O Luto é Vermelho: Caracas se veste da cor da revolução e sai em massa às ruas para dizer adeus ao seu líder , mas não aos seus ideais** leia as análises de Eric Nepomuceno ** Gilberto Maringoni** Antonio Lassance**Eduardo Febbro** Leia também o Especial sobre a Venezuela ** E o depoimento exclusivo do ex-chanceler Celso Amorim sobre Chávez (a Marcel Gomes; nesta pág) **Ortodoxia uiva: inflação recua e BC mantém a Selic onde está: 7,25%
Quando mede o tempo histórico na América Latina, a régua conservadora reporta uma ambiguidade sugestiva.Nas medidas à esquerda, identifica extensões anacrônicas de um tempo morto. Fantasmas de um mundo que na sua métrica não cabe mais.Exceto como detrito histórico.Entre os fenômenos jurássicos estariam lideranças, a exemplo da exercida pelo falecido presidente Chávez -- pranteado agora em massa por um povo a quem favoreceu um primeiro degrau de cidadania e dignidade.Enquadram-se nas mesmas polegadas da régua arestosa Lula, Evo Morales, Correa, Cristina, Mujica e, mais recentemente, Dilma. Sintomaticamente, a régua não adota o mesmo peso e medida quando se trata de dimensionar constrangimentos estruturais, remanescências acumuladas em séculos de domínio conservador na região. Um caso é a fome.O outro, a estrutura fundiária. E a correspondente agenda da reforma agrária, classificada em editorial de 'O Globo', desta semana, como 'lixo da história'. É notável o esforço para harmonizar o inenarrável. As veias abertas de uma América Latina que, quanto mais moderna aos olhos de sua elite, mais sangra pelo cotidiano de sua gente pobre. (LEIA MAIS AQUI)
O legado de Chávez:
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