feios, dos texanos.

Até onde a vista alcança os paulistas sempre foram assim. Lembro-me de ainda criança ouvir comentários elogiosos ao Massacre da Lapa e a surpresa com o fato de ainda haverem comunistas vivos.

Lembro-me vivamente dos elogios que ouvi ao massacre de Eldorado dos Carajás. Lembro-me do entusiasmo com o massacre do Carandiru. E poderia ficar aqui lembrando até o fim dos tempos.

A opinião majoritária em São Paulo varia do conservador ao nazista. E que não se entenda "nazista" como ofensa: refiro-me à imensa quantidade de pessoas que defendem o extermínio dos "bandidos", dos "mendigos", dos "viados" e, acreditem-me, dos "baianos".

É claro que não são todos, afinal eu sou paulista, não é? Mas mesmo no campo "progressista" a maioria é contra grande parte do que em outros lugares é considerado "progressista".

Dando uma de Datafolha eu chutaria que a esquerda em São Paulo fica entre 10 e 15%, os centro-esquerdistas mais uns 25%. Do resto acho que uns 25% acham que Hitler fez um trabalho de preto ao deixar que alguns judeus sobrevivessem e uns 30 ou 35% são conservadores, mas não querem exterminar os pobres; preferem que saiam da pobreza, mas sem "esmola".

Dito isso chego à conclusão que até as pedras já chegaram há décadas: a esquerda, qualquer esquerda, só vai vencer e poder governar quando conseguir o apoio majoritário dos conservadores não-fascistas. O resto é silêncio e ilusão.

 O Esquerdopata

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