Pode-se discordar do modelo. Mas o Rio de Janeiro, como se viu mais uma vez neste fim de semana, com a ocupação do Complexo de Manguinhos, estabeleceu uma nova relação entre o poder público e as favelas. São Paulo ao contrário, quase não enxerga suas periferias faveladas, que chegam à opinião pública filtradas pelas notícias ecoadas de um batustão remoto. O jornalismo sobre esses lugares --com raras exceções-- alterna episódios de execuções e massacres; mais recentemente, incêndios. Às vezes, um 'Pinheirinho' invade a cena; em seguida é esquecido.A narrativa conservadora criou assim um analgésico desautorizando maiores expectativas em relaçao a esse mundo. Nada. Exceto alguma melhoria incremental, impulsionada não por uma mudança intrínseca aos seus fundamentos, mas pela lenta aproximação do 'progresso', que um dia se apossará dele pelas betoneiras do lucro imobiliário. A última vez que SP quebrou o paradigma incremental em relação ao seus pobres foi na gestão Marta Suplicy (2000-2004). Ela espetou centros educacionais com cara de primeiro mundo no quintal escuro da exclusão paulistana.(LEIA MAIS AQUI)
SIP elege Argentina e Equador como alvos principais
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