O Ataulfo Merval de Paiva (*), como se sabe, mantém relações para-normais com a Embaixada americana.
Nos bons tempos do Dr Roberto eram normalíssimas, conspícuas.
A propósito da notável descoberta do Fantástico – o Fantástico descobriu a CIA ! -, o Ataulfo “anotou” na colona (**) de sábado (insista na leitura, leia duas, três vezes, até entender – o rapaz escreve mal, mesmo – clique aqui para ler sobre as lambanças do Ataulfo) :
“Foi ‘anotada’ – grifo meu - pela diplomacia dos EUA a não adesão do Governo brasileiro a sugestões drásticas feitas no calor da descoberta do esquema de espionagem, como dar asilo a Snowden ou cancelar a viagem de Estado que a presidente Dilma fará aos EUA brevemente”.
“O Governo americano está ‘ciente’ – grifo meu – de que será necessário dar um tratamento especial a Brasil nesses gestos de boa (sic) vontade …”
“O fato é que o Governo brasileiro soube enfrentar as denuncias com uma atitude firme (sic), mas sem transformá-las em crise institucional que impedisse a continuidade (sic) das relações com os Estados Unidos em bom nível, como hoje.”
O amigo navegante entendeu !
O Bernardo plim-plim expõe a posição do embaixador americano com mais clareza que o próprio embaixador.
E o chanceler Patriota – que precisa, urgente, de uma fonoaudióloga, para engrossar a voz ! – anuncia, com firmeza e altivez que vai levar o assunto à ONU.
Onde a questão andará mais rápido do que a da Palestina.
O que se esconde embaixo desse angu, amigo navegante ?
Uma decisão estratégica central para o futuro do Brasil.
A questão do acesso à tecnologia nuclear.
E ao controle do pré-sal.
A embaixada americana e seus porta-vozes nativos devem ter “anotado” esses últimos movimentos do Governo Dilma como atomicamente promissores.
O Nunca Dantes optou pelos caças franceses da Dassault.
A Eliane Catanhêde, especialista em AR, foi contra.
Mas, o Lula conseguiu enfrentá-la com galhardia.
Mas, aparentemente, Lula perdeu a batalha para o Governo Dilma.
Seria interessante entender por que o Nunca Dantes preferia os caças franceses.
(E por que vai tanto à África.)
O Lula queria tecnologia de ponta nas áreas nuclear, militar e de telecomunicações.
Telecomunicações associada a segurança e inteligência.
O Lula pensava no Brasil que, um dia, terá força para fazer com a embaixada americana o que a embaixada americana faz com o Palácio do Planalto.
O Nunca Dantes vê longe.
Ele e seu excelente chanceler Celso Amorim, com a ajuda do Samuel Pinheiro Guimarães, no Itamaraty.
Por que a França ?
Porque a França do De Gaulle conseguiu, nos interstícios da Guerra Fria, construir tecnologia própria de telecomunicações, nuclear e militar.
A França gaullista se tornou uma potencia média.
Com muito potencial e poucos resultados.
A França não tem escala.
O Brasil tem.
O Brasil tem acesso à América do Sul, Central – o México não conta … – e à África.
E entre o Brasil Leste e a África do Oeste existe, lá no fundo, uma bobagem, um tal de pré-sal !
O que está em jogo nessa questão de “anota”e “ciente” ?
O controle do Atlântico Sul e, portanto, da maior reserva petrolífera encontrada nos últimos tempos.
E, aí, a pergunta, amigo navegante:
A Dilma vai a Washington ou a Seattle ?
Vai a Obama ou à Boeing ?
Quem sabe está em gestação um modelo singular.
O Brasil é um país singular: tem até corrida espontânea a banco.
Uma das singularidades do Brasil pode ser a criação de um novo modelo de desenvolvimento: “Capitalismo de Estado Dependente”.
“Capitalismo de Estado Dependente” dos Estados Unidos !
Já tivemos o neolibelismo (***) dependente, que tirava o sapato, do FHC.
Agora teríamos uma Dependência com Estado Forte !
Uma espécie de “China Frouxa”.
Sim, porque comprar os caças da Boeing significa que a transferência de tecnologia será … digamos … singular.
Por exemplo: os caças brasileiros não poderão voar em direção a Angola, para não atrapalhar as atividades da Frota americana estacionada em cima do pré-sal.
Em matéria nuclear, a Boeing cederia ao Brasil a tecnologia para abrir aqueles saquinhos de amendoim sem derramar um amendoim no colo do passageiro.
Os caças da Boeing cederiam a inteligência de comunicação ao Brigadeiro Juniti Saito ?
Ou o amigo navegante acha que os caças da Boeing poderiam participar dos exercícios do Prosub, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha, com tecnologia francesa ?
Os Boeings, certamente, significariam transformar Itaguaí numa Disney à beira mar.
O Brasil tem uma das maiores reservas de urânio do mundo.
O Brasil sabe beneficiar o urânio.
Por causa do Collor e do Fernando Henrique, o Brasil renunciou à bomba e renunciou a pedaço substantivo de sua soberania.
Agora, pode afundar o submarino nuclear de tecnologia francesa .
Dentro, outra parte da soberania.
O Ataulfo, amigo navegante, tem antenas atômicas.
Paulo Henrique Amorim
(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos, estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(***) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
Nos bons tempos do Dr Roberto eram normalíssimas, conspícuas.
A propósito da notável descoberta do Fantástico – o Fantástico descobriu a CIA ! -, o Ataulfo “anotou” na colona (**) de sábado (insista na leitura, leia duas, três vezes, até entender – o rapaz escreve mal, mesmo – clique aqui para ler sobre as lambanças do Ataulfo) :
“Foi ‘anotada’ – grifo meu - pela diplomacia dos EUA a não adesão do Governo brasileiro a sugestões drásticas feitas no calor da descoberta do esquema de espionagem, como dar asilo a Snowden ou cancelar a viagem de Estado que a presidente Dilma fará aos EUA brevemente”.
“O Governo americano está ‘ciente’ – grifo meu – de que será necessário dar um tratamento especial a Brasil nesses gestos de boa (sic) vontade …”
“O fato é que o Governo brasileiro soube enfrentar as denuncias com uma atitude firme (sic), mas sem transformá-las em crise institucional que impedisse a continuidade (sic) das relações com os Estados Unidos em bom nível, como hoje.”
O amigo navegante entendeu !
O Bernardo plim-plim expõe a posição do embaixador americano com mais clareza que o próprio embaixador.
E o chanceler Patriota – que precisa, urgente, de uma fonoaudióloga, para engrossar a voz ! – anuncia, com firmeza e altivez que vai levar o assunto à ONU.
Onde a questão andará mais rápido do que a da Palestina.
O que se esconde embaixo desse angu, amigo navegante ?
Uma decisão estratégica central para o futuro do Brasil.
A questão do acesso à tecnologia nuclear.
E ao controle do pré-sal.
A embaixada americana e seus porta-vozes nativos devem ter “anotado” esses últimos movimentos do Governo Dilma como atomicamente promissores.
O Nunca Dantes optou pelos caças franceses da Dassault.
A Eliane Catanhêde, especialista em AR, foi contra.
Mas, o Lula conseguiu enfrentá-la com galhardia.
Mas, aparentemente, Lula perdeu a batalha para o Governo Dilma.
Seria interessante entender por que o Nunca Dantes preferia os caças franceses.
(E por que vai tanto à África.)
O Lula queria tecnologia de ponta nas áreas nuclear, militar e de telecomunicações.
Telecomunicações associada a segurança e inteligência.
O Lula pensava no Brasil que, um dia, terá força para fazer com a embaixada americana o que a embaixada americana faz com o Palácio do Planalto.
O Nunca Dantes vê longe.
Ele e seu excelente chanceler Celso Amorim, com a ajuda do Samuel Pinheiro Guimarães, no Itamaraty.
Por que a França ?
Porque a França do De Gaulle conseguiu, nos interstícios da Guerra Fria, construir tecnologia própria de telecomunicações, nuclear e militar.
A França gaullista se tornou uma potencia média.
Com muito potencial e poucos resultados.
A França não tem escala.
O Brasil tem.
O Brasil tem acesso à América do Sul, Central – o México não conta … – e à África.
E entre o Brasil Leste e a África do Oeste existe, lá no fundo, uma bobagem, um tal de pré-sal !
O que está em jogo nessa questão de “anota”e “ciente” ?
O controle do Atlântico Sul e, portanto, da maior reserva petrolífera encontrada nos últimos tempos.
E, aí, a pergunta, amigo navegante:
A Dilma vai a Washington ou a Seattle ?
Vai a Obama ou à Boeing ?
Quem sabe está em gestação um modelo singular.
O Brasil é um país singular: tem até corrida espontânea a banco.
Uma das singularidades do Brasil pode ser a criação de um novo modelo de desenvolvimento: “Capitalismo de Estado Dependente”.
“Capitalismo de Estado Dependente” dos Estados Unidos !
Já tivemos o neolibelismo (***) dependente, que tirava o sapato, do FHC.
Agora teríamos uma Dependência com Estado Forte !
Uma espécie de “China Frouxa”.
Sim, porque comprar os caças da Boeing significa que a transferência de tecnologia será … digamos … singular.
Por exemplo: os caças brasileiros não poderão voar em direção a Angola, para não atrapalhar as atividades da Frota americana estacionada em cima do pré-sal.
Em matéria nuclear, a Boeing cederia ao Brasil a tecnologia para abrir aqueles saquinhos de amendoim sem derramar um amendoim no colo do passageiro.
Os caças da Boeing cederiam a inteligência de comunicação ao Brigadeiro Juniti Saito ?
Ou o amigo navegante acha que os caças da Boeing poderiam participar dos exercícios do Prosub, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha, com tecnologia francesa ?
Os Boeings, certamente, significariam transformar Itaguaí numa Disney à beira mar.
O Brasil tem uma das maiores reservas de urânio do mundo.
O Brasil sabe beneficiar o urânio.
Por causa do Collor e do Fernando Henrique, o Brasil renunciou à bomba e renunciou a pedaço substantivo de sua soberania.
Agora, pode afundar o submarino nuclear de tecnologia francesa .
Dentro, outra parte da soberania.
O Ataulfo, amigo navegante, tem antenas atômicas.
Paulo Henrique Amorim
(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos, estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(***) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
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