A segunda-feira amanheceu com uma boa notícia para a população de São Paulo: pesquisa eleitoral do PT feita após o início do horário eleitoral no rádio e na televisão mostra que Celso Russomano ultrapassou José Serra muito acima da margem de erro, que o tucano despencou e que Fernando Haddad quase dobrou suas intenções de voto.
A pesquisa geral mostra que Russomano chegou a 32% das intenções de voto, Serra despencou para 19% e Haddad disparou para 13%. Todavia, entre os eleitores que assistiram ao menos a um programa eleitoral de cada candidato, o do PRB vai a 35%, o do PSDB a 19% e o do PT a 18%, empatando tecnicamente com o tucano.
Como já se disse incontáveis vezes nesta página, o que está causando essa reviravolta eleitoral na capital paulista é a situação caótica e insuportável da cidade. Uma das frases mais ouvidas em Sampa, hoje, é “Não vejo a hora de sair daqui”.
Em uma situação como essa, o que o paulistano espera dos candidatos a prefeito é que proponham mudanças de rumo. A administração Kassab é rejeitada por número crescente de paulistanos e tudo o que o eleitor quer é saber quem vai mudar mais radicalmente a governança da cidade.
A desidratação eleitoral de Serra que as pesquisas vêm mostrando se deve a opção do candidato tucano de assumir publicamente a responsabilidade pela desastrosa administração que ele mesmo legou aos paulistanos ao abandonar a prefeitura para se candidatar a governador em 2006 e ao apoiar a reeleição de Kassab em 2008.
Mas foi a partir do início do horário eleitoral no rádio e na televisão que Serra cometeu um verdadeiro harakiri político. Seu programa apresentou uma São Paulo em franco progresso para uma população que vê a cidade como uma desgraça em concreto e aço.
Pior ainda tem sido o tucano ignorar tudo que não funciona no governo que legou à cidade. Ao ignorar, em seu programa, os problemas que se amontoam na capital paulista e pregar a continuidade da gestão Kassab, caso seja eleito, Serra carimbou a si mesmo como a maior ameaça a alguma solução para uma situação insuportável que flagela a cidade.
Por outro lado, o melhor dos mundos para Sampa seria um segundo turno entre Haddad e Russomano, ainda que não se possa descartar um segundo turno entre este e o Serra ou entre o tucano e o petista. Mas um segundo turno entre Haddad e Russomano seria vencido pelo primeiro, com poucas dúvidas.
Russomano ainda se alimenta do desconhecimento do candidato do PT por um eleitorado majoritariamente petista que, sem saber para onde ir, está declarando voto na alternativa a Serra mais conhecida, o candidato do PRB. Haddad tem uma avenida pela frente para crescer.
Eleito alguém como Haddad, pode-se contar, primeiro, com uma aliança entre o governo federal e a prefeitura paulistana que a aliança entre esta e o governo do Estado de São Paulo não conseguiu produzir. O governador Geraldo Alckmin não tem ajudado a mitigar o desastre paulistano. Falta ver o que resultaria de uma aliança entre Haddad e Dilma.
A realidade é a de que, dada a dimensão dos problemas paulistanos, só o governo federal tem recursos para gerar algum resultado para o paulistano no médio prazo – porque, no curto prazo, só Deus para melhorar a vida da população de uma cidade que essa mesma população condenou ao eleger Serra em 2004.
Se tudo correr bem, a população paulistana entenderá que só a eleição de Fernando Haddad pode gerar uma parceria entre níveis de governo que ataque com celeridade e intensidade essa situação insustentável, ameaçadora, desoladora mesmo, que está fazendo a maioria dos paulistanos pensar em mudar de São Paulo.
A pesquisa geral mostra que Russomano chegou a 32% das intenções de voto, Serra despencou para 19% e Haddad disparou para 13%. Todavia, entre os eleitores que assistiram ao menos a um programa eleitoral de cada candidato, o do PRB vai a 35%, o do PSDB a 19% e o do PT a 18%, empatando tecnicamente com o tucano.
Como já se disse incontáveis vezes nesta página, o que está causando essa reviravolta eleitoral na capital paulista é a situação caótica e insuportável da cidade. Uma das frases mais ouvidas em Sampa, hoje, é “Não vejo a hora de sair daqui”.
Em uma situação como essa, o que o paulistano espera dos candidatos a prefeito é que proponham mudanças de rumo. A administração Kassab é rejeitada por número crescente de paulistanos e tudo o que o eleitor quer é saber quem vai mudar mais radicalmente a governança da cidade.
A desidratação eleitoral de Serra que as pesquisas vêm mostrando se deve a opção do candidato tucano de assumir publicamente a responsabilidade pela desastrosa administração que ele mesmo legou aos paulistanos ao abandonar a prefeitura para se candidatar a governador em 2006 e ao apoiar a reeleição de Kassab em 2008.
Mas foi a partir do início do horário eleitoral no rádio e na televisão que Serra cometeu um verdadeiro harakiri político. Seu programa apresentou uma São Paulo em franco progresso para uma população que vê a cidade como uma desgraça em concreto e aço.
Pior ainda tem sido o tucano ignorar tudo que não funciona no governo que legou à cidade. Ao ignorar, em seu programa, os problemas que se amontoam na capital paulista e pregar a continuidade da gestão Kassab, caso seja eleito, Serra carimbou a si mesmo como a maior ameaça a alguma solução para uma situação insuportável que flagela a cidade.
Por outro lado, o melhor dos mundos para Sampa seria um segundo turno entre Haddad e Russomano, ainda que não se possa descartar um segundo turno entre este e o Serra ou entre o tucano e o petista. Mas um segundo turno entre Haddad e Russomano seria vencido pelo primeiro, com poucas dúvidas.
Russomano ainda se alimenta do desconhecimento do candidato do PT por um eleitorado majoritariamente petista que, sem saber para onde ir, está declarando voto na alternativa a Serra mais conhecida, o candidato do PRB. Haddad tem uma avenida pela frente para crescer.
Eleito alguém como Haddad, pode-se contar, primeiro, com uma aliança entre o governo federal e a prefeitura paulistana que a aliança entre esta e o governo do Estado de São Paulo não conseguiu produzir. O governador Geraldo Alckmin não tem ajudado a mitigar o desastre paulistano. Falta ver o que resultaria de uma aliança entre Haddad e Dilma.
A realidade é a de que, dada a dimensão dos problemas paulistanos, só o governo federal tem recursos para gerar algum resultado para o paulistano no médio prazo – porque, no curto prazo, só Deus para melhorar a vida da população de uma cidade que essa mesma população condenou ao eleger Serra em 2004.
Se tudo correr bem, a população paulistana entenderá que só a eleição de Fernando Haddad pode gerar uma parceria entre níveis de governo que ataque com celeridade e intensidade essa situação insustentável, ameaçadora, desoladora mesmo, que está fazendo a maioria dos paulistanos pensar em mudar de São Paulo.
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