Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 7 de março de 2013

CHÁVEZ E A FITA MÉTRICA DO CONSERVADORISMO


 O Luto é VermelhoCaracas se veste da cor da revolução e sai em massa às ruas para dizer adeus ao seu líder , mas não aos seus ideais** leia  as análises de Eric Nepomuceno ** Gilberto Maringoni** Antonio Lassance**Eduardo Febbro** Leia também o Especial sobre a Venezuela ** E o depoimento exclusivo do ex-chanceler Celso Amorim sobre Chávez (a Marcel Gomes; nesta pág) **Ortodoxia uiva: inflação recua e BC mantém a Selic onde está: 7,25%

Quando mede o tempo histórico na América Latina, a régua conservadora reporta uma ambiguidade sugestiva.Nas medidas à esquerda, identifica extensões anacrônicas de um tempo morto. Fantasmas  de um mundo que na sua métrica  não cabe mais.Exceto como detrito histórico.Entre os fenômenos jurássicos estariam lideranças, a exemplo da exercida pelo falecido presidente Chávez -- pranteado agora em massa por um povo a quem favoreceu  um primeiro degrau de cidadania e dignidade.Enquadram-se  nas mesmas polegadas  da régua arestosa  Lula, Evo Morales, Correa, Cristina, Mujica e, mais recentemente, Dilma. Sintomaticamente, a régua não adota o mesmo peso e medida quando se trata de dimensionar constrangimentos estruturais, remanescências acumuladas em séculos de domínio conservador na região. Um caso é a fome.O outro, a estrutura fundiária. E a correspondente agenda da reforma agrária, classificada em editorial de 'O Globo', desta semana, como 'lixo da história'. É notável o esforço para  harmonizar o inenarrável. As veias abertas de uma América Latina que, quanto mais moderna aos olhos de sua elite, mais sangra pelo cotidiano de sua gente pobre. (LEIA MAIS AQUI)

O legado de Chávez:
 



quarta-feira, 27 de julho de 2011

GOVERNO REAGE AOS DRIBLES DO MERCADO E TAXA EM 25% AS OPERAÇÕES ESPECULATIVAS COM DÓLAR


Volumes tsunâmicos de capitais continuam a ingressar na economia brasilera por todos os poros. O governo dificultou alguns, outros se abriram. Nesta 5º feira, o governo anunciou um IOF de 25% --antes era de 6%--  sobre operações com derivativos que reúnem apostas especulativas sobre a cotação futura do dólar. É uma tentativa indireta de conter um atalho encontrado pelo mercado para contornar as medidas disciplinadoras tomadas anteriormente nessa área. Um desses atalhos é o crédito intercompanhias. Fluxos enviados  das matrizes para filiais brasileiras --mas também de filiais brasileiras para o departamento financeiro da sede --  inundam o mercado e derretem a cotação do dólar, que recuiu ao nível mais baixo em 12 anos na terça-feira. A operação intercompanhias ajuda a maquiar em investimento as operações de carry trade. Ou seja, o ingresso de recurso tomado lá fora a juro zero para engorda rápida  no pasto rentista mais nutritivo do mundo, a juro de 6,8% reais ao ano.  A avalanche impulsiona as importações com dois efeitos contraditórios: arrefece a inflação com o ingresso de mercadoria barata na economia, mas transfere emprego e produção para o exterior. É um corner estratégico para o qual não existe resposta estritamente econômica. No fundo trata-se de uma escolha sobre a sociedade que se quer construir no Brasil. Esta semana, o empresário Jorge Gerdau, de cujas convicções conservadoras  não se deve  duvidar, defendeu abertamente a adoção de limites de ingresso ao  capital externo. Há 15 dias, metalúrgicos do ABC fizeram uma greve inédita cuja palavra de ordem era: contra a desindustrialização. Leia-se, contra o desemprego. Alguns economistas de esquerda mostram-se céticos. Acham que o país perdeu o timming para agir na medida em que permitiu uma valorização cambial tão grande. Reverter a roda agora trará custos e riscos -- inflacionários, por exemplo-- proporcionais ao exagero registrado em sentido contrário. Cabe à política, portanto, encontrar os contrapesos de que se ressente a lógica econômica estrita.No vácuo, o rentismo dará as cartas. Uma opção seria uma ofensiva propositiva de sindicatos e empresários sobre o passo seguinte do desenvolvimento brasileiro. O desequilíbrio  cambial reflete um desarranjo mais amplo dos preços básicos da economia --entre os quais a taxa de juros se sobressai como um aspirador que suga recursos ao rentismo, em detrimento de outras prioridades. Reordenar essa equação  requer uma negociação política mais ampla. O antídoto ao rebote da inflação, por exemplo --ameaça embutida  no  caso de um controle cambial que encareça subitamente  as importações-- está na repactuação das bases do crescimento. Na equação ortodoxa não tem saída: é desindustrialização ou inflação. 
(Carta Maior; 3º feira, 26/07/ 2011)