Brasília 247 – As decisões do juiz Bruno André Silva Ribeiro, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, não têm sido tomadas sob os mesmos critérios. Se por um lado ele autoriza condenados ao regime semiaberto na Ação Penal 470 a trabalharem fora do presídio da Papuda, em Brasília, por outro suspende os benefícios do ex-ministro José Dirceu, preso nas mesmas condições dos demais.
O ex-deputado Bispo Rodrigues foi o último a receber o aval do magistrado, na última terça-feira 28, para iniciar expediente fora do presídio. Antes dele, no dia 16, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares teve a autorização de Bruno Ribeiro para trabalhar na CUT (Central Única dos Trabalhadores), e o ex-tesoureiro do extingo PL (atual PR) Jacinto Lamas, no dia 13.
Nesse meio tempo, o caso do ex-ministro José Dirceu segue o caminho inverso. O primeiro pedido da defesa para que o petista pudesse trabalhar aconteceu em novembro, mas diante de uma série de críticas contra irregularidades no Hotel Saint Peter, que o havia contratado, o condenado desistiu da atividade. O segundo foi apresentado no dia 20 de dezembro, mas até agora não recebeu resposta.
Pior: Dirceu teve suspensa por 30 dias a análise de qualquer benefício, inclusive o de trabalho externo, pelo mesmo juiz que autorizou Bispo Rodrigues, Delúbio Soares e Jacinto Lamas a trabalhar. O embasamento para a decisão foi uma acusação considerada "inverídica" pelo diretor da Papuda – o uso de celular por José Dirceu de dentro da penitenciária.
Bruno Ribeiro certamente cumpre as expectativas do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que o colocou na VEP no lugar do juiz Ademar de Vasconcelos, quem considerava benevolente com os chamados 'mensaleiros'. Uma decisão desta quarta-feira 29 do presidente em exercício do Supremo, Ricardo Lewandowski, pode agora finalmente abrir as portas para Dirceu trabalhar (leia
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